Apesar de sua ênfase aparentemente inócua nas belezas e maravilhas da natureza, o monismo do fundador da ecologia Ernst Haeckel era um credo subversivo, não apenas pelo seu repúdio à religião organizada, mas também pela rejeição das tradições sociais.
Todos os organismos vivos, amebas, macacos, homem primitivo e homem educado, devem cooperar entre si como um só ser. A sociedade humana existente deve ser rejeitada se for ultrapassada pelos avanços científicos que se gestavam nos grupos panteístas.
Haeckel só se tornou presidente da Liga Monista, inspirada por ele, em 1905. Seus escritos foram atacados por grupos cristãos e conservadores. Embora fossem apresentados como de direita, os monistas eram firmemente esquerdistas, muitos deles socialistas e materialistas.
Vemos por vezes cantores, artistas famosos, eclesiásticos que se precipitam dos píncaros da fama para os porões da rejeição pública.
Como explicar esse fenômeno, que em intensidades e graus diferentes pode ser observado ao longo de toda a História?
Não tenho a pretensão de dar aqui resposta cabal a tais perguntas, que versam sobre assunto extremamente complexo. Levanto apenas alguns elementos que provavelmente farão parte da resposta.
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Da Justiça a clava forte