(22) ISRAEL – Logo vai ficar difícil para o petismo chamar de “antissionismo” o que tem tudo para ser antissemitismo mesmo!
-
Veja SP
Veja RJ
Exame
Info
Contigo!
MdeMulher
Modaspot
Capricho
Revistas e sites
Assine
Clube
SAC
Grupo Abril
VEJA
Notícias
Vídeos
Fotos
Colunistas
Assine VEJA
Reinaldo Azevedo
Lauro Jardim
Augusto Nunes
Ricardo Setti
Fernanda Furquim
Todos os colunistas
Veja SP
Acervo Digital
VEJA International
/ Blogs e Colunistas
Blog
Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
Assine o Feed RSS | Saiba o que é
Marco Aurélio Garcia
21/09/2015 às 4:24
ISRAEL – Logo vai ficar difícil para o petismo chamar de “antissionismo” o que tem tudo para ser antissemitismo mesmo!
A quantidade de desaforos que o Brasil produz contra Israel dá o que pensar. Parece que a suposta militância antissionista do governo petista assume tinturas, no fim das contas, de antissemitismo. Aliás, vamos ser claros: o antissemitismo costuma se dizer apenas um antissionismo por delicadeza eufemística, não é mesmo?
Qual é o busílis? O governo de Israel decidiu indicar Dani Dayan para embaixador no Brasil. O Palácio do Planalto, sempre por meio de Marco Aurélio Garcia, o ministro oficial dos Desastres Exteriores, fez chegar àquele país o seu descontentamento, já que Dayan, argentino naturalizado israelense, é considerado um representante dos colonos da Cisjordânia e não tem simpatias pela criação do estado palestino, defendido pelo governo brasileiro.
Vamos lá. O Palácio do Planalto tem todo o direito de gostar deste ou daquele. E de não gostar também. Mas, salvo engano, o embaixador de Israel no Brasil defenderá os interesses de… Israel em nosso país — que é o que costumam fazer os embaixadores, ora essa! Desde quando o representante de um estado é obrigado a abraçar a pauta daquele país para o qual é enviado? Isso é uma sandice!
É claro que há protocolos nessas coisas. Não é raro que dois países tenham dissensões, embora mantenham relações diplomáticas. É evidente que não se vai enviar para o território com o qual há um contencioso importante alguém que seja flagrantemente contrário a qualquer forma de diálogo e que só acredite na linguagem do confronto — que vem a ser o contrário da diplomacia.
Mas não é o caso. Ainda que o Brasil tenha as suas opiniões sobre o estado palestino — e tem, claro!, o direito a isso —, o representante de Israel em nosso território não tem de comungar dos mesmos princípios. Considerações dessa natureza expõem o primitivismo que hoje dá as cartas no Itamaraty.
Venham cá: o governo petista compartilha todos os pontos de vista do embaixador do Irã no Brasil? As opiniões dos embaixadores de Cuba e da Venezuela coincidem com as do Planalto? Acho que, nos três casos, prefiro nem saber a resposta. Ou melhor: acho que já sei.
O governo Dilma estrelou um vexame no ano passado quando, diante da escalada da violência entre israelenses e palestinos, emitiu uma nota em que censurou apenas Israel, ignorando os agressores palestinos e suas vítimas — judeus, é claro!
O vazamento das restrições ao nome do embaixador é mais uma das grosserias do governo brasileiro com um país amigo, ao qual os petistas se opõem de maneira sistemática. Dizer o quê? Os “companheiros” tratam aos pontapés a única democracia do Oriente Médio é a pão de ló todas as ditaduras muçulmanas. Isso os define. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Israel, Itamaraty, Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
94 COMENTÁRIOS
22/05/2015 às 4:37
MINHA COLUNA NA FOLHA – Tiro no peito da impostura
Leiam trecho:
Marco Aurélio Garcia afirmou a Clóvis Rossi, nesta Folha, que a rejeição ao nome de Guilherme Patriota para embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos se deveu à “campanha macartista de setores conservadores e da oposição”. Sei. O único na grande imprensa que se importou com Patriota fui eu. Boa parte dos coleguinhas talvez até achasse que o diplomata deveria ir para a OEA pelos exatos motivos por que eu achava que não. E, entre esses motivos, está o fato de ele ser um discípulo intelectual de Garcia e do sociólogo filobolivariano Emir Sader.
Garcia diz que a rejeição buscou atingi-lo pessoalmente –um verdadeiro “tiro no peito”. Não sei se a imagem é sua ou do jornalista. De toda sorte, o assessor palaciano não é meu candidato a sair da vida para entrar na história. Não como ele gostaria ao menos.
O homem se diz um “social-democrata de esquerda”, o que me faz supor que existam o de direita e o de centro. Não sei que bicho é. Eu, por exemplo, sou um liberal. Se fosse acrescentar outro qualificativo, escolheria “conservador”. Repudio a locução “de direita” apenas porque isso sugere que possa existir um “liberal de esquerda”. É outro bicho que mama e tem penas.
(…)
Íntegra aqui.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Itamaraty, Marco Aurélio Garcia, política externa
Share on Tumblr
06/04/2015 às 3:40
Marco Aurélio “Top Top” Garcia, assessor especial de Dilma, diz não entender como o escândalo da Petrobras pode ser jogado no colo do PT. Ah, sim: ele defende que o PT vá para a clandestinidade!
O petista Marco Aurélio “Top Top” Garcia, assessor especial da presidente Dilma, só não é o mesmo porque faz a trajetória contrária à dos bons vinhos, não é? O tempo passa, e ele azeda. Este senhor deveria ter se retirado da vida pública em 2007. Para sempre. Para nunca mais. Digo adiante por quê — caso alguém tenha esquecido. O homem concede uma entrevista à Folha desta segunda. O jornal deu destaque a uma opinião sua: segundo ele, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, deveria deixar o cargo. Isso é lá com eles. Eu, por exemplo, acho que Vaccari está no lugar certo, se é que é vocês me entendem…
O meu destaque é outro. Para espanto da lógica e do bom senso, o figurão petista lasca esta pérola na cara dos brasileiros: “Não consigo entender como deixamos que se jogue em cima de nós o episódio da Petrobras. Outros episódios tão graves [quanto este] não têm a mesma incidência ou não recaem sobre aquelas pessoas que têm a autoria. O que é toda a questão do Metrô de São Paulo?”.
