
(104) Campanha embusteira! Marcelo Freixo confessa delitos que… NÃO rendem punição com redução da idade penal
.
Augusto Cesa...
Colunistas
Assine VEJA
Colunistas
Felipe Moura Brasil
Blog Felipe Moura Brasil
Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
sobre
Felipe Moura Brasil estreou este blog em 2013, após dez anos como cronista na internet. Idealizou e organizou o best seller de Olavo de Carvalho, "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota". Autor da Editora Record, trabalha em dois livros previstos para 2016.
Oriente Médio
Literatura
Conto
Crônica
Música
- Campanha embusteira! Marcelo Freixo confessa delitos que… NÃO rendem punição com redução da idade penal
- Foi um argumento a favor, deputado?
Por: Felipe Moura Brasil 12/09/2015 às 18:07
“Desafiado” pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) publicou no Facebook sua contribuição em vídeo à nova campanha contra a redução da maioridade penal chamada “Eu confesso”, na qual, segundo Freixo, “você desafia seus amigos a confessarem os seus delitos durante a infância que não os levaram à prisão”.
Eu entendo que, no mundo encantado dos psolistas, a infância se estende até bem depois dos 16 anos, mas aqui na Terra ela é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-segundo ano de vida de uma pessