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Globo x Bolsonaro: Quem pode e perde mais? Posted: 03 Nov 2019 08:11 AM PST Edição Atualizada do Alerta Total – www.alertatotal.net Siga-nos no Twitter - @alertatotal Começar uma briga é fácil. Terminá-la, para evitar danos maiores, nem sempre. Porém, este é o conselho mais recomendável. Raramente, quem parte para o conflito age com visão estratégica, tendo capacidade e competência de medir os impactos e consequências da pancadaria no curto, médio e longo prazos. Por dever de ofício, militares agem racional e estrategicamente. Empresários deveriam agir assim. Políticos, também, mas quase sempre optam pela reação emocional. O resultado final costuma ser desastroso. Uma guerra real entre forças gigantes costuma produzir grandes estragos, para ambos os lados. Muitas vezes, no fim, vale aquela irônica máxima de Machado de Assis: "Ao vencedor, as batatas". Ou seja, nem toda vitória compensa no final. Pior ainda: o altíssimo custo de vencer pode não compensar. Ao derrotado, nem se fala. A coisa sempre fica pior. O estigma de perdedor quase sempre é negativo. A não ser quando parece que vale a pena tirar proveito da postura de vítima. O "coitadismo" é um fenômeno muito comum. Mas o rótulo de "vencido", na realidade, é negativo, desfavorável. A guerra escancarada do Grupo Globo contra Jair Bolsonaro e a família dele merece uma análise criteriosa porque tem um componente gravíssimo. Por princípio ético, não é legítimo que uma concessionária outorga pública (emissora de TV e Rádio) promova ataques sistemáticos e ostensivos ao Presidente da República (e, por extensão, ao Governo Federal). Não vale evocar o direito à liberdade de expressão jornalística aplicáveis a outras mídias – empresas privadas que independem de permissão estatal para funcionar. Por outro lado, também é inconstitucional que o Presidente da República use a máquina estatal e seus aparelhos repressivos para atacar veículos de comunicação – sejam ou não concessionários do poder público (caso de emissoras de rádio e televisão). Também não é correto, do ponto de vista moral e ético, que o Presidente da República promova perseguições a jornalistas e ataques diretos contra empresas privadas de comunicação. Tal princípio vale para o Estado em uma sociedade normal, civilizada, onde as leis fundamentais e essenciais são respeitadas por consciência dos cidadãos, e não por mera coerção estatal. Este não é o caso do Brasil. O Presidente Jair Bolsonaro foi eleito, surpreendentemente, contra a vontade da extrema-mídia – viciada em receber bilhões de reais em verbas publicitárias dos governos anteriores. Desta extrema-mídia fazem parte jornalistas que se rotulam como "progressistas", "de esquerda" – em posição política e ideológica inversa em relação a Bolsonaro – pintado de "fascista" por seus inimigos midiáticos. Voltando à específica guerra entre o Grupo Globo e Bolsonaro, a situação daí de controle. Depois da manobra jornalística canalha, insistente e fracassada para relacionar Bolsonaro aos policiais acusados de serem milicianos que participaram do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson dos Santos, a Rede Globo também usou sua liberdade de expressão artística para espancar o Presidente. Sábado, o humorístico Zorra Total começou com uma "gozação" do imitador de Bolsonaro, fazendo uma paródia do vídeo no qual o Presidente contratacou a "fake news" do Jornal Nacional sobre o caso Marielle. A Globobrincou com coisa séria... Na contraofensiva ao ataque global, Bolsonaro exagerou ao sugerir que pode agir com "rigor seletivo" na renovação da concessão das principais emissoras da TV Globo, cujo vencimento é previsto para 5 de outubro de 2022. Bolsonaro advertiu que exigirá que a Globo esteja em situação completamente legal e em dia com o pagamento de impostos no momento de renovar as outorgas. A polêmica promete esquentar porque vazou a especulação de que a bancada evangélica no Congresso Nacional teria firmado um compromisso de fazer pressão e votar contra as renovações da Globo. Será uma briga titânica coincidindo com a próxima eleição presidencial e o final do mandato de Bolsonaro... A Globo é um perigoso inimigo editorial para qualquer um, particularmente Bolsonaro. Em tese, o Grupo Globo tem cacife econômico para suportar uma guerra dura contra