O espectro do radicalismo ronda o Brasil, com grandes chances de "evoluir" para uma explosão incontrolável de violência que pode nos levar à desintegração, no médio e longo prazos. Devagarinho, o País começa a constatar que só temos unidade nacional em aspectos negativos ou irrelevantes geopoliticamente. Assim seguimos na "vanguarda do atraso", subdesenvolvidos e com a "soberania" digna de uma colônia de exploração sob hegemonia do crime sem fronteiras.
Somos uma ilusória "Nação" no ufanismo, quando torcemos pela seleção de futebol ou quando exercitamos variadas formas de corporativismo clientelista e patrimonialista. Os extremos sociais do Brasil "plurinacional" apenas parecem unidos na prática da corrupção sistêmica – um vício estimulado pelo regime do Crime Institucionalizado sob mentalidade Capimunista Rentista, no qual banqueiros e vagabundos têm mais importância que as pessoas produtivas.
Nossas "zelites" e as "massas marginais" cultivam uma paixão pelo autoritarismo e pela submissa dependência aos poderes estatais. A livre iniciativa produtiva é sabotada pela mentalidade "senhorial-escravagista" daqueles que preferem viver ou sobreviver encastelados no topo ou na periferia da gigantesca, custosa e cartorial máquina estatal. O pragmatismo cínico domina as relações sociais, políticas e econômicas. A sociedade é conduzida por excessivos regramentos – obedecidos por conveniência ou na base da coerção - e não por consciência moral.
A Nova República de 1985, que parece sofrer de falência múltipla institucional, é o fruto podre de uma "Nação sem Noção". Temos uma Constituição feita para servir ao Crime Institucionalizado, com pretensos "direitos" conferidos a uma maioria pouco chegada a cumprir deveres. Não é à toa que os grupos hegemônicos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário interpretam e empregam as variadas legislações conforme seus interesses particulares.
Eis o caso da irresponsável "Greve Geral" marcada para a véspera de um feriadão. Aliás, não trabalhar no Dia do Trabalho é a fina consagração da vagabundagem tupiniquim. Fazer paralisação para uma pretensa defesa do trabalhador é outra piada escrota das nossas esclerosadas corporações sindicais – dominadas pelas ideologias de canhota. Sem ironia alguma, tal "direito" é assegurado pela autodesmoralizada Carta de 1988: No seu artigo 9º está escrito: "É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender".
Mais cinismo pragmático que isso é ver um dos sustentáculos da esclerosada "Nova República" posando de "defensor dos trabalhadores". O fenômeno até poderia ser explicado pelo passado comunista do alagoano Renan Calheiros (ele começou a carreira política nas fileiras do PC do B). No entanto, o líder do PMDB no Senado é uma caricatura perfeita das vanguardas do atraso que dominam o Brasil. Na véspera da insana greve desta sexta-feira, Renan avisou que "não passará no Senado" o texto da reforma trabalhista aprovado na Câmara dos Deputados.
O legítimo Capimunista Renan Calheiros – cuja família é detentora de uma fortuna que só a Super Receita Federal tem poder real de constatar – exculachou o governo que "lidera": "Não acredito que essa reforma saia da Câmara e chegue aqui, ao Senado Federal - reforma de ouvidos moucos -, sem consultar opiniões; reforma que só interessa à banca, ao sistema financeiro, rejeitada em peso e de cabo a rabo pela população; reforma tão malfeita, que chega a constranger e a coagir a base do próprio Governo. Por isso ela vai e volta, de recuo em recuo".
A truculenta crítica do Renan Capimunista à reforma trabalhista de seu "aliado" Michel Temer é digna dos mais malandro sindicalista de resultado da extrema canhota tupiniquim. O "kamarada" Renan parece um petista ou comunista quando avacalha com a reforma: "Ela rebaixa os salários. É sua consequência mais imediata e perversa. Ela pretende deixar o trabalhador sem defesa, condenado a aceitar acordos que reduzem a remuneração, suprimem reajustes e revogam garantias no emprego. Todos sabemos que acordos forçados em plena recessão, com 13 milhões de desempregados e com o desemprego aumentando mês a mês, é pedir que se aceite a crueldade como caridade".
Renan não desliga a metralhadora verbal contra a propaganda do governo que "defende"(?): "Esse discurso é usado para seduzir uma parcela da sociedade e garantir o avanço da retirada de direitos. Querem um Brasil para 70 ou 80 milhões de pessoas. Somos 200 milhões e não podemos simplesmente fazer de conta que não existem 120 ou 130 milhões de pessoas. Com essa reforma, elas podem voltar a ficar excluídas; são empurradas de volta para guetos onde padece a legião de 'ninguéns'".
Parece que Renan roubou o discurso do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva nos tempos de sindicalista de resultados que pregava a ética, a moral e a honestidade na vida pública e nas relações políticas e econômicas. "Réu-nan" em vários processos por corrupção, o senador recita um discurso falso-moralista de fazer inveja ao mais fanático seguidor de Lula. Renan quer nos matar de rir: "Reforma justa seria uma reforma que retirasse privilégios. E os há, senhoras e senhores, demais neste País, são privilégios inconcebíveis. Os supersalários pagos com dinheiro público são o exemplo mais ostensivo e ofensivo à cidadania no Brasil".
O Presidente Michel Temer deve ter ficado muito pt da vida ou, então, deve ter sofrido um violento ataque de gargalhadas com a crítica direta que Renan lhe fez, por não imitar seus antecessores no troninho oclocrático do Palácio do Planalto. Renan exagerou na dose, ao proclamar: "Não é da melhor tradição o presidente da República não falar aos trabalhadores no 1º de maio".