Marco Aurélio não é um gênio, é sabido — não escreveu até hoje um único texto de referência sobre qualquer assunto —, mas a sua afirmação não nasce da estupidez, e sim da cara de pau. Então o PT está no comando da Petrobras pelo 13º ano; a estatal, no momento, beija a lona; depoimentos em penca apontam que a empresa se transformou num covil, e o homem diz não entender como é que a coisa caiu no colo do partido?! Deveria cair no colo de quem? No meu? No seu, leitor amigo? No colo do Zé Bedeu?
A comparação com o Metrô de São Paulo é de uma má-fé escandalosa. Que se prendam todos os gatunos, ora! Estejam eles onde estiverem, pouco importando a quem sirvam. Mas são esquemas parecidos? Cadê os dutos que ligam o escândalo a um partido? Onde estão os arrecadadores de dinheiro? Cadê a estrutura de uma organização criminosa continuada? Os desvios do Metrô de São Paulo são investigados em várias esferas: Ministério Público, Polícia Federal e Cade — nesse caso, com interferência política do governo federal. Qual é a suposição de Marco Aurélio? Que todos esses organismos estão a serviço do PSDB, inclusive o Cade, que se comporta como sucursal do PT?
Mas calma, gente! O homem tem uma saída. Segundo ele, a resposta é a proibição da doação de empresas a campanhas. Marco Aurélio é mais um que acredita que, quando todas as doações de empresas forem clandestinas, não apenas parte delas, como hoje, então o Brasil será um país decente. Seria de uma cristalina estupidez se não fosse, como é evidente, mais um truque dos companheiros.
Na entrevista, fica claro que ele é um dos defensores da tal “Frente Ampla”. Para quem não se lembra: os petistas querem uma reforma política que permita que “frentes” — não apenas partidos — disputem a eleição. É uma forma de o PT se mascarar e tentar se passar por outra coisa, agora que está sendo abandonado pelos eleitores. O partido descobriu que a marca está desgastada e pretende se tornar uma legenda clandestina, mas num período de normalidade democrática.
Para não esquecer
No dia 17 de julho de 2007, um Airbus A320-233, da TAM, ultrapassou o limite da pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou contra um depósito da própria empresa, matando as 187 pessoas que estavam no avião e mais 12 em solo. O país vivia, então, o chamado caos aéreo, e a pista de Congonhas estava passando por reparos. Especulava-se em que medida a tragédia se inseria no descontrole geral, de responsabilidade, sim, do Planalto.
No dia 19 de julho, o Jornal Nacional noticiou que o avião voava com um dos reversores desligado — o que nada teve a ver com o acidente, diga-se. Uma câmera flagrou Garcia no Palácio do Planalto, sorrindo, e fazendo o sinal de “f_ _ _u.” É aquele, sabem?, em que o sujeito fecha uma das mãos e bate contra a palma da outra. A seu lado, um assessor faz outro gesto, também bastante conhecido: com as duas mãos, puxa uma pessoa imaginária contra a pélvis. A alegria dos dois era incontida. Para eles, a reportagem demonstrava que o governo não tinha culpa nenhuma no acidente. Cento e noventa e nove pessoas haviam morrido tragicamente, e aquela era a preocupação principal de Garcia e do governo Lula.
Quase oito anos depois, este senhor segue dando palpites. Vai ver isso explica muita coisa.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia, Petrolão, PT
Share on Tumblr
143 COMENTÁRIOS
05/03/2014 às 2:13
Há um ano, morria Chávez; a Venezuela está nas ruas; cresce solidariedade internacional à luta por democracia; Dilma manda “Top Top Garcia” se sujar de sangue na festa do chavismo
Há exatamente um ano, no dia 5 de março de 2013, morria Hugo Chávez, o homem que só ascendeu ao poder, em 1999, em razão de uma grave crise política na Venezuela. Ele permaneceu no poder por 14 anos, boa parte do tempo como ditador, e criou um modelo de governo que conduziu o país ao colapso.
Nicolás Maduro, o psicopata que sucedeu o coronel liberticida, tentará nesta quarta-feira, mais uma vez, instituir o culto à memória do tirano. As milícias armadas do chavismo foram convocadas para grandes manifestações públicas. O risco de confronto é grande.
Nesta terça, milhares de venezuelanos (fotos) voltaram às ruas para protestar contra o governo. Os motivos vão se multiplicando: crise econômica, autoritarismo, violência, pedido para que se apurem as responsabilidades pelos 18 mortos nos protestos etc. Para o desespero de Maduro, a luta da população venezuelana começa a despertar a solidariedade internacional.
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou uma resolução em que “deplora os atos do governo que constituem uma afronta à vigência da lei, a indesculpável violência perpetrada contra os líderes da oposição e contra os manifestantes e os crescentes esforços para usar politicamente leis criminais para intimidar a oposição política do país”.
Também a Câmara do Chile teve uma atitude decente. Aprovou uma resolução, que deve ser examinada nesta quarta pelo Senado, que insta o presidente do país, Sebastián Piñera, a convocar o embaixador chileno em Caracas para expressar sua repulsa aos atos de violência.
Ex-presidentes de países latino-americanos cobraram o diálogo com a oposição em nome dos princípios da Carta Democrática Interamericana. Assinam a nota Oscar Arias Sánchez, da Costa Rica, também Prêmio Nobel da Paz; Ricardo Lagos, do Chile; Alejandro Toledo, do Peru, e Fernando Henrique Cardoso, do Brasil.