o Presidente e o Governo. O último balanço da Globo Comunicação e Participações S/A, assinado, sem ressalvas, pela Ernest & Young em 7 de março de 2018, revela uma empresa bilionária e saudável, com um caixa invejável e um patrimônio líquido de R$ 14 bilhões. No período analisado, a Globo compensou uma perda de receita de R$ 500 milhões com a redução de seus custos operacionais e financeiros. Resta aguardar o próximo balanço para constatar se haverá novas perdas em função da redução de publicidade oficial ou de queda de veiculação anúncios de empresas privadas,como reflexo da guerra contra Bolsonaro. Nas redes sociais da Internet, estourou uma campanha viral dos Bolsonaristas recomendando um boicote à audiência e publicidade contra as emissoras de televisão, rádio e jornais e demais produtos do Grupo Globo. Será que tal "campanha" atingirá os efeitos contra uma organização de expressivo capital financeiro? Se a resposta é incerta, parece bastante provável que a Globo sofra uma grande perda de credibilidade, caso insista nos ataques editoriais falsos e covardes contra Jair Bolsonaro. A família Marinho precisa tomar cuidado com o que fazem seus veículos e jornalistas. Afinal, é a credibilidade que sustenta o poderio econômico. Tal perda pode ser fatal... Além disso, mesmo que a Globoplay comece bem, com perspectivas de crescimento e evolução velozes, o risco de perder a concessão da televisão aberta pode causar prejuízos imprevisíveis. A História demonstra que as brigas incontroláveis de grupos de comunicação contra governos e dirigentes podem acabar muito mal para os empresários. No regime dos presidentes militares (1964 a 1985), as emissoras Excelsior (Grupo Simonsen) e a Rede Tupi (Diários Associados) acabaram exterminadas porque afrontaram o poder estatal. A Globo é infinitamente mais bem administrada que as vítimas do passado. Porém, fica sempre a dúvida: será que ela sobrevive a uma briga feroz contra um governo federal? Historicamente, a Globo sempre foi "governista". A "oposição" ao Governo Federal é uma novidade para a Globo... Jair Bolsonaro necessitará de muito sangue frio para enfrentar essa guerra suja promovida pela Globo e outros representantes da extrema-mídia menos votados e com menor poder econômico. O Presidente não pode incorrer no erro primário e nada estratégico de desobedecer aos preceitos constitucionais e legais na batalha repleta de canalhice, covardia e patifaria. A sorte (ou o azar) estão lançados... A queda será do Bolsonaro ou do Império da Família Marinho? Em pouco tempo, saberemos quem perde mais na guerra de extremo desgaste para ambas as partes... Mourão dá aula de geopolítica em Joinville "Nós vamos ter que negociar dentro da democracia" – foi o importante recado do Mourão... Colabore com o Alerta Total Jorge Fernando B Serrão Itaú - Ag 9155 cta 10694 2 Banco do Brasil - Ag 0722-6 cta 209.042-2 Caixa (poupança) - 2995 013 00008261-7 Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai! Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Apenas solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 3 de Novembro de 2019. |
Posted: 03 Nov 2019 03:37 AM PST Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Carlos Maurício Mantiqueira Os homens casados com mulheres falantes bem conhecem a expressão "estou rouco de tanto ouvir!" Somente os separados ou divorciados sabem dar valor ao silêncio reconquistado. O celibatário não tem ponto de referência; passou pela vida, não viveu. Os que padecem com estoicismo os abusos verborrágicos das consortes o fazem com resignação, pois afinal quem come a carne rói o osso. Assim são os poetas e os filósofos. Falam, na tentativa de advertir os outros de perigos iminentes. Inania verba. Nosso vate, Camões, chegou a explicitar seu cansaço: "Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho destemperada e a voz enrouquecida, e não do canto, mas de ver que venho cantar a gente surda e endurecida". Este escriba está entediado por tentar, em vão, alertar Dona Onça sobre os perigos que corre nossa Pátria. No entanto, tem a consciência tranquila. Lutou, luta e lutará até a morte pela terra de seus maiores e de seus pósteros. Não fosse um discípulo de São Paulo, o que lutou o bom combate. Com as adversidades não se abate, e nem tem a pretensão de ver um Brasil livre e soberano em seu tempo de vida. Sabe que sua geração é a de semeadura; não de colheita. Ninguém conseguirá lhe tirar o orgulho de ser brasileiro. Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador. Patriota. |