Só faltou Renan Calheiros declarar seu apoio amplo e irrestrito à Greve Geral que paralisa ainda mais um Brasil já paralisado pela recessão, pelo desemprego e pela corrupção sistêmica. Não demora, Renan acaba se transmutando na expressão máxima do cínico Capimunismo Rentista Tupiniquim.
Se não perder a graça com a Lava Jato ou algum dos 12 processos a que responde, Renan Calheiros é seríssimo candidato ao título distintivo de "Humorista do Annus de 2017" – um enorme troféu, em formato peniano, concebido pelo lendário Negão da Chatuba, um "Sacana de Resultados"...
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
Coisas, profissões e pessoas ficam obsoletas. Também impostos e instituições.
O Imposto sobre a Renda é um dinossauro. Pune quem produz, estimula a sonegação e invade a privacidade das pessoas.
Urge sua substituição pelo Imposto Geral (que igualmente eliminará todos os demais com exceção dos impostos de Exportação e de Importação).
Estes servem apenas para combater desabastecimento e o dumping, tendo pouca expressão econômica.
Usando os mesmos softwares da antiga CPMF e com uma alíquota ajustável para mais ou para menos, governo e povo ganharão com o aumento dos negócios (pela simplificação burocrática) e consequente arracadação.
A distribuição da receita será feita automaticamente pelos três níveis de governo, a saber: 1/3 (um terço) para o federal; 1/3 (um terço) para os estaduais e 1/3 (um terço) para os municipais. Isso elimina uma verdadeira mendicância entre os poderes executivos hoje existente.
O valor atribuído aos estados será proporcional ao tamanho de seus territórios e a parcela dos municípios será proporcional ao número de seus habitantes.
Segundo alguns, estão funcionando as instituicães e gatos.
Parece um sonho de uma noite de verão em pleno outono.
Só será possível uma verdadeira reforma, após a eliminação da porcada e a limpeza da pocilga.
Excelentíssimo Senhor Marechal do Ar Marcio Souza Mello
D.D. Ministro da Aeronáutica
Douglas Saavedra Durão, Major R/1 do Exército Brasileiro, ora no exercício da função de titular do 14 Ofício de Notas da Justiça do Estado da Guanabara, vem, pela presente, trazer ao conhecimento de Vossa Excelência o que pôde constatar sobre o tratamento dispensado ao seu filho Jorge Eduardo Saavedra Durão, acusado de atividades subversivas e preso à disposição da Terceira Zona Aérea, sob o comando do excelentíssimo Senhor Brigadeiro do Ar João Paulo Moreira Burnier.
Inicialmente, esclareço a Vossa Excelência que, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 1940, tive a honra de, em 1942, ser nomeado Ajudante de Ordens do então Ministro da Guerra, Excelentíssimo Senhor General Eurico Gaspar Dutra, um dos mais implacáveis repressores do Comunismo Internacional, cujo partido pôs fora da lei, como Presidente da República.
É evidente que, tendo exercido tal cargo de confiança junto a esse insigne brasileiro, como coroamento de uma amizade pessoal que cultivo desde os tempos de cadete do Realengo, até hoje, não poderiam ser outras minhas convicções, senão aquelas da completa repulsa a qualquer atividade anti-Pátria.
Embora ferido no mais fundo do meu ser pelos fatos que culminaram na prisão do meu filho, vítima de uma doutrinação precoce, numa época de desatinos e desmandos, em que o próprio Presidente da República, João Belchior Goulart, seus familiares e apaniguados, estimulavam a subversão da ordem, não me posso furtar a dar, de próprio punho, o testemunho da orientação esclarecida e sadia adotada pela Terceira Zona Aérea no tratamento de presos políticos sob sua guarda, sem distinção de classe e origem.
Desde o dia 15 de julho do corrente ano, data em que tomei conhecimento da prisão do meu filho, eu e o Cel Klecius de Penafort Caldas, seu padrinho, não tivemos qualquer empecilho quanto a visitas e entrega de objetos de uso pessoal.
Sentimos, desde logo, que nossa presença era até desejada, dentro de um evidente esquema de recuperação daqueles jovens intoxicados. Em tudo o que observei e pelas conversas que tive com o meu filho, quero congratular-me com Vossa Excelência e com seus dignos auxiliares pelo sentido humanitário que caracterizou os interrogatórios, a eficiente assistência médica, excelente alimentação e o próprio confinamento, de portas abertas à visitação de pais, parentes e amigos.
Cumpre-me, ainda, ressaltar as figuras do Capitão Pinto e do Coronel Jayme Bastos Filho, aos quais foi entregue meu filho, que havia sido preso quinze (15) dias antes em Porto Alegre, e estava arrasado moral e fisicamente. Ditos oficiais transformaram meu filho num homem que já pensa no futuro e em reintegração ao meio social.
Está claro que Vossa Excelência poderá fazer uso desta carta, dentro do seu alto descortínio, como lhe aprouver, inclusive publicando-a na íntegra, se assim lhe parecer acertado.
Com subido apreço e admiração.
Douglas Saavedra Durão
14 Ofício de Notas
Rua Sete de Setembro 63-A
Rio de Janeiro
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OBSERVAÇÃO
Quando foi preso, Jorge Eduardo Saavedra Durão era membro do Comando Nacional do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8).
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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