Senado argentino aprova lei para pagamento de fundos abutres
Procuradoria Geral da República denuncia dono do Grupo Safra por negociar propina na Operação Zelotes
Emissário de João Santana buscou dinheiro, diz secretária da Odebrecht
Ministro Marco Aurélio Melo parece perder o rumo jurídico no caso do impeachment
Rio-2016: Justiça suspeita de fraude e bloqueia repasse de verba para obras em Deodoro
STF considera legal cobrança adicional da contribuição social de bancos
Na comissão do impeachment, juristas acusam Dilma: “Sobram crimes de responsabilidade”
Sartori anuncia mais um calote, vai pagar salários de março em até 9 parcelas
Conselho da Petrobras aprova corte de 2.279 mil cargos de gerentes; estatal tem mais de 12 mil marajás
"Porquinho" petista José Eduardo Cardozo já trabalha na defesa de Dilma na comissão de impeachment
Jornal esquerdista francês Le Monde vê a petista mais perto da destituição e diz que impeachment não é golpe
Tropa de choque petista tentou impedir, mas Comissão do Impeachment ouve autores do pedido
Banco Central prevê dívida bruta recorde para 2016
Kátia Abreu troca mensagens afirmando que ministros do PMDB não deixarão cargos
Deputado federal gaúcho José Otávio Germano denunciado à Justiça no Petrolão do PT por corrupção
Wagner Moura, o “aclamado” do nariz marrom, levou um R$ 1,5 milhão do Ministério da Cultura
Posse de Paulo Guimarães na secretaria da Administração de Porto Alegre será amanhã
Dívida pública aumenta 67% desde o início do governo Dilma
Teori autoriza fatiamento da delação de Delcídio que cita Dilma e Aécio
Demissionário, comandante da Força Nacional diz que governo e a presidente petista Dilma Rousseff não têm escrúpulos
STF arquiva pedido da mulher e filha de Eduardo Cunha para processo não ser enviado a Moro
PP quer esperar comissão do impeachment para decidir desembarque
No Rio de Janeiro, peemedebistas articulam para Picciani assumir governo
Governo da petista Dilma transforma evento do Minha Casa Minha Vida em manifestação contra impeachment
Crise faz a Gol reduz em 18% os voos em 2016
Posted: 31 Mar 2016 12:04 AM PDT
O Senado da Argentina converteu em lei, na madrugada desta quinta-feira (31), o acordo para o pagamento dos fundos
hold out (que os populistas criminosos peronistas chamaram de abutres), o que representa mais uma vitória política do presidente Mauricio Macri no Parlamento. Após quase 15 horas de debates, a lei foi aprovada por 54 votos contra 16, abrindo caminho para o pagamento de US$ 4,653 bilhões aos fundos NML Capital e Aurelius, entre outros. A medida também autoriza um endividamento do governo de US$ 12,5 bilhões. O projeto havia sido aprovado há duas semanas na Câmara dos Deputados. A aliança de centro direita Cambiemos, liderada por Macri, conta com menos de 20 das 72 cadeiras do Senado, mas contou com o apoio de senadores da opositora Frente para a Vitória, (FPV, peronismo), o bloco majoritário. De fato, a medida anula as leis Cerrojo e Pagamento Soberano, como exigia o tribunal de Nova York. Os fundos
hold out são os credores que compraram os papéis "podres" da dívida externa argentina e não aceitaram as reestruturações em 2005 e 2010. Eles correspondem a 8% do total dos credores. Após sentença judicial adversa, em 2012, a então presidente populista peronista e muito incompetente Cristina Kirchner se recusou a pagar em espécie 100% da dívida em poder dos fundos, em detrimento dos demais credores. Em entrevista concedida nesta quarta-feira, pouco antes de viajar aos Estados Unidos, Macri adiantou que a Argentina pagará aos fundos especulativos no dia 14 de abril, data limite imposta pela justiça de Nova York. O acordo dará "a possibilidade de acabar com este conflito que tanto dano fez aos argentinos": "É uma mostra de maturidade, de sensatez, algo muito importante porque o mundo está nos olhando". "A Argentina está recuperando credibilidade e confiança, e isto vai reativar o processo de investimentos", concluiu o presidente.
Posted: 30 Mar 2016 11:43 PM PDT

A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou à Justiça o acionista majoritário do Grupo Safra, Joseph Safra, e o ex-diretor da instituição João Inácio Puga, acusados de negociar R$ 15,3 milhões de propina para dois servidores da Receita atuarem a favor da empresa no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A peça do Ministério Público Federal, elaborada a partir da Operação Zelotes, mira em três processos da JS Administração de Recursos, um dos braços do grupo, em tramitação no colegiado. Juntas, essas ações envolviam cobranças de multas da Receita que somavam R$ 1,8 bilhão, em valores atuais. A Procuradoria pede também a condenação de Eduardo Leite e Lutero Fernandes (que era lotado no Carf), funcionários da Receita, e de dois intermediários. São eles o ex-conselheiro do Carf, Jorge Victor Rodrigues, e Jefferson Salazar, auditor aposentado. De acordo com a ação, Puga discutia montantes e formas de pagamento, mas só os liberava mediante o aval de Joseph Safra, segundo na lista da "Forbes" dos homens mais ricos do país em 2015. "Um mero diretor não poderia, como realmente não o fez, tomar decisões que envolviam dívidas correspondentes a 42,6% do capital social da empresa. As decisões eram com o acionista majoritário, Joseph Safra", sustenta no documento o procurador Frederico Paiva, responsável pelo caso. A investigação contém fotografias de encontros de Puga com os demais denunciados, além interceptações telefônicas, ocorridas entre julho e novembro de 2014. Três diálogos sugeririam que o executivo se reportou a Safra antes dar a palavra final aos outros suspeitos, aponta a Procuradoria. O Ministério Público Federal afirma que Puga, durante a negociação da propina, exigiu que nada fosse registrado por escrito. Além disso, ele também teria estipulado uma espécie de "multa", caso os servidores cooptados não obtivessem êxito nos processos do banco. O montante seria reduzido em R$ 1 milhão por mês, se o serviço não fosse prestado até dezembro de 2014. Na tentativa de dar agilidade às demandas do Safra, segundo a denúncia, o então chefe do Serviço de Assessoria Técnica e Jurídica do Carf, Lutero do Nascimento, chegou a redigir um documento que os advogados deveriam apresentar ao Conselho. Tratava-se de um pedido de admissibilidade de recurso impetrado pela banco e que acabou aceito pelo Carf. A Zelotes mira em um esquema de pagamento de propina a integrantes do Conselho, vinculado ao Ministério da Fazenda, encarregado de julgar recursos a multas aplicadas pela Receita.
Posted: 30 Mar 2016 11:33 PM PDT