O governo Dilma, no entanto, este impávido colosso, segue mudo. Na verdade, pior do que isso. Marco Aurélio “Top Top” Garcia, assessor da presidente para assuntos internacionais, deve estar presente hoje às festas oficiais em homenagem a Chávez. Não há como dizer de outra maneira: ao fazê-lo, o governo Dilma suja as mãos no sangue dos opositores venezuelanos.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Chávez, Governo Dilma, Marco Aurélio Garcia, Nicolás Maduro, Venezuela
Share on Tumblr
268 COMENTÁRIOS
23/11/2012 às 15:17
Da realidade para a ficção – Seriado americano liga PT a fraudes
Xiii… Será preciso mobilizar o Marco Aurélio Garcia, o Antônio Patriota, as agências de publicidade, lobistas etc. O Partido dos Camaradas Companheiros, o PT, entrou no radar dos seriados americanos. Um deles, informa Cristina Tardáguila, no Globo, levou ao ar um episódio em que o partido aparece envolvido em fraudes.
O petista de destaque nesse episódio se chama “Hector Campos”… Hector??? No Brasil??? Acertaram no partido, mas erraram no idioma, hehe. Não adianta! Eles acham mesmo que, do México para baixo, só se fala espanhol. Não perdem dois minutos consultando o Google… Leiam o texto publicado no Globo online.
*
Nem o boom econômico nem o julgamento do mensalão conseguiram evitar que a política brasileira deixasse de ser tachada como corrupta em produções de origem americana. No capítulo do seriado “Person of interest” exibido no Brasil na última quarta-feira pela Warner Channel, a protagonista era Sofia Campos, filha de um diplomata brasileiro que sempre se atrasa para eventos oficiais e que pretende concorrer à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Segundo o episódio, que usa reportagens fictícias escritas em português como imagens de apoio para dar corpo à trama, o grupo político que está no poder no país desde 2002 está envolvido em fraudes eleitorais e tem membros suscetíveis a subornos.
A série “Person of interest” faz sucesso desde o ano passado ao narrar a história de um bilionário misterioso que desenvolveu um programa de computador capaz de vigiar indivíduos e antecipar sua participação em crimes — seja como vítima, agressor ou testemunha. Em cada capítulo, o espectador acompanha a solução de um único caso.
No terceiro capítulo da segunda temporada, exibido na americana CBS no dia 18 do mês passado, os políticos brasileiros estão na mira. A morena Sofia Campos, interpretada pela mexicana Paloma Guzmán, é a filha indomável de Hector Campos — diplomata destacado para atuar no fictício consulado de Nova York e que é candidato à presidência do Brasil pelo PT.
“Sofia foi aceita em Oxford” — explica a voz do misterioso milionário em off já no segundo minuto da trama. “E o partido político do pai dela foi acusado de fraude na última eleição. Sequestros políticos não são incomuns no país dela”.
E, enquanto apresenta a protagonista, o seriado usa como imagens de apoio matérias fictícias publicadas por sites brasileiros sobre o PT. Numa delas, o título é claro: “DEM acusa de fraude o comitê eleitoral do PT”. No corpo da matéria, informa-se que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investiga o partido.
Quando Hector Campos entra em cena, a voz do milionário volta ao off e destaca que o diplomata não aprova o namoro de Sofia com um “mauricinho” de Nova York chamado Jack. “A campanha política de Hector salienta igualdade socioeconômica para todos. Enquanto isso, sua filha passeia pela cidade com um cara rico”.
Enquanto Sofia se envolve com narcotraficantes, o seriado levanta a hipótese de uma conexão entre a máfia e a política brasileira. E Sofia não colabora. “Ela já teve mais de seis seguranças este ano, ninguém consegue acompanhá-la” — explica o pai, ao contratar mais um brutamontes. “Nem os seguranças do consulado?” — questiona ele. “Não. Eles são brasileiros. Suscetíveis ao suborno político, à espionagem, a vazar fofocas para a imprensa.” Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
150 COMENTÁRIOS
10/01/2011 às 19:39
Juízos tortos. Ou então: vamos cair na farra!
Marco Aurélio Top Top Garcia acredita que só os 3% ou 4% que consideravam o governo do PT ruim ou péssimo se interessam pela indecorosa emissão de passaportes diplomáticos para a família Lula e seus apaniguados. Não deixa de ser um reconhecimento e uma deferência a esses verdadeiros heróis, não é mesmo?, em quem um blogueiro do Planalto já quis até botar uma tornozeleira eletrônica. Considerando que se trata de um ato indecoroso, imoral e, no limite, ilegal, até Marco Aurélio admite que essa extrema minoria corresponde àquela para a qual existe diferença ente o certo e o errado, o aceitável e o inaceitável. Sim, eu entendi o seu esforço para reduzir os protestos aos “descontentes de sempre”. Mas ele acabou dizendo, sem querer, uma verdade. Caso se dê conta disso, vai retirar imediatamente a fala…
O petismo e as regras do decoro vivem mesmo uma estranha relação. Hoje, foi o presidente da Câmara, Marcos Maia (RS), candidato a preservar o cargo na legislatura que vem, quem se saiu com juízo parecido. Ele reagiu às críticas feitas por Ophir Cavalcante, presidente da OAB, à concessão indiscriminada de passaportes diplomáticos a deputados e familiares em viagem de… turismo!!!
Maia disse estranhar as críticas do presidente da OAB e afirmou, à moda Marco Aurélio, que o país tem problemas mais sérios a resolver. Ora, é claro que tem! O maior deles é um desafio verdadeiramente ontológico: saber se foi o ovo ou a galinha a surgir primeiro. Todas as irresoluções da humanidade também estão presentes em Banânia. Nem por isso vamos deixar que a esbórnia coma solta, uma vez que não resolvemos alguns dos dilemas essenciais do homem.
Esse tipo de raciocínio é uma estupidez e uma pilantragem intelectual. Ademais, não cabe aos beneficiários das prebendas irregulares decidir o que é o que não é importante. Apelando ao extremo, não tenho dúvidas de que Marcola considera que o país tem problemas bem mais graves do que o PCC…
As leis e as regras têm de ser cumpridas, especialmente pelos homens públicos, que têm a força da representação. Não lhes cabe arbitrar que determinação legal vão ou não cumprir.
Há dias, foi a vez de o ministro Nelson Jobim (Defesa) tratar com menoscabo as críticas à farra da família Lula numa instalação militar no Guarujá. Também ele acha que há coisas mais sérias no país com as quais devemos nos ocupar. Certo!
A ser assim, sugiro que esses iluminados se reúnam, estabeleçam as prioridades do país, digam quais são os assuntos aos quais devemos nos dedicar, decretando, em seguida, que, fora daquela pauta, não existe mais pecado.
E vamos partir para a farra, ué! Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia, Marcos Maia, Nelson Jobim
Share on Tumblr
216 COMENTÁRIOS
11/12/2010 às 4:45
Marco Aurélio Garcia: eis um homem corajoso. Ele jamais teme o ridículo!
Pense o pior de um petista. Você pode se adiantar um tantinho aos fatos; pode, por ignorar isso ou aquilo, estar um pouco atrasado, mas uma coisa é certa: jamais estará errado. Nesta sexta, ao tratar do caso da iraniana Sakineh Ashtiani, afirmei que Celso Amorim deve ter ficado um tanto decepcionado ao saber que a notícia de sua libertação era falsa porque certamente se preparava para considerar o evento mais uma conquista da diplomacia brasileira. Eu costumo me adiantar ao petismo, como sabem. Desta vez, cheguei um tanto atrasado: ATENÇÂO: MARCO AURÉLIO GARCIA JÁ HAVIA FEITO AQUILO QUE EU DISSE QUE AMORIM FARIA. A ignomínia do Top Top chegou antes de meu pior pensamento a respeito deles. Que gente!
Na quinta,Marco Aurélio aproveitou para faturar: “O presidente Lula ficou muito, mas muito satisfeito e emocionado” com a libertação de Sakineh. Indagado se era mais uma conquista do Babalorixá de Banânia, ele tentou fingir modéstia decorosa. Afirmou que aquilo não nem era o mais importante! Mas sem negar jamais a influência de Lula na “libertação”.
Vocês sabem: quando se é Marco Aurélio Garcia, isso quer dizer que a pessoa não tem limites. O episódio relacionado aos 199 mortos do acidente da TAM — quando brindou o Brasil com obscenidades; eu me refiro às obscenidades humana e política — sintetiza bem o caráter deste senhor. Na quinta, não foi diferente. Ele aproveitou a falsa libertação de Sakineh para pensar: “É um ato de justiça. É uma vitória dos direitos humanos em geral e confirma que há formas eficientes de vender os direitos humanos que não precisam ser ruidosas.”
Huuummm!!!
Se a libertação evidenciaria tudo aquilo, a manutenção da prisão prova o contrário: trata-se de uma derrota dos direitos humanos (e é mesmo) e confirma que as formas “não-ruidosas” de “vender” (sic) os direitos humanos não funcionam. Ou seja: a política externa brasileira se mostra, uma vez mais, uma fraude. Marco Aurélio tentava justificar os desatinos do Itamaraty, que chegou a enviar à ONU um documento em que pede a revisão da política de sanções a países que violam os direitos humanos. A conversa, diz o governo Lula, seria muito mais eficiente. A gente vê!
Dilma se disse, “como mulher”, contrária à condenação de Sakineh, chamou o apedrejamento de “prática medieval” e discordou do voto dado pelo Brasil, que se absteve de condenar o Irã por violações aos direitos humanos. Ok, mas isso ainda não quer dizer nada. Vamos ver como o Brasil vai se comportar nas votações da ONU e que mensagem ela passará ao mundo: dará seqüência à prática de Lula de desfilar ao lado de tudo quanto é facínora do planeta?
A perspectiva é boa? Boa não é! Antônio Patriota, que vai assumir o Itamaraty, é da turma de Celso Amorim. E Marco Aurélio, esse que aparece, mais uma vez, desempenhando um papel grotesco, foi confirmado como assessor especial para a política externa. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
86 COMENTÁRIOS
27/11/2010 às 6:35
Entulho lulista-autoritário: Dilma convida Top Top Garcia a ficar no governo
Na Folha. O título é meu.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, convidou o assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia, a permanecer no Planalto. Os dois conversaram na última semana e devem voltar a se falar na segunda-feira. O assessor era cotado por diplomatas sul-americanos para assumir a Secretaria-Geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), mas desistiu a pedido de Dilma.
Representantes de Uruguai, Venezuela e Argentina articulavam a permanência de Garcia no cargo em substituição ao ex-presidente argentino Nestor Kirchner, morto no mês passado. Os presidentes do bloco se reuniram ontem em Georgetown, na Guiana. Sondado para o cargo na Unasul, Garcia consultou Dilma, que pediu para que permanecesse no governo.
Ela ainda não anunciou o nome que irá ocupar o Ministério das Relações Exteriores, mas a expectativa tanto entre diplomatas quanto na equipe de transição é a de que o escolhido seja o embaixador Antonio Patriota, que é próximo ao chanceler Celso Amorim, e ocupa a segunda posição do Itamaraty, a Secretaria Geral. Aqui Por Reinaldo Azevedo
Tags: Governo Dilma, Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
114 COMENTÁRIOS
16/03/2010 às 17:07
Rei do Tártaro, o cortês
Marco Aurélio Top Top Garcia, Rei do Tártaro e assessor especial de Lula, classificou como uma “descortesia” o boicote do ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, à visita do presidente brasileiro a Israel. Lieberman não compareceu à sessão do Parlamento em que o brasileiro discursou. Pois é… Cortês é criticar uma autoridade do país anfitrião… O ridículo deste senhor não tem limites!