Ataque ao Governo, prejuízo do Brasil Posted: 03 Nov 2019 03:35 AM PST Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Renato Sant'Ana Houve coincidências. No mesmo dia em que a Globo tropeçou na notícia e soltou uma "fake news" no Jornal Nacional (JN), blogs que se pretendem revolucionários faziam malabarismo retórico para dinamitar a reputação do presidente da República. No JN de 29/10/19, William Bonner anunciou matéria dos jornalistas Paulo Renato Soares, Tyndaro Menezes e Leslie Leitão, malandramente, "ligando" o Presidente Jair Bolsonaro ao assassinato de Marielle Franco. O JN relatou a visita de um dos suspeitos pelo homicídio (sic!) à casa de Bolsonaro, com detalhes: condomínio, comunicação por interfone, voz do presidente respondendo, etc., tudo informado por um porteiro. Só depois de ligar o nome de Bolsonaro ao crime foi que se deu a informação de que ele sequer estava no Rio de Janeiro no dia do fato, ficando claro que nada daquilo fazia sentido. Eis um "pega-ratão": apresenta-se, como se verdadeira fosse, uma história que se sabe falsa. Só depois, quando já é provável a fixação de uma crença obscura na cachola dos desavisados, é que vem a informação do fato que torna evidente tratar-se de falsidade. Em menos de 24 horas, porém, o estrago foi desfeito. Carlos (um dos filhos de Bolsonaro) obteve registros do computador do condomínio, provando que nem sequer houve a ligação de interfone para a casa 58, do presidente, que, igualmente comprovado, estava em Brasília na data. A promotora Simone Sibilio, do MPE-RJ, disse que o porteiro do condomínio mentiu para a Polícia: "O áudio que temos demonstra que o porteiro falou com a casa 66, a do policial Ronie Lessa, suspeito de ter disparado os tiros contra Marielle." Mas, ao mesmo tempo que a equipe do JN operava, um blog, que, nos governos petistas, se locupletava com "patrocínios" de estatais, dava esta manchete, que outros replicaram: "Bolsonaro diz ter afinidade com príncipe saudita envolvido em assassinato de jornalista". Na véspera, para fins de negócios entre Brasil e Arábia Saudita, Bolsonaro havia tido reunião com o príncipe herdeiro daquele país, Mohammed bin Salman. E, num arroubo de cordialidade, o presidente falou: "Tenho uma certa afinidade com o príncipe. Em especial depois do encontro em Osaka [Japão]." Bastou! A guerra suja travestida de jornalismo ignorou a passagem do presidente brasileiro pela Arábia Saudita e os negócios celebrados. E, para atingir a imagem de Bolsonaro, explorou o fato de o tal príncipe ser suspeito de estar envolvido na morte do jornalista Jamal Khashoggi, dentro da embaixada de seu país na Turquia. Ora, o fundo soberano da Arábia Saudita vai investir US$ 10 bilhões no Brasil, que é o sexto país a receber investimento desse fundo, ao lado de Estados Unidos, Japão, França, África do Sul e Rússia. E daí? Um provável destino da dinheirama é a construção da ferrovia planejada para ligar o Mato Grosso ao Pará, com custo estimado em US$ 3 bilhões: recuperação de nossa moribunda malha ferroviária. Mas a "tabelinha" da mídia formal com blogs revolucionários desprezou a notícia, dedicando-se apenas a forjar a imagem de um Bolsonaro com "afinidade com assassinos". E a campanha continua. No Youtube, para manter em alta o ódio da militância, canais de esquerdistas insinuam que é falso o álibi de Bolsonaro (sua comprovada presença na Câmara Federal), "narrativa", aliás, desqualificada pelo deputado Marcelo Freixo, amigo de Marielle. Mas há outra coincidência: tudo ocorreu enquanto repercutia reportagem de Veja (disponível na web desde 25/10/19) em que Marcos Valério aponta Lula como um dos mandantes do assassinato de Celso Daniel. Agora, sem dúvidas, há muito a ser criticado no governo de Jair Bolsonaro. O problema é que, na fumaça desta guerra ,que visa a extinguir o governo, as suas falhas acabam perdendo visibilidade. Jamais, em 130 anos de República, contra presidente algum, se viu coisa parecida. A verdade inelutável é que, se o presidente da República não conseguir governar, o prejuízo vai ser do Brasil, não da família Bolsonaro. |
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