Em um dos depoimentos de sua delação premiada, a secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares disse à PF que um emissário da Pólis, empresa do marqueteiro João Santana, esteve na sede da empreiteira, em Salvador, para receber R$ 500 mil. A secretária contou que ligou para Mônica Moura para combinar uma entrega em Brasília, mas a empresária indicou um emissário chamado André Santana para recolher o dinheiro em Salvador. O funcionário da Pólis esteve na própria sede da Odebrecht, na capital baiana, foi levado direto para a sala de Maria Lúcia, onde a secretária já o aguardava com R$ 500 mil. O homem saiu de lá carregando uma bolsa recheada de dinheiro vivo. A delatora não precisou a data. Maria Lúcia disse que Mônica negou que André fosse parente de seu marido. Segundo ela, André foi emissário de vários repasses, mas interrompeu a função a partir de certo momento. O dinheiro distribuído foi providenciado por "NOB" –codinome de um operador chamado Alex. A Odebrecht depositava dinheiro em uma conta no exterior indicada por ele, que disponibilizava o valor, em reais, na capital baiana. A própria Mônica esteve uma vez no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht em Salvador para se reunir com o executivo Hilberto Silva, chefe de Maria Lúcia. O departamento funcionava como uma central de pagamentos clandestinos, segundo procuradores. Na versão da secretária, Mônica foi até lá para entregar os dados de uma conta do casal no Exterior. Na operação que levou à prisão de Santana e Mônica em fevereiro, a Lava Jato identificou que uma conta que pertence ao casal recebeu US$ 3 milhões de duas empresas atribuídas à Odebrecht. Quem cuidou dos pagamentos, segundo Maria Lúcia, foi outra secretária do "departamento da propina", Ângela Palmeira, também presa.

Posted: 30 Mar 2016 10:40 PM PDT

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, parece estar vivendo uma linha descendente vertiginosa, especialmente depois de concretizada a nomeação de sua filha como desembargadora federal no famigerado quinto constitucional da OAB. Ele passou a dar opiniões insustentáveis, para ser bondoso. Por exemplo, nesta quarta-feira, disse que a presidente petista Dilma Rousseff poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal se tiver aprovado o seu impeachment pelo Congresso Nacional. Ora, não poderá mesmo. A advogada gaúcha Magda Brossard Iolovitch (procuradora aposentada do Estado do Rio Grande do Sul), filha do ex-ministro Paulo Brossard de Souza Pinto, também do Supremo Tribunal Federal, autor do único trabalho teórico jurídico até hoje no Brasil sobre o instituto de impeachment, lembra que seu pai diz no livro que escreveu sobre o impeachment que esse é um processo "político", portanto insuscetível de ter seu mérito reexaminado pelo Supremo Tribunal Federal, porque sua amplitude se esgota na esfera do Poder Legislativo, no Congresso Nacional. Diz Magda Brossard Iolovitch: "A posição do meu pai na sua obra escrita em 1964 é que as casas legislativas têm total poder. Não admitia nenhuma interferência do Judiciário. Para nada. Tudo está fundamentado na obra". Para entender melhor o assunto, leia o acórdão de julgamento do Supremo Tribunal Federal em que o cassado e impedido Fernando Collor de Melo pretendia anular o processo ocorrido no Congresso Nacional:
https://drive.google.com/file/d/0B8_RBOFhHrDUTXBkWkY0NjJZR1E/view?usp=sharing
Posted: 30 Mar 2016 07:26 PM PDT

A Caixa Econômica Federal acatou solicitação da Justiça e suspendeu os pagamentos ao consórcio responsável pelas obras do Complexo de Deodoro para as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Segundo informações do jornal O Globo, foi bloqueado o repasse de 128,5 milhões de reais ao grupo Complexo Deodoro, que tem como integrantes as construtoras Queiroz Galvão e a OAS, suspeitando haver fraude nos documentos dos serviços de terraplanagem do local. O Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União solicitaram a suspensão dos pagamentos ao consórcio. Em comunicado oficial a prefeitura do Rio de Janeiro declarou que apoia o trabalho do MPF e da CGU e que não há prejuízo no andamento da obra. As construtoras Queiroz Galvão e OAS também estão envolvidas nos escândalos da Operação Lava Jato, mas não há relação entre as suspeitas. O Complexo de Deodoro, orçado em mais de 800 milhões de reais, receberá provas de hipismo, rúgbi, tiro, canoagem slalom, hóquei sobre a grama e pentatlo moderno. O atraso para a entrega das obras, no entanto, está descartado. De todas as instalações olímpicas, apenas o Centro Olímpico de Tiro não está concluído.
Posted: 30 Mar 2016 07:06 PM PDT

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional a cobrança de alíquota adicional de 2,5% na folha de pagamentos dos bancos a partir da edição da Emenda Constitucional 20 de 1998. A diferença de alíquotas quanto às contribuições previdenciárias incidentes na folha de salários de instituições financeiras ou entidades equiparáveis, atinge, por exemplos, bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, de financiamento, entre outros. Os ministros entenderam que a Previdência representa um regime solidário e que a empresa deve contribuir conforme sua "capacidade contributiva". A decisão terá efeito em pelo menos 74 casos suspensos nas demais instâncias do Judiciário que aguardavam definição do STF. O STF ainda vai analisar outra ação que questiona a contribuição anterior à emenda de 1998, sendo que ela foi instituída em 1991. No julgamento desta quarta-feira, o relator, ministro Edson Fachin, disse que não compete ao Judiciário substituir o legislador na escolha das atividades que terão alíquotas diferenciadas relativamente à contribuição social. Para ele, a escolha legislativa em onerar as instituições financeiras e entidades equiparáveis, com alíquota diferenciada para fins de custeio da seguridade social, é compatível com a Constituição. "As emendas constitucionais apenas explicitaram o conteúdo da norma constante ao indicar critérios pelos quais poderiam ser estabelecidas distinções entre as empresas conforme a capacidade contributiva", disse o ministro. Os ministros discutiram uma ação apresentada por um banco privado que contestava a cobrança diferenciada, que afrontava o princípio da igualdade e que o benefício previdenciário será idêntico e uniforme a todos os contribuintes, independentemente dos mesmos participarem com maior ou menor efetividade para o custeio da seguridade. O recurso foi interposto pelo Banco Dibens S/A contra decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Conforme o TRF-3, reconhecer que empresas de ramos diferentes têm margens de lucro distintas, sendo atribuídas alíquotas diferenciadas segundo a atividade desenvolvida, não fere o princípio da isonomia e tampouco o da capacidade contributiva.
Posted: 30 Mar 2016 06:36 PM PDT
Em sessão tumultuada, os juristas que apresentaram denúncia contra a presidente Dilma Rousseff prestaram depoimento nesta quarta-feira à comissão do impeachment. Aos deputados, o ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, e a advogada Janaína Paschoal (autora original do pedido de impeachment), acusaram a presidente da República de recorrer a expedientes que configuram tanto o crime de responsabilidade quanto crimes comuns ao maquiar os cofres públicos e fazer promessas durante a campanha eleitoral que, por causa do déficit fiscal, não poderiam ser cumpridas. "Crime não é apenas pôr a mão no bolso do outro e tirar dinheiro. Crime também é eliminar as condições desse País de ter desenvolvimento, cuja base é a responsabilidade fiscal", disse Reale Júnior. Os juristas são autores da denúncia que deu início ao processo de impeachment de Dilma. O fundador do PT, Hélio Bicudo, também assina o documento. Ele não compareceu à sessão nesta quarta-feira, mas esteve representado por sua filha, Maria Lúcia. Os autores da ação acusam a presidente de infringir a lei brasileira em ao menos três momentos: na prática das chamadas pedaladas fiscais, já condenada pelo Tribunal de Contas da União, na edição de decretos financeiros sem a autorização do Congresso, o que é proibido, e no comportamento "omisso-doloso" de Dilma no episódio do escândalo do petrolão. "Eu tenho visto várias frases que dizem que impeachment sem crime é golpe. Essa frase é verdade. A questão é que estamos diante de um quadro em que sobram crimes de responsabilidade", afirmou a advogada Janaína Paschoal. "Foi necessário baixar decretos não autorizados, abrindo credito não autorizado, quando se sabia que o superávit não era real. Foi necessário lançar mão de pedaladas fiscais porque do outro lado estava acontecendo uma sangria. Isso tudo é um conjunto de uma mesma situação que, ao meu ver como eleitora, como cidadã brasileira, mostra que nós fomos vítimas de um golpe. Para mim, vítima de golpe fomos nós", continuou Janaína Paschoal. De forma didática, Reale Júnior comparou as maquiagens feitas no orçamento a um cheque especial. "As pedaladas fiscais se constituíram num expediente malicioso por via do qual foi escondido o déficit fiscal que transformaram despesa em superávit. Falseou-se o superávit primário, falseou-se a existência de uma capacidade fiscal que o País não tinha", disse o ex-ministro da Justiça. "É tal como um cheque especial: jogou-se para frente uma imensa dívida que só com relação às pedaladas fiscais alcançou 40 bilhões de reais. Essas dívidas não foram registradas. Isso constitui crime de falsidade ideológica, que é omitir declaração juridicamente importante", continuou, reforçando que a prática continuou acontecendo em 2015, ou seja, no atual mandato de Dilma. "O que aconteceu é que de repente percebeu-se que o Estado estava falido. E a consequência foi emissão de títulos e aumento dos juros que tinham sido artificialmente reduzidos. Esse aumento levou a um processo inflacionário, a uma redução da atividade econômica, e o que é pior de tudo, levou à expectativa de mudança (…) à perda da confiança e da credibilidade. Sequestraram a nossa esperança", continuou Reale Júnior. Ao fim das explanações, os juristas foram aplaudidos de pé por deputados pró-impeachment. Eles ergueram, ainda, cartões vermelhos que carregavam a frase "impeachment já". Parlamentares governistas, por outro lado, acusaram os autores de denúncia de transformarem a comissão em um comício político. Nesta quinta-feira será a vez de depoentes ligados ao governo prestarem esclarecimentos. Participarão da comissão o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Ricardo Lodi Ribeiro.
Posted: 30 Mar 2016 04:07 PM PDT

O governo do Rio Grande do Sul, comandado por José Ivo Sartori, do PMDB, vai parcelar mais uma vez o salário dos servidores públicos, que, nesta quinta-feira (31), receberão até R$ 1.250,00 referente à folha de março. Isso significa que 75,42% dos servidores terão o salário parcelado, dos 347 mil vínculos. A expectativa da Secretaria da Fazenda é complementar as demais oito faixas do salário até o próximo dia 20 de abril, dependendo do comportamento da arrecadação. O parcelamento atinge servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo, mais os funcionários de autarquias que dependem de recursos do Tesouro do Estado. Os empregados das fundações regidos pela CLT recebem de maneira integral seus vencimentos na próxima segunda-feira (4). Como justificativa, o governo afirma que o parcelamento é causado pela forte retração da economia que o País atravessa e pela série de compromissos que ficaram pendentes do mês de fevereiro. "Conseguimos quitar as principais contas de fevereiro, como o próprio salário e a dívida com a União, apenas no dia 11. Ou seja, tivemos com 20 dias de arrecadação para cobrir a despesa de um mês inteiro", afirma o secretário da Fazenda, Giovani Feltes. O governo do PMDB, que ocupa pela quarta vez o Palácio Piratini, desde a redemocratização, é totalmente incapaz e sem qualquer plano para resolver a seríssima e gravíssima crise das finanças públicas. José Ivo Sartori, o governador, é um sujeito que não tem qualquer luz e ainda por cima se assessora completamente mal. Ele ouviu os fiscais do ICMS, da Secretaria da Fazenda, que efetivamente mandam no governo, e os seguiu, naquilo que seria a proposta redentora para o caixa do governo: o aumento dos impostos. Qualquer um, medianamente iluminado, não precisando nem de longe ter noções de economia, sabia que a retração da econômica do Brasil ia se aprofundar, e que o aumento de impostos seria anulado pela diminuição acelerada da atividade econômica. Como todas as cartas foram lançadas nessa jogada ignorante, incompetente, incapaz, os resultados são observados agora. Resumo do drama: o governo já caminha para a sua metade sem ter atacado a crise de frente. Falta idéia, imaginação, e principalmente, falta determinação e vontade política. O governo Sartori já era.
Posted: 30 Mar 2016 03:55 PM PDT