Lieberman está longe de ser o meu herói, mas sua reação não foi exatamente um despropósito a se considerar a grosseria inicial de Lula, negando-se a participar de uma solenidade no túmulo de Theodor Herzl. No Parlamento israelense, Lula deu curso à fantasia vagabunda de que, resolvida a questão israelo-palestina, cessam os problemas no Oriente Médio.
Segundo Top Top, a reação negativa de Lieberman “não compromete o sucesso da visita a Israel”. Qual sucesso? Fiel a seu estilo, o Rei do Táraro disse que Lula “tem mais coisas com que se preocupar”. Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
93 COMENTÁRIOS
30/11/2009 às 21:04
O PARADOXO DE MARCO AURÉLIO. DIVIRTAM-SE!
Eu não sei se vi direito, mas fiquei com a impressão de que Marco Aurélio Garcia consertou os dentes. Verdade ou mentira, há algo nele, no entanto, que não tem conserto: as idéias. Acabo de ver o valente conceder uma entrevista na Cúpula Ibero-Americana, que acontece em Portugal. Este homem é um espanto! Garcia é um assassino ímpar da lógica, sem concorrentes. Disse o valente:
“Se o presidente eleito [de Honduras] fizer gestos que nos conduzam a uma solução democrática, o Brasil pode avaliar [uma mudança de posição], mas têm de ser gestos poderosos para compensar as eleições ilegítimas”
Ah, bom!!! Então vamos ver:
1 – Garcia chama Porfírio Lobo de “presidente eleito”. Se é presidente eleito, então é… Desculpem, não há um jeito menos estúpido ou tautológico de escrever isso;
2 – Se as eleições são ilegítimas, como é que o Brasil pode mudar de posição? Ora, não há legitimidade possível que nasça da ilegitimidade, certo?
Eis a que foi reduzida a diplomacia brasileira: para ser coerente, tem de ser estúpida; para não ser estúpida, tem de ser incoerente.
E, enquanto eles estiverem por aí, Tio Rei vai fazendo frases legais, hehe...
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
155 COMENTÁRIOS
26/11/2009 às 22:27
ESTUPIDEZ INESGOTÁVEL E INSACIÁVEL
As horteloas e os hortelões do Itamaraty agora mudaram a plantação: pararam com as abobrinhas e resolveram plantar bugalhos. Até anteontem, o Brasil agia de modo concertado com a diplomacia americana. Assim, a visita do delinqüente Mahmoud Ahmadinejad teria sido parte dessa conspiração do bem, que, brincando, chamei aqui de “Teoria Conselhatória”… Aí Barack Obama — na verdade, o Departamento de Estado dos EUA — enviou uma carta a Lula — na verdade, ao Itamaraty — em que expressou sua contrariedade com a presença do filoterrorista iraniano no Brasil e em que deixou claro que vai reconhecer o resultado das eleições hondurenhas de 29 de novembro.
Pronto! Aí Marco Aurélio Garcia, o Top Top, estrilou, expressando toda a contrariedade do governo Lula com Barack Obama. O Brasil, disse, está muito decepcionado. A tal “combinação” foi pro beleléu.
Agora, as horteloas e os hortelões mudaram o tom, sempre obedientes ao que lhes dita mCelso Amorim e Marco Aurélio e transformaram a contrariedade do governo Lula em “advertência”. Acreditem: a palavra é esta mesma: o Brasil adverte os EUA de que as escolhas daquele país estão erradas. Não! Não é expressão de uma divergência. Estamos é dando um pito mesmo e deixando entrever até certa suspeita de ameaça. É como se o Itamaraty dissesse: “Huuummm… Ouçam-nos; vocês vão se dar mal!”
Marco Aurélio agora diz que, ao reconhecer as eleições de Honduras, os EUA estão condescendendo com a tese do golpe preventivo. Ahhhnnnn… Sempre isso! Todos sabemos que, em Honduras, deu-se um contragolpe. Golpista era Manuel Zelaya, coisa comprovada por A mais B. Deu-se em Honduras o que não se deu na Venezuela, por exemplo: à primeira tentativa de estuprar a Constituição, as forças democráticas reagiram e botaram o golpista pra fora. Quais forças democráticas? Uniram-se a esmagadora maioria da população, o Congresso, a Justiça, o Ministério Público e os militares.
Sim, Marco Aurélio tem razão, embora esteja do lado errado. Os democratas do resto do continente já sabem o que podem e devem fazer para conter os golpistas populista-bolivarianos: DEPOSIÇÃO. E sem fazer a bobagem de tirá-los do país. O negócio é CANA, COM O DEVIDO PROCESSO LEGAL.
A delinqüência legal da argumentação de Marco Aurélio é tal, que ele chega a dizer que a decisão da Corte Suprema de Honduras sobre a legalidade ou não da deposição de Zelaya é “irrelevante”. Sendo assim, Garcia não reconhece Honduras como um país: seria mero objeto passivo do concerto internacional.
A estupidez dessa gente é inesgotável e insaciável. Quem sabe a ficha do Departamento de Estado dos EUA esteja começando a cair. Não que eu confie muito na turma. Mas há uma possibilidade.
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
76 COMENTÁRIOS
25/11/2009 às 5:43
POLÍTICA EXTERNA, LULA, OBAMA, SUPEREGO… OU: FALTAM UM UÍSQUE ANTES E UM CIGARRINHO DEPOIS…
Sempre que aparece algum bocó dizendo que a diplomacia brasileira opera em parceria com o Departamento de Estado dos EUA, faço o óbvio: “É mentira, bocó!” Ah, mas precisa ser assim, entre a desqualificação e a ironia? Sim. Respeito pontos de vista divergentes, ao contrário do que afirmam alguns (desde que não queiram usar meu blog para passar “mensagens” do “Partido”), mas não dá para tratar a mentira como coisa séria. Celso Amorim, o megalonanico ministro das Relações Exteriores, plantou entre seus porta-vozes na imprensa a tese daquilo que eu chamaria, empregando um neologismo, de “Teoria Conselhatória” — que vem a ser o oposto da Teoria Conspiratória. E a vigarice intelectual está sendo passada adiante. O que é a “Teoria Conselhatória”? Seria uma espécie de conspiração do bem. Assim, o Brasil namora com Chávez e pisca para Ahmadinejad não para secretar o fel antiamericano que hoje pauta a nossa política externa.
Seria tudo combinado com a Casa Branca, entenderam? O Brasil, assim, “dialoga” com esses países porque é melhor mantê-los por perto — o Departamento de Estado dos EUA teria nos encomendado tal tarefa. E isso teria até um nome do Itamaraty: “penetração e diálogo”. Entendo. Não sei se não conviria inverter a ordem, acrescentando um uisquinho no começo e um cigarrinho depois…
Levar essa gente a sério? Não fazer piada? Por quê? Trata-se de uma mentira obviamente. Vejam o caso de Honduras! Derrotado pelos fatos, achando que é pouco ter colaborado com a conspirata que plantou Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa, o governo Lula tem a cara-de-pau de defender nada menos do que o adiamento das eleições — proposta felizmente rejeitada pelos EUA. MAS PRESTEM BEM ATENÇÃO! O Brasil sabia que a proposta não seria aceita. Pretende, com isso, arrastar consigo parte dos países da América Latina e isolar os EUA na Organização dos Estados Americanos. Ao atuar, Celso Amorim não pensou no melhor para os hondurenhos ou para resolver a crise. Nada disso! Jogou para ganhar mais um palanque internacional e poder rosnar o suposto protagonismo do Brasil. AO QUERER SER GRANDE — sem trocadilho —, AMORIM DEMONSTROU SEU REAL TAMANHO.
Em entrevista concedida nesta terça, foi a vez de Marco Aurélio Garcia, o Top-Top, o Rei do Tártaro, deixar claro qual é o jogo de Lula e do Itamaraty. Segundo ele, o governo brasileiro está “muito decepcionado” com o “governo do presidente Barack Obama”. Notem que ele nem mesmo falou em eventuais diferenças de pontos de vista diplomáticos ou de interesses conflitantes. Não! O “governo Lula” está decepcionado com o “governo Obama”. E isso tem de ser lido assim: o “homem Lula” enxerga hoje um único rival no mundo, e esse rival é justamente “o homem Obama”. Há poucos dias, escrevi que Lula é muito competitivo e não suporta nenhuma forma de grandeza. Ele havia, então, se comparado ao presidente americano e dito que os EUA elegeram um negro, sim, mas nunca tinham feito um metalúrgico presidente… Mais um pouco, e poderia ter dito que os EUA não são de nada porque jamais votariam em alguém nascido em Garanhuns…
Marco Aurélio reclamou de Honduras, da proposta de Obama para a reunião de Copenhague sobre o clima, da falência da roda Doha… E mandou ver: “O presidente Lula continua com grandes expectativas; temos um bom relacionamento com o governo dos Estados Unidos. Mas a grande verdade é que, até agora, tem um grande sabor de decepção. Que nós esperamos que seja revertido”.
Duas coisas se conjugam nessa reação, e é preciso caracterizá-las. A primeira é o antiamericanismo rombudo, herança das velhas esquerdas, que foi atualizada pela banda do Itamaraty sob a influência de Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral do Itamaraty e atual ministro da tal Sealopra… Tal herança se funde com a tese do novo protagonismo, este de Celso Amorim. E o Brasil se mostra ao mundo não só como um líder regional; pretende ser aquele que vai arrostar com os EUA e, às vezes, substituí-lo. Trata-se de um delírio estúpido. Perguntei ontem e refaço a pergunta: quantas vezes mesmo o sol nasce em bases militares brasileiras espalhadas mundo afora? Samuel é apenas ultrapassado — sem deixar de representar algum perigo. Amorim é apenas ridículo.
A segunda questão é de natureza pessoal. Notem na fala de Marco Aurélio que parece que o presidente americano está sendo avaliado por Lula, está sendo submetido a um teste; a depender do resultado, o Megalobarbudo manda o estagiário pra casa. Não deixa de ser curioso notar que o presidente brasileiro parecia mais amável com… George W. Bush! Como se explica? Ideologia? É claro que não! Bush era uma das personalidades mais impopulares do planeta — o que era, obviamente, injusto, mas era fato. Não é o caso de Obama. Os americanos já estão começando a se encher dele, é verdade, mas não é aquele público que Lula julga disputar com o presidente dos EUA. O “metalúrgico brasileiro” não aceita que o “negro americano” seja considerado mais influente e mais “nunca antes nestemundo” do que ele próprio, entenderam?
Os desatinos da política externa brasileira têm duas vertentes, ambas negativas: uma conjura todos aqueles atrasos de esquerdismo e independentismo jeca; a outra tem a ver com o fato de Lula, como já expliquei aqui, ter crescido sem superego — o que é reforçado pelas tintas com que o pai é tratado no filme-dramalhão-triunfalista-hagiográfico. Freud — o de Viena, não o Godoy — explica. Não estou fazendo fuxico sobre sua vida privada. Estou afirmando que, num roteiro supervisionado pelo Palácio do Planalto, seu pai foi pintado como um monstro, certamente pior do que era. E sua mãe, já se sabe, emula com a própria Virgem Maria.
Cristo tinha superego até demais, coitado, com seus dois pais — José e “O” Pai. Lula optou por não ter nenhum. É filho de suas próprias idéias!!! E, claro, deve achar até hoje que o Nazareno não soube negociar direito com o patrão… Em vez de aceitar o destino, deveria ter chamado a peãozada… O chato para Lula, naquele cenário, seria ter descoberto que Barrabás se antecipara…
Por Reinaldo Azevedo
Tags: Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
150 COMENTÁRIOS
04/08/2009 às 20:09
Top Top, o incorrigível
A fala abaixo é de Marco Aurélio Top Top Garcia, o Rei do Tártaro, no Estadão. Ele se refere ao uso de bases colombianas pelos Estados Unidos:
“Não me parece que perto da fronteira de uma região como a Amazônia, que muitas vezes é objeto de cobiça internacional, seja positivo o estabelecimento de bases cujo alcance e os objetivos não estão, para nós, ainda muito claros”.
É verdade! Positivo é haver perto da fronteira, em plena floresta amazônica, um grupo narcoterrorista, que seqüestra, mata e mantém campos de concentração. Mais do que isso: utiliza-se do ambiente inóspito para distribuir cocaína para o mundo. Isso, sim, é bacana. Sobretudo porque já está provado que as Farc recebem apoio oficial de dois países — os provados, reitero: Venezuela e Equador.
Só deles? Bem, o Brasil concedeu asilo a Olivério Medina, o tal “padre” (de araque) que deveria pedir nas missas para que o povo cheirasse o Corpo de Cristo. Essa é a Eucaristia macabra da América Latina. Não custa lembrar que a mulher de Medina, uma brasileira, era funcionária do Ministério da Pesca e foi transferida para Brasília numa ordem dada por Dilma Rousseff, pessoalmente. Documentos da área de segurança da Colômbia sustentam que Medina não é “ex-membro das Farc”, como se diz por aqui, mas um de seus dirigentes no exterior.
Essas coisas, sim, é que honram um país. Mas ceder bases militares para o treinamento conjunto com soldados americanos que combatem o narcotráfico é mesmo coisa muito suspeita. Também gosto de ver o Top Top a exercitar teorias conspiratórias sobre o suposto interesse dos EUA nas nossas riquezas. Huuummm…
Por enquanto, as únicas jóias que têm brotado da floresta que Marco Aurélio tão diligentemente quer proteger são cocaína, narcotráfico, mistificação e reféns. Muitos reféns.
Ah, sim… Quem não se lembra daquela entrevista deste gigante ao Le Figaro, jornal francês? Publiquei a tradução no post “ESCÂNDALO! ESCÁRNIO! ESTUPIDEZ! É TOP TOP GARCIA NA ÁREA“. Notem que Marco Aurélio não é neutro sobre o uso das bases colombianas pelos EUA. Indagado pelo jornal francês se o Brasil considerava as Farc um movimento terrorista, ele declarou a “neutralidade” do país sobre o tema.
Marco Aurélio se opõe a uma relação regular entre duas democracias. Mas é “neutro” com os narcoterroristas. Por que seria diferente? Por Reinaldo Azevedo
Tags: Farc, Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
44 COMENTÁRIOS
16/06/2009 às 17:16
O BRASIL E OS DIREITOS HUMANOS; BOBAGENS OCEÂNICAS
Bem, sem qualquer jactância, reivindico uma espécie de pioneirismo na crítica à política oficial do Itamaraty de acomodação com ditaduras e regimes de força em nome da não-ingerência nos assuntos internos de outros países. Para constatá-lo, basta fazer uma pesquisa no blog. Os que me acompanham desde Primeira Leitura sabem que essa abordagem antecede esta página, é mais antiga. Celso Amorim é bom de marketing, conta até com porta-vozes oficiosos na imprensa, mas não pode mudar a realidade. O único país tratado com severidade pelo Brasil no Conselho de Direitos Humanos da ONU é Israel. É isto: na Escala Amorim de Valores Morais, o Sudão (com os 300 mil mortos de Darfur) está na frente de Israel. As coisas falam por si mesmas.
Lula tentou justificar ontem essa política. Sem sucesso. As entidades de defesa dos direitos humanos já perceberam qual é a política do Brasil e que essa conversa de não-ingerência era só uma forma de angariar a simpatia de alguns estados — de preferência, os piores — para o seu pleito: ser membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Ocorre que a detestável posição do Brasil agora se tornou mundialmente conhecida. Em vez de levar o país a integrar o CS, Amorim conseguiu manchar a reputação de sua diplomacia. Mais uma legítima conquista deste Rhodes da diplomacia. Adiante.
Vi ontem Marco Aurélio Garcia na TV. Ele rivaliza com Claudionor Brandão, aquele simpático senhor que lidera a baderna na USP, não apenas em physique du rôle, mas também em psiqué du rôle… Esforçando-se para parecer muito reflexivo, como quem busca os pensamentos lá nas áreas mais intestinas de um cérebro efervescente, afirmou que o Brasil não distribui atestado de bom comportamento aos países, argumento já empregado por Amorim. Mais: considerou que sanções e censuras a ditaduras só contribuem para isolar ainda mais os países… Que eles devem ser trazidos para a arena dos debates, do diálogo… E vocês sabem que não temos limites nisso, não é? O Brasil estava prestes a abrir a sua embaixada na Coréia do Norte. Aí Kim Jong-Il ameaçou o mundo com bomba nuclear. Houve um adiamento… Essa gente finge acreditar que as tiranias só são tiranias porque não têm a oportunidade de ser outra coisa…
A lógica da dupla Marco Aurélio-Amorim é formidável. Remete àquele paradoxo do bom pecador, de um soneto genial de Gregório de Matos, mas com lógica picareta: se o sumo do cristianismo é o perdão, então a sua precondição é o pecado. Assim, escreveu Gregório a Deus: “quanto mais tenho delinqüido, vos tenho a perdoar mais empenhado”. Nesse caso, os ditos “estados delinqüentes” seriam, então, alvos especiais da atenção do mundo. Quanto mais ameaçadores, mais teríamos de dialogar com eles. A violência interna e a hostilidade externa passariam a ser commodities políticas. A Coréia do Norte, de fato, está nessa trilha. O Irã tenta chegar lá.
Ora, dizer o quê? As viúvas de Pinochet, o odiento ditador chileno, certamente se ressentem do fato de a doutrina Marco Aurélio não ter se tornado influente mais cedo, não é? Censura a Pinochet? Perseguição mundo afora? Por quê? Ora, nada disso! O Claudionor da política externa chamaria o velhote assassino para conversar — ou, vocês sabem, seria bem pior para os chilenos. Recuando um pouco na história do Brasil, a pressão exercida pelo governo Carter em favor da democratização de Banânia foi também um erro estúpido.
A máscara caiu. O discurso de Lula no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, não convenceu ninguém. Essa ladainha é velha conhecida, se me permitem a grandeza, da história da humanidade. Daladier, Chamberlain e boa parte da elite política européia achavam, na década de 30 do século passado, que era um erro isolar aquele pintor de paredes austríaco com bigodinho ridículo. Deu no que deu. Sim, sei, apelar ao nazismo, dado que é exemplo extremo, costuma enfraquecer o argumento porque, afinal, nada se compara àquilo etc. Ocorre que, nesse caso, a justificativa é rigorosamente a mesma.
Não tenho como. Sou obrigado a encerrar o texto com uma indagação: Marco Aurélio sabe arrumar aparelhos de ar-condicionado? Por Reinaldo Azevedo
Tags: Celso Amorim, Itamaraty, Marco Aurélio Garcia
Share on Tumblr
64 COMENTÁRIOS
Seções
Avesso do Avesso
Documentos
Artigos em VEJA
Alternância de poder e Constituição neles! - 07/10/2009
Que Goffredo não descanse em paz - 08/07/2009
A bíblia da esquerda herbívora - 29/4/2009
Um homem sem (certas) qualidades - 11/2/2009
Que Deus é este? - 24/12/2008
Graciliano, o grande - 10/12/2008
O muro caiu, mas a amoralidade da esquerda sobrevive - 5/11/2008
O mal-estar dos "progressistas" - 24/9/2008
O DIREITO SÓ PODE SER ACHADO NA LEI - 27/8/2008
A bolacha na telinha e a nossa liberdade - 30/7/2008
As ONGs do fim do mundo - 18/6/2008
O que eles querem é imprensa nenhuma - 7/5/2008
Que falta faz um Voltaire - 2/4/2008
Fidel e o golpe da revolução operada por outros meios - 27/2/2008
O Foro de São Paulo não é uma fantasia - 30/1/2008
O pastor e o pensador - 12/12/2007
A crença na "cultura da periferia" é coisa de gente com miolo mole - 5/12/2007
Capitão Nascimento bate no Bonde do Foucault - 10/10/2007
Restaurar é preciso; reformar não é preciso - 12/9/2007
O Movimento dos Sem-Bolsa - 8/8/2007
A Al Qaeda eletrônica - 20/6/2007
Gramsci, o parasita do amarelão ideológico - 16/5/2007
Crime e castigo dentro de nós - 28/03/2007
O politeísmo de um Deus só - 28/02/2007
A seita anticapitalista e a tristeza do Jeca - 07/02/2007
Sou "doente" mas sou feliz - 27/12/2006
É preciso civilizar os bárbaros do PT - 1º/11/2006
Governante bom é governante chato - 11/10/2006
E o feio se tornou bonito... - 13/09/2006
Urna não é tribunal. Não absolve ninguém - 06/09/2006
Arquivo
S T Q Q S S D
« Ago
1234 5 6
7 89101112 13
1415161718 19 20
212223 24 25 26 27
28 29 30
Serviços
Tablet
Android
Orkut
Foursquare
Google+
RSS
Newsletter
Anuncie
Tempo
Cotações
Assinaturas
Clique e saiba tudo sobre sua assinatura!
O clube que conhece e reconhece você.
Assine Veja e ganhe meses a mais!
Assine VEJA Digital e ganhe até 12 meses grátis!
Assine SUPER versão digital!
Assine CARAS por 2 anos e ganhe a coleção Petites Casseroles!
Assine EXAME e ganhe meses a mais!
Nome: Nasc.: E-mail: CEP:
Notícias
Brasil
Ciência
Economia
Educação
Entretenimento
Esporte
Mundo
Saúde
Vida Digital
RSS
Infográficos
As Listas de VEJA
Saber +
Na História
Em profundidade
Perguntas e Respostas
Conheça o país
Cronologia
Quem é Quem
Testes
Vídeos e Fotos
Vídeos
Galerias de fotos
Galerias de vídeos
Revistas
VEJA
Os livros mais vendidos
Edições especiais
Expediente
VEJA São Paulo
VEJA Rio
Comer e Beber
VEJA na Sala de Aula
Temas
Reportagens, vídeos,
infográficos e cronologia
de assuntos em
destaque no noticiário
Blogs e colunistas
Antonio Ribeiro, de Paris
Augusto Nunes, coluna
Caio Blinder, de Nova York
Felipe Moura Brasil, blog
Fernanda Furquim, séries de TV
Geraldo Samor, mercados
Isabela Boscov, cinema
Lauro Jardim, Radar on-line
Leonel Kaz, cultura
Lucia Mandel, dermatologia
Patrícia Villalba, Quanto Drama!
Paula Pimenta, Fazendo meu blog
Reinaldo Azevedo, blog
Ricardo Setti, coluna
Rodrigo Constantino, coluna
Sérgio Rodrigues,
livros e escritores
Cidades Sem Fronteiras,
Mariana Barros
Parceiros
Contas Abertas
Excelências
Blogs da redação
Impávido Colosso, infográficos
Viver Bem, saúde
VEJA nas Olimpíadas
Maquiavel, política
VEJA Acompanha
VEJA Meus Livros,
literatura
Dez Mais, variedades
Vida em Rede, internet
Acervo Digital, história
+ Tech, tecnologia
Sobre palavras,
Sérgio Rodrigues
Enquetes, opinião
Sobre Imagens, fotografia
Imperdível, variedades
Conversa em Rede, internet
Testes,
conhecimentos gerais
Serviços
Assine VEJA
iba
Busca
RSS
Orkut
iPhone
Celular
Newsletter VEJA
Fale conosco
Para anunciar
Abril SAC
Aponte erros
Tempo
Cotações
Redes Sociais
Termo de uso
Política de
Privacidade
Editora Abril Copyright © Editora Abril S.A. - Todos os direitos reservados
Breaking News Alert Advertisement
Nenhum comentário:
Postar um comentário