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Felipe Moura BrasilAnálises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".


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Aos defensores de grevistas da PM

Vejam o recado de Felipe Moura Brasil

Por Felipe Moura Brasil
access_time 9 fev 2017, 12h13 - Atualizado em 10 fev 2017, 08h07 chat_bubble_outline more_horiz


  • Funerárias retiram corpos do IML de Vitória após greve da Polícia Militar - As ruas do Espírito Santo seguem praticamente sem policiamento, com um movimento de familiares de policiais militares bloqueando a saída de viaturas - 07/02/2017 (Paulo Whitaker/Reuters)


Um monte de defensores dos grevistas da PM do Espírito Santo veio me atacar no Facebook por causa (mais do título do que do conteúdo) do programa Sem Edição que gravei na quarta-feira (8) com Silvio Navarro e Augusto Nunes: “Chantagistas reduzem ES a terra sem lei“.

Eis o meu recado:

Eu apontei no texto anterior (“As causas culturais do caos no Espírito Santo“) como os governos do estado, assim como os federais, tradicionalmente não dão prioridade à segurança pública. Mas esta irresponsabilidade dos governos, entre outras que também listei neste blog, não ameniza de modo algum a decisão irresponsável e ilegal de policiais militares de sair em greve.

Agradeço muito, porém, a todos que vêm comprovar o que eu disse no programa: que policiais militares que deixam a população refém de bandidos porque querem aumento salarial colocam a sua insatisfação profissional acima da preocupação com a vida dos cidadãos. Em vez de pedirem demissão ou exoneração, e aguardarem TRABALHANDO a aceitação delas ou o prazo do contrato, como é o correto em qualquer área de atuação pública ou privada em caso de insatisfação com o salário recebido, eles colocam vidas em risco com a recusa em prestar à sociedade o serviço de PM.

A dificuldade de parte de seus apoiadores em aceitar tamanha obviedade provém de fatores culturais. Infelizmente, no Brasil, prevalece a cultura de que o Estado deve tudo a todo mundo – não a de que cada indivíduo é responsável pelas suas escolhas. Ao escolher trabalhar para o Estado, como para qualquer outro empregador, ele sabe – ou deveria saber – que seu salário poderá ficar muito aquém das expectativas em algum momento (seja de crise econômica ou política) e que só lhe restará os meios legais de negociar, o que pode não render o salário desejado, sendo portanto melhor ter um plano B para a carreira caso não consiga aumento e permaneça insatisfeito, ainda que com razão.

Não se regateia com a vida alheia por aversão ao risco de recomeçar a própria.

*****

Pós-escrito 1:
Há direitistas que, comportando-se como esquerdistas, sobrepõem a defesa de um grupo (como a “PM”) à análise da realidade dos fatos específicos. Com efeito, legitimam ilegalidades de determinados policiais militares em nome do grupo com o qual simpatizam, se estas forem realizadas por uma causa considerada justa. Como dizia Nelson Rodrigues: “No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.”

Pós-escrito 2:
Não se contraponha à esquerda com ideologia contrária que sobrepõe defesa de grupos à da lei e da moral. Abra-se radicalmente à realidade. Leia Eric Voegelin.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil


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Alberto Coimbra 09 fev 2017 - 14h27


Tenho que confessar, por obrigação ética: estava com muitas saudades dos seus artigos. Este em especial, graças às sugestões de leitura de Nelson Rodrigues e Eric Voegel. Muito sucesso a você.




Ricardo 09 fev 2017 - 15h05


Excelente Felipe.Essa greve é nefasta e imoral.




John Herzog 09 fev 2017 - 15h19


a greve dos policiais não é nefasta e nem imoral, e sim as pessoas que nessa hora que mostram sua verdadeira identidade moral, pessoas com condições de pagar mas vai lá e saquei, rouba, violenta, estupra, agora estão vendo o valor da polícia, mas invés de lhes dar apoio os criticam como sempre, mesmo sabendo que eles estão sem receber seus salários, quero ver se esses que estão criticando a polícia está com o salário atrasado.




Felipe Chaves 09 fev 2017 - 15h46


Não existe greve da PM, mesmo porque é proibida por Lei. Se quiserem alegar motim é outra coisa e para tanta cabe a justiça militar sua análise. Mas convenhamos, como cita “John Herzog” nos comentários, foi só a falta de policiamento ostensivo, por uma semana, que levou as pessoas a saquearem e a distribuir o caos? Parece que não, isto estava latente nos baderneiros.




Baderelson Euler 09 fev 2017 - 20h40


Sou funcionário público federal. É simplesmente absurdo e inadmissível os abusos do direito de greve cometidos hoje no Brasil por servidores públicos, que estão protegidos pela estabilidade no emprego e que não precisam responder pelas consequências de seus atos. Com isso, sistematicamente usam a população como reféns de suas reivindicações, aproveitando-se da completa corrosão da autoridade e da hierarquia dentro do serviço público.




Luiz antonio colnago 09 fev 2017 - 21h40


Deixe de ser mentiroso John Herzog..Aqui é o Espirito não o Rio de Janeiro e os salários estão em dia.




SILVIO PURIFICAÇÃO 09 fev 2017 - 21h44


O Felipe,em seu retorno,também virou censor?…




Antonio Pedro 10 fev 2017 - 00h25


Falar sobre Reinaldo Azevedo aqui dá censura?




Júlio Mazzarolo 10 fev 2017 - 01h02


Excelente análise, Felipe! Estou justamente lendo “Hitler e os alemães”, de Eric Voegelin. Recomendo a todos esse grande autor alemão, para que se compreendam os processos de falsificação da realidade em nome de ideologias.




eduardog guilherme santos 10 fev 2017 - 05h20


Quase todos os PMs fazem bico graças ao porte de arma que lhes é concedido pelo estado. Será que estão fazendo greve também nesses bicos?




Professôr TH Campos 10 fev 2017 - 08h45


Temer começou a fazer besteira.
Foi, com dinheiro público, até o hospital onde estava internada a vagabunda, abraçar pateticamente o PORCO. Será que vai, hoje, à missa de sexto dia? (Se a vaca morreu na sexta, hoje é quinta, o sexto dia!!!
Agora imita a LOUCA VARRIDA e nomeia o gato angorá para livrá-lo do xilindró.




Raquel Nascimento Pereira 10 fev 2017 - 08h50


Alguém já pensou que deve ter treta nessa greve das PMs? Que tal uma revolução socialista às avessas? Pois o que é isso na prática, senão o começo de uma guerra civil?




Renato Maia 10 fev 2017 - 09h06


No fundo gente que apoia essa greve, quer o fim da militarização da PM, assim os PM´s podem se sindicalizar. Todos sabemos a quais interesses servem os sindicatos.




Daniel Vitorino 10 fev 2017 - 09h49


Sigo firme com o pensamento de que a greve é totalmente Ilegal. Não se brinca com a segurança de cidadãos de bem. O CAOS nunca deverá ser o meio, pois isso é coisa de revolucionário.




Jose Eduardo Mammana 10 fev 2017 - 09h54


Sempre admirei Felipe Moura Brasil, porém, ao ler a opinião dele dizendo que os PMs devem pedir DEMISSÃO ou EXONERAÇÃO, foi o fim. Lamentável. Mais cedo ou mais tarde a gente acaba descobrindo o que realmente está por dentro de algumas pessoas. Lamentável meu Caro, lamentável….




Sormany Oliveira 10 fev 2017 - 11h56


Parabéns Felipe,
Prazer imenso ler o que escreves, e, a verdade que cita.
Nojo quando acesso algo daquele blogueiro de veja RA que só escreve bosta.




Renato Perim 10 fev 2017 - 11h59


Moro em Vila Velha e trabalho em Vitória. Essa semana só trabalhei meio expediente na sexta feira (hoje). Sou funcionário público e abomino as greves da minha categoria. Mas o que está me deixando intrigado é termos tanto efetivo de exército/marinha/aeronáutica há dias e a violência não diminuir. Alguma coisa está sendo escondida. O que será? Tem caroço nesse angu. Felipe poderia dar palpite?