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou em reunião nesta quarta-feira a composição das seis novas diretorias, além da extinção de 2.279 cargos gerenciais, como parte do novo projeto de reestruturação interna aprovado no início do ano. Segundo comunicado, a Petrobras informou que, pelo novo modelo de governança e gestão organizacional, foram extintos os cargos gerenciais, 43% nas 5,3 mil funções gerenciais em áreas não operacionais, "superando a meta inicial fixada em 30%". A Petrobras é uma grande, gigantesca, fábrica de marajás, tem mais de 12 mil funcionários recebendo salários superiores a 170 mil reais mensais. Ainda não ganhou dimensão a notícia de que o passivo trabalhista da Petrobras é superior a 30 bilhões de reais. É um total escárnio em um País como o Brasil. Segundo a Petrobras, além da redução das funções gerenciais, a nova estrutura também prevê a redistribuição de atividades e a fusão de áreas. Com essas medidas, estima-se uma redução de custos de até R$1,8 bilhão por ano. O Conselho de Administração aprovou também o nome dos diretores e dos gerentes executivos na nova estrutura interna da companhia, que reduziu de sete para seis o número de diretorias. Todos os antigos diretores manterão seus cargos com exceção de Antônio Sérgio que era diretor Corporativo e de Serviços. A diretoria ficou assim: Hugo Repsold Júnior, Recursos Humanos, SMS e Serviços (DRH&S); Ivan de Souza Monteiro, Financeira e de Relacionamento com Investidores (DFINRI); João Adalberto Elek Júnior, Governança, Risco e Conformidade (DGRC); Jorge Celestino Ramos, Refino e Gás Natural (DRGN); Roberto Moro, Desenvolvimento da Produção e Tecnologia (DDP&T); e Solange da Silva Guedes, Exploração e Produção (DE&P).
Posted: 30 Mar 2016 03:43 PM PDT
O ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União, já trabalha na elaboração da defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão de impeachment. Ele é conhecido como um dos "porquinhos" petistas que atuaram nas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff. Ele fará a sustentação oral da peça, que já tem mais de 100 páginas, na comissão na próxima segunda-feira. Cardozo fará uma defesa jurídica apontando a falta de elementos para o impeachment. Mas ela terá também elementos políticos, no sentido de mostrar o risco de instabilidade caso a presidente seja afastada sem nenhuma prova de atentado à Constituição. O advogado-geral da União terá duas horas para fazer a sustentação, e deverá ocupar todo o tempo. Instabilidade geral é o que o Brasil sofre com o desgoverno petralha.
Posted: 30 Mar 2016 03:40 PM PDT
O jornal francês Le Monde dedicou grande espaço em sua edição desta quarta-feira para dizer que a presidente petista Dilma Rousseff está mais perto de sofrer impeachment após o rompimento do PMDB. Em um revés para a estratégia governista de obter apoio da imprensa internacional para a tese de que está em sido um golpe para afastar a presidente, o jornal dedica um editorial a dizer que não se trata de golpe de Estado e que as instituições não estão sob risco. Apesar disso, a publicação opina que o impeachment não é a melhor solução, e sim uma eleição antecipada. O jornal Le Monde é notoriamente esquerdista.
Posted: 30 Mar 2016 03:35 PM PDT

A tentativa da tropa de choque petista, de deputados governistas, de conter o avanço da comissão do impeachment, que chega nesta quarta-feira à sua sexta sessão, foi barrada pelo presidente do colegiado, deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF). A derrota no colegiado gerou bate-boca e gritos acalorados entre deputados da base e da oposição. Aliados da presidente Dilma Rousseff questionaram a possibilidade de audiência com pessoas ligadas à acusação e à defesa antes da manifestação formal de Dilma Rousseff sobre as denúncias por crime de responsabilidade. Conforme o regimento, e em decisão chancelada pelo Supremo Tribunal Federal, Dilma Rousseff tem até dez sessões para dar explicações ao colegiado - prazo que se encerra na próxima segunda-feira. O comando da comissão do impeachment agendou para esta semana as oitivas, contrariando parlamentares aliados da presidente Dilma, que tentavam empurrar os depoimentos e, assim, atrasar a comissão. "As diligências no âmbito da comissão destinam-se exclusivamente ao esclarecimento da denúncia, e não à produção de provas. A realização de diligências antes do término do prazo de defesa não acarreta qualquer prejuízo para os direitos da denunciada e podem contribuir muito para a compreensão dos deputados", disse Rosso. A posição do presidente da comissão provocou uma imediata reação da tropa de choque de Dilma. A deputada comunista Jandira Feghali (PCdoB) anunciou que vai recorrer da decisão. O deputado Weverton Rocha (PDT-MA), outro aliado, insistiu na suspensão dos trabalhos e iniciou uma discussão com oposicionistas. Em meio à gritaria, o relator da comissão, Jovair Arantes (PTB-GO), entrou em campo: "Isso aqui, com todo respeito, não é uma Câmara de Vereadores", bradou. Após a confusão, o jurista Miguel Reale Júnior, autor da denúncia contra Dilma, iniciou o seu depoimento. E a seguir, a advogada paulista Janaina Paschoal, autora original do requerimento do impeachment. Ela é professora de Direito na faculdade da USP.
Posted: 30 Mar 2016 03:29 PM PDT

A já recorde relação da dívida bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) vai se deteriorar ainda mais até o final do ano, segundo a nova projeção do Banco Central para o indicador. Além disso, a instituição prevê agora a pior relação da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e o PIB desde agosto de 2008, momento em que a crise financeira internacional atingiu seu auge. Em dezembro do ano passado, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, previa, com base nos parâmetros da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que a relação DLSP/PIB chegaria a 38,6% no fim deste ano. Esta agora já é a previsão para este mês (dado que será conhecido no fim de abril). Com a atualização das planilhas do BC, a nova perspectiva é de um rombo fiscal de 39,9% pelos parâmetros do governo e de 41,6% pelo cenário de mercado em dezembro de 2016 - em agosto de 2008, estava em 42,0%, a maior relação até agora. Referência para as agências internacionais de classificação de risco, o caso da dívida bruta é ainda mais gritante e já se encontra em patamares inéditos atualmente. No ano passado, Maciel projetava para o fim deste ano uma taxa de 70,7% pelo cenário da LDO e de 71,5% pelo de mercado. Em fevereiro, o resultado ficou em 67,6%. Os cálculos do BC apontam agora para uma taxa de 71,6% pelo cenário de governo e de 73,2%, pelo de mercado.
Posted: 30 Mar 2016 03:16 PM PDT



A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), foi flagrada trocando mensagens de texto nesta quarta-feira em que afirma que ela e outros cinco ministros do PMDB pretendem se licenciar do partido para permanecer em seus cargos no governo de Dilma Rousseff. O diálogo foi registrado durante evento do programa Minha Casa Minha Vida e divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a publicação, a ministra informou seu interlocutor que a decisão foi tomada na casa de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. Nesta terça-feira, Renan Calheiros, que já havia sediado a reunião que selou a estratégia de o partido deixar, por aclamação, a base de apoio do governo petista, recebeu os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde) e Helder Barbalho (Portos) para discutir como eles poderiam burlar a regra estabelecida pelo PMDB de deixar os cargos de confiança do governo. A notícia sobre a permanência dos ministros peemedebistas ocorre um dia depois de o PMDB ter desembarcado oficialmente do governo. Na reunião que anunciou o rompimento da legenda com o governo da presidente Dilma, na terça-feira, deputados da ala rebelde do PMDB avisaram que já preparam uma punição para os ministros que resistirem em deixar seus cargos: vão acionar a Comissão de Ética da legenda pedindo a expulsão dos governistas. Após ter a troca de mensagens revelada, Kátia Abreu postou no Twitter que "continuará no governo e no PMDB". Mas admitiu que pode perder o cargo de ministra para que a presidente Dilma abrigue outros aliados em busca de votos contra o impeachment. "Deixamos a presidente à vontade caso ela necessite de espaço para recompor sua base", afirmou.
Posted: 30 Mar 2016 03:02 PM PDT

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, acaba de oferecer ao STF denúncia contra sete políticos do PP envolvidos no Petrolão do PT. São eles: Arthur Lira (AL), Mário Negromonte Jr. (BA), Luiz Fernando Faria (MG), José Otávio Germano (RS), Roberto Britto (BA) e os ex-deputados Mário Negromonte (BA) e José Alberto Pizzolatti (SC). Mais cedo, a direção nacional do PP decidiu esperar a instalação do impeachment contra Dilma Rousseff para avaliar sua permanência na base do governo. José Otávio Germano é o primeiro político gaúcho formalmente denunciado por corrupção e ocultação de bens no Petrolão do PT. Ele é acusado de receber dinheiro de empreiteira desviado dos cofres da Petrobras. O PP é sucessor em linha direta da Arena, o antigo partido de sustentação política durante um quarto de século. Seu ex-presidente Francelino Pereira chegou a dizer que era o maior partido do Ocidente. A maior especialidade do PP é sempre estar no governo. E já se sabe o que faz dentro dos governos. Toda a bancada federal do PP do Rio Grande do Sul provavelmente será denunciada à Justiça na Operação Lava Jato.
Posted: 30 Mar 2016 02:16 PM PDT
O rapaz é um ótimo ator, mas é um fraude moral; pior: não chega a ser inovador no vício de servir e de ser remunerado. Mesmo sem precisar, o que torna a coisa mais abjeta
Por Reinaldo Azevedo - Vejam isto.

Wagner Moura é bom ator. Como ele diz de si mesmo, sem modéstia, é "premiado e aclamado". Certamente conseguiria viver sem tomar grana do estado, liberada por seus amigos do PT, para tocar os seus projetos. Mas sabem como é o vício… Falemos mais desse rapaz. Ele é capaz, repetindo a sujeira moral do stalinismo, mas agora em nova perspectiva, de reconhecer "evidências de que o PT montou um projeto de poder amparado por um esquema de corrupção". Mesmo assim, ele considera o impeachment um golpe, ancorado numa argumentação jurídica canhestra, e ainda reivindica a superioridade moral de quem pretende ser governista e contra o impedimento por motivos sublimes. Gente com ideias tão exóticas há que se comportar como a mulher de Cesar: além de ser honesta, tem de parecer honesta. O que vai a seguira vai nos dizer. O Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura liberou para o "aclamado e premiado", na forma "mecenato", nada menos de R$ 1,5 milhão para a montagem do espetáculo de teatro "Esperando Godot". Essa gente pega grana pública para encenar Beckett à noite e fica de quatro para o governo de dia. Pobre Beckett! Deve estar se revirando na tumba. Na síntese do projeto, pode-se ler o seguinte: "O projeto 'Esperando Godot' propõe uma montagem teatral conduzida pelo premiado e aclamado Wagner Moura. Estreando na função de encenador, Wagner Moura enfrentará o desafio de criar um espetáculo a partir da obra-prima do irlandês Samuel Beckett, 'Esperando Godot", divisor de águas na dramaturgia do século XX (…)" Em seu estúpido artigo na Folha, Moura, o caridoso, além de "premiado e aclamado", escreve também sobre o governo que ele apoia: "O Brasil vive uma recessão que ameaça todas as conquistas recentes. A economia parou e não há mais dinheiro para bancar, entre outras coisas, as políticas sociais". Bobagem! Os pobres que se virem. Não pode é faltar dinheiro para o "premiado e aclamado" encenar Beckett, enquanto justifica a permanência no poder de um governo que ele admite corrupto. Como a gente lê na síntese, o rapaz "estréia como encenador". E, para que ele experimente essa sensação nova, nós pagamos.
NOTA – Não sei, a ver, se o dinheiro foi liberado diretamente — afinal, é "mecenato" — ou se é um limite de captação entre financiadores privados. Num caso, a grana sai dos cofres; no outro, deixa de entrar via renúncia fiscal. Em qualquer deles, é dinheiro da pobrada que está sendo transferido para o "aclamado e premiado".
Precisa?
Wagner Moura precisa disso para ganhar a vida? Claro que não! E daí? Isso não torna moral o conjunto da obra. A meu ver, só piora as coisas. Gente com a sua reputação, que recorre ao capilé público para montar um espetáculo, agrega a preguiça à sabujice. Que deixe o incentivo público, então, para quem realmente precisa. Wagner Moura é um concentrador de renda da cultura nacional. Nem inovador esse rapaz é. Leiam a biografia de Stálin, escrita por Simon Sebag Montefiore. Vejam lá quão abjeto podia ser um escritor competente como Máximo Górki. Chegava a visitar campos de concentração em companhia de Stálin. Nos primeiros anos, o aparato "cultural" nazista conquistou uma boa parcela da intelectualidade alemã, incluindo escritores, atores e diretores de teatro e cinema. A questão está magnificamente retratada no filme "Mephisto", de István Szabó. Wagner Moura é um ótimo ator. Mas é uma fraude moral.
Posted: 30 Mar 2016 02:07 PM PDT
Será nesta quinta-feira, 10h30min, no Teatro Renascença, em Porto Alegre, a cerimônia de posse do novo secretário municipal da Administração, Paulo Guimarães. A indicação é do PTB. Filho do ex-vereador e ex-secretário Eloy Guimarães, Paulo Guimarães é advogado. A Secretaria de Administração da prefeitura de Porto Alegre tem sido um feudo do PTB desde que acabou o reinado de 16 anos do PT na capital gaúcha. Na verdade, quem impera na área é o ex-vereador Eloy Guimarães, que se transformou procurador do município na marretada. Paulo Guimarães só se notabilizou por ter sido CC no gabinete do próprio pai na Câmara Municipal de Porto Alegre durante vários mandatos.
Posted: 30 Mar 2016 02:01 PM PDT

A dívida pública interna e externa do governo federal alcançou, segundo dados da própria Secretaria do Tesouro, a estratosférica soma de R$ 2,819 trilhões em fevereiro. Isso significa um aumento de 2,5% em relação a janeiro e 67% desde o início do governo Dilma. A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou aumento de 2,53% em fevereiro na comparação com janeiro. De um mês para o outro, subiu de R$ 2,749 trilhões para R$ 2,819 trilhões. Os dados foram divulgados na segunda-feira pelo Tesouro Nacional. O endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. Outro fator de elevação pode se dar pela assinatura de contratos de empréstimo. As emissões da DPF corresponderam a R$ 55,75 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 16,68 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 39,07 bilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (Dpmfi) teve o estoque elevado em 2,73% ao passar de R$ 2,606 trilhões para R$ 2,678 trilhões. A Dpmfi é a dívida pública federal interna em circulação no mercado nacional. O motivo da elevação no mês passado foi a emissão líquida de títulos, no valor de R$ 39,07 bilhões, realizada pelo governo, além da incorporação de juros na dívida, no valor de R$ 30,51 bilhões. A Dívida Pública Federal Externa (DPFe) caiu, em fevereiro, 1,16% em comparação ao resultado do mês anterior, chegando a R$ 141,24 bilhões, equivalentes a US$ 35,49 bilhões, dos quais R$ 127,96 bilhões (US$ 32,15 bilhões) se referem à dívida mobiliária (títulos) e R$ 13,29 bilhões (US$ 3,34 bilhões), à dívida contratual. A variação se deveu, principalmente, segundo o Tesouro Nacional, à "valorização do real frente a outras moedas que compõem o estoque da dívida externa". De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima a Dívida Pública Federal, em 2016, entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.
Posted: 30 Mar 2016 01:57 PM PDT
O ministro Teori Zavascki autorizou o fatiamento da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), para que os fatos narrados por ele aos investigadores sejam divididos em 19 procedimentos para uma análise preliminar das implicações. As citações feitas à presidente Dilma Rousseff, ao seu vice, Michel Temer, ao ministro Aloizio Mercadante (Educação), ao ex-presidente Lula e ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foram incluídas nesse pacote. A decisão de Teori, relator da Lava Jato, é apenas uma avaliação formal, sem entrar no mérito de acusações. Com o aval do ministro, a Procuradoria vai avaliar se há ou não indícios nos depoimentos de Delcídio que justifiquem o pedido de abertura de inquérito ao STF contra os políticos. Em seus depoimentos, o senador Delcídio do Amaral, que se desfiliou do PT implicou 74 pessoas, fez acusações ao governo e à oposição e elevou a pressão pelo impeachment da presidente. Ao todo, foram mencionados ao menos 37 políticos, quatro partidos e 27 empresas. Delcídio acusou a presidente Dilma de tentar interferir nas investigações da Lava Jato, seja por meio da indicação de um ministro ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), como também por uma abordagem do ministro da Educação Aloizio Mercadante feita junto a Delcídio para tentar impedir que ele fechasse uma delação. Já Temer foi acusado de ter dado a "chancela" à indicação de ex-diretores da Petrobras envolvidos em corrupção. No caso de Aécio, Delcídio acusou-o de ter atuado, quando governador, para maquiar dados do Banco Rural que mostrariam o mensalão do PSDB em Minas Gerais. Sobre o ex-presidente Lula, o senador disse que ele atuou para impedir a delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Os políticos negam envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras e que tenham atuado para interferir nas investigações.
Posted: 30 Mar 2016 01:55 PM PDT

O coronel Adilson Moreira, que pediu demissão do comando da Força Nacional de Segurança, enviou um e-mail aos subordinados da corporação em que atribui a conflitos éticos a razão de sua saída. No texto, ele afirma que o país é conduzido "por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República". Dizendo-se envergonhado, Moreira acrescenta que sua saída foi uma exigência de sua família. Leia a íntegra do texto: "Caros TCs da FN, Desejo lhes informar, que na data do dia 21Mar16, após reunião com a secretária e seu chefe de gabinete, solicitei a ela que me exonerasse do cargo no prazo máximo de 15 dias. Como os senhores depositaram suas confianças em mim, solicitando minha permanência, nada mais justo do que lhes informar a minha decisão de não mais permanecer na FN. Caríssimos, a única motivação que me prendia na FN era o desejo de não produzir nenhuma "solução de continuidade dos trabalhos", sendo um facilitador das suas aspirações e assim mantive meu compromisso. Fui a Santa Catarina em meados/fim de janeiro e solicitei a minha família a autorização para permanecer na FN até o fim dos Jogos Olímpicos e os convenci disso. Também informei ao meu amigo Nazareno de tal intenção, pois foi ele quem me trouxe para cá. Somente aí aceitei o convite da secretária. No entanto, faço registrar, que o "conflito ético" de servir a um governo federal com tamanha complexidade política sempre me inquietou. Agora em março não foi mais possível manter o foco na área técnica somente. Minha família exigiu minha saída, pois não precisa ser muito inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos, incluindo aí a presidente da República. Me sinto cada vez mais envergonhado. O que antes eram rumores, se concretizaram. A nossa administração federal não está interessada no bem do país, mas em manter o poder a qualquer custo. Como o compromisso era de não causar solução de continuidade, solicitei para a secretária apontar em alguns dias um substituto. Desse modo manterei nossa programação, sem "sobressaltos". Óbvio que passei por cima de algumas incoerências ao longo da caminhada aqui na FN, mas isso tudo fica no campo da experiência profissional. Entendo que nossos cronogramas estão muito ajustados e como tudo foi muito "socializado", em termos de planejamento e execução, tenho a convicção de que tudo caminhe normalmente sem minha presença e com um novo Diretor. O que posso dizer: MUITO, MUITO OBRIGADO PELA OPORTUNIDADE."
Posted: 30 Mar 2016 01:48 PM PDT
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, arquivou pedido da defesa de Claudia Cordeiro Cruz, mulher do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e da filha Danielle Cunha, para que o caso das duas não fosse remetido ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba. Celso de Mello não chegou a analisar o mérito da argumentação e entendeu que não poderia admitir um habeas corpus para contestar a decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, de enviar as suspeitas contra as duas a Moro. Claudia e Danielle figuravam no mesmo inquérito em que Eduardo Cunha é suspeito de utilizar contas secretas na Suíça para esconder propina, mas o Ministério Público defendeu - e Zavascki autorizou - que o processo fosse desmembrado e as duas tivessem o caso encaminhado a Moro. A defesa pedia que fosse suspenso o desmembramento e alegava que, mesmo ainda recorrendo do fatiamento do processo, o caso já havia sido despachado para Curitiba.
Posted: 30 Mar 2016 01:45 PM PDT

Com a oferta de robustos cargos à mesa, o PP ainda resiste em seguir o mesmo caminho adotado pelo PMDB e abandonar a aliança com o governo da presidente Dilma Rousseff. Em reunião nesta quarta-feira, a cúpula do Partido Progressista definiu que a data da convenção que vai sacramentar a posição da legenda estará atrelada à comissão que discute o impeachment de Dilma. O colegiado deve definir se pede ou não o afastamento da petista entre os dias 11 e 14 de abril. Evidenciando o desconforto em abandonar o governo, o presidente da legenda, Ciro Nogueira (PP-PI), evitou se posicionar sobre a reunião e deixou o encontro sem dar declarações. Da mesma forma, o líder do PP na Câmara e ex-ministro de Dilma, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), adotou um tom mais conciliador e disse que o acordo obtido nesta manhã foi na direção de convocar a reunião da Executiva um dia antes ou imediatamente depois da conclusão dos trabalhos da comissão do impeachment. Nos bastidores, o governo tem agido para evitar o rompimento de mais um aliado com o tradicional instrumento de barganha: cargos no primeiro e segundo escalão. Está em jogo o Ministério da Saúde, hoje comandado pelo peemedebista Marcelo Castro, que deve deixar o posto após o fim da aliança entre o PMDB e o Planalto. A maior parte da resistência em se descolar da aliança com Dilma parte de parlamentares implicados na Operação Lava Jato, entre eles o ex-líder Eduardo da Fonte (PP-PE) e o deputado Nelson Meurer (PP-PR). Assim como eles, o presidente da legenda, Ciro Nogueira, também é investigado no escândalo do petrolão. Após o encontro, os pepistas evitaram tratar das negociações feitas com o governo. Embora Dilma tenha pressa em recompor suas bases com a acomodação de aliados nas cadeiras vagas pelo PMDB, os interlocutores do PP afirmam que só vão se posicionar sobre cargos após a reunião da Executiva e agora falam em apoio a um "projeto de governo", seja ele de Dilma ou de seu possível sucessor Michel Temer. "Estamos querendo participação em um programa de governo sem passar pelo fisiologismo", afirma o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), um dos que trabalham pelo rompimento. "O PP não está negociando restos de governo. Estamos negociando uma proposta de governo, seja esse ou o próximo", continuou. Outro articulador do desembarque, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) afirma que já há maioria do partido favorável ao fim da aliança com Dilma. "Temos um grupo que vai aprovar o impeachment. O mais importante é que o partido tome uma posição antes da votação em plenário", afirmou. Segundo ele, que acredita que a comissão vai pedir o afastamento de Dilma, a pressão popular após a decisão será determinante para a definição de uma posição entre os indecisos e os governistas. O PP é o partido brasileiro mais corrupto depois do PT, desde que começaram as investigações do Mensalão e do Petrolão. É um partido com histórico de governismo, porque é o sucedâneo da Arena, um dia chamado pelo seu presidente de "maior partido do ocidente", o que deu apoio político para a ditadura militar no Brasil durante quase 25 anos.
Posted: 30 Mar 2016 01:41 PM PDT
A discussão do impeachment de Dilma Rousseff ameaça deflagrar uma onda pela deposição de governadores Brasil afora. Com o diagnóstico de câncer ósseo do governador do Rio de Janeiro, Luiz Pezão, e a possibilidade concreta de que ele renuncie ao mandato para cuidar da saúde, peemedebistas fluminenses já discutem formas de substituir o vice, Francisco Dornelles (PP), que, além de não ser do PMDB, preocupa pela idade avançada. Aliados do presidente da Assembleia, Jorge Picciani, o próximo na linha sucessória, já falam abertamente em renúncia de Dornelles. Mas ela não poderia ser simultânea com a de Pezão, porque a vacância do governo ainda neste ano levaria à convocação de outra eleição. O projeto peemedebista seria de substituição no governo a partir do ano que vem, quando Picciani pai poderia assumir a cadeira.
Posted: 30 Mar 2016 01:39 PM PDT