Euripedes L M Junior 10 fev 2017 - 13h10


Não é greve e sim protesto dos familiares que também como nós todos os brasileiros sofrem nas mãos do CRIME ORGANIZADO DOS TRÊS PODERES . Felipe não seja mais um Reinaldo boca de cloaca. Preste atenção no serviço saímos da brasa e caímos no fogo.




Karl 10 fev 2017 - 14h32


O lance é que a coisa tomou uma proporção que saiu fora de controle. Ao que tudo indica, aqui no ES, eles ainda estão nos quarteis por medo das punições. Agora a principal revindicação está sendo a da anistia. Só que agora, se por acaso eles forem anistiados, ficará a pergunta na cabeça da população, que vai pagar a conta de tudo isso? Qual foi o objetivo de tudo isso?




Marco Martim 11 fev 2017 - 03h04


Conversa fiada, escravidão acabou faz tempo, um PM com décadas de serviço não tem para onde ir, qualquer um que esta aplaudindo a imbecilidade desse artigo também pararia em qualquer área se vesse a família passando necessidade e o salario corroído por anos sem reajuste.




joa leite da silva 11 fev 2017 - 09h53


Desde quando e baseado em que lei os familiares de policiais são parte legítima nessa negociação? Se não, isso tudo que está acontecendo trata-se de um tremenda malandragemde policiais e respectivas famílias. Vergonhoso(ou sem vergonha nenhuma!).




Alexandre O Grande 11 fev 2017 - 11h34


Então, sendo pragmático, imaginemos que a PMES possua um efetivo ativo de Oficiais e Praças em torno de 5.000 PMs.
Todos insatisfeitos com os salários.
Para Felipe o certo seria pedirem exoneração, vamos supor que eles sigam a orientação
Dependendo dos regulamentos internos de cada instituição militar, após 30 ou 45 dias eles não podem mais ser escalados nas ruas.
Como o governador irá recrutar, selecionar e formar os seus substitutos em 45 dias?
Praças demoram em média no Brasil seis meses para serem formados e Oficiais três anos.
Seguindo a ideia de Felipe, após 45 dias no máximo, as ruas ficarão sem policiamento (não existirão mais PMS) e os crimes ocorrerão em número muito maior do que os atuais.
No Rio de Janeiro são mais de 50.000 PMs em São Paulo mais de 100.000 PMs, imaginem o caos se todos pedissem a exoneração proposta por Felipe?
Não é simples resolver esse NÃO direito de greve dos Policiais Militares, sobretudo quando os governos se aproveitam disso para pagar salários miseráveis aos Policiais Militares.
Na verdade quem CHANTAGEIA são os governantes, que aproveitam desse impedimento para pagarem salários famélicos.




Areobaldo Teruel 11 fev 2017 - 21h42


Sabe Felipe….sempre achei certo o que vc disse……quem não esta contente com o que ganha, peça demição e va trabalhar onde ganhe mais…….se não tem capacidade para issso……não venha forçar seu patrão a pagar mais na MARRA…..ATRAVES DE SEUS SINDICATOS E PELEGOS DO SERVIÇO PUBLICO, QUE TEM ESTABILIDADE E PODE FORÇAR SEM MEDO DE PERDER O EMPREGO.




Geroldo Zanon 12 fev 2017 - 08h54


Quem esta incentivando esta greve é o LULA só para se lembrar o que ele fazia lá no ABC paulista qaundo era um ajudante de um torneiro mecanico




Marco Martim 12 fev 2017 - 14h18


É papo furado que PM não pode fazer greve!
Não só pode como já houveram várias greves de policiais em vários estados. O que não pode é deixar a população desarmada para enfrentar essas eventualidades e o funcionário público que trabalha sem reajuste de salário enquanto muitos funcionários comissionados e eletivos se esbaldam com o dinheiro público.







Nas bancas Edição 2517 15 de fevereiro de 2017
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