Um dia depois de perder o apoio do PMDB, a presidente petista Dilma Rousseff, organizou mais um ato político contra o impeachment dentro do Palácio do Planalto, durante o anúncio de uma nova fase do programa Minha Casa, Minha Vida, uma de suas vitrines eleitorais. Dilma levou dezenas de militantes de organização petistas e de moradia popular (MST, MTST, CONAM, FNL e CMP, entre outros) para transformar o evento oficial em uma manifestação política. Aos gritos de "não vai ter golpe", os militantes acusaram de "golpistas" o vice-presidente da República, Michel Temer, o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Não existe essa conversa de não gosto do governo então ele cai", disse Dilma. "Impeachment está previsto na Constituição, agora é absolutamente má fé dizer que por isso todo impeachment está correto. Para estar correto a Constituição exige que se caracterize crime de responsabilidade. Impeachment sem crime de responsabilidade é o quê? É golpe". Os militantes fizeram coro ao discurso da presidente. "Impeachment em si não é golpe, agora impeachment sem crime de responsabilidade e conduzido por um bandido na presidência da Câmara (Eduardo Cunha) é golpe sim senhor e não tem legitimidade", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). "Já estamos mobilizados e vigilantes. Combateremos todos os fascistas e golpistas. Lutaremos com todas as nossas forças em defesa da nossa democracia, da nossa Constituição. Golpe nunca mais. Não vai ter golpe. Dilma fica", gritou Bartíria Costa, da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAN). "Temos certeza de que o golpe não é contra o teu governo, é contra os pobres dessa nação. E grande parte dos pobres está aqui hoje. Não vamos permitir que a democracia seja tomada de assalto. Não vai ter golpe", disse Helvio Mota, dirigente da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF), vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em duas ocasiões, coube a Dilma orquestrar os gritos de golpe. A presidente adotou o mantra de que a democracia está em risco no País e citou a ditadura militar. "A democracia no Brasil não caiu do céu. Ela foi conquistada com muito empenho, com muita participação de todos nós que ao longo dos anos resistimos, metabolizamos e no fim engolimos a ditatura", discursou Dilma, que foi terrorista e presa durante o regime militar. A presidente adotou a postura vitimista e afirmou que oposicionistas "querem tirar o governo para golpear direitos do cidadão" - e não apenas atingi-la -, além de fomentar ódio, intolerância, violência e preconceito na sociedade. "Se fazem isso contra mim, o que não farão contra o povo?", disse Dilma. Ela afirmou que "um presidente só pode ser julgado pelo que ocorre em seu mandato" e que as contas do governo de 2015 serão apresentadas pelo governo apenas em abril, por isso não foram analisadas pelo Tribunal de Contas da União e nem julgadas pelo Congresso Nacional. O pedido de impeachment da presidente em curso na Câmara cita as conclusões do TCU sobre as pedaladas fiscais de 2014, no fim de seu primeiro mandato. A presidente também tentou transferir para a oposição a responsabilidade sobre a crise econômica gestada por seu governo. Segundo ela, quem deseja interromper seu mandato vai ser responsável por "retardar" a retomada do crescimento do país e do aumento dos níveis de emprego. O governo agendou a cerimônia para tentar emplacar uma pauta positiva em meio à crise política, arrastada para dentro do Palácio do Planalto com a tentativa de nomeação do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. A terceira fase do programa planeja agora a construção de 2 milhões de moradias até 2018 - 1 milhão a menos do que prometido por Dilma na campanha eleitoral de 2014. O investimento declarado pelo governo é de 210,6 bilhões de reais, sendo 41,2 bilhões do Orçamento Geral da União. Os recursos serão, em sua maioria, direcionados para que as próprias entidades apoiadoras de Dilma organizem as construções, por meio do Minha Casa, Minha Vida Entidades. "Dinheiro público para o povo brasileiro não pode resultar em moquifo, tem que resultar em casa decente e de qualidade", disse a presidente.
Posted: 30 Mar 2016 01:35 PM PDT
A crise recrudesceu e obrigou a Gol a revisar sua projeção de redução no número de voos domésticos este ano. A empresa projeta diminuir entre 15% e 18% o número de decolagens em comparação com o registrado em 2015. Isso significa dizer que é uma projeção três vezes pior do que a Gol estimava até poucos meses atrás. Em dezembro, a Gol comunicou oficialmente que neste primeiro semestre sua oferta de voos cairia entre 4% e 6%. A Gol acaba de fechar também o seu balanço de 2015, em que reportou um prejuízo de R$ 4,4 bilhões de reais, uma alta de 258% em comparação ao vermelho registrado no ano anterior.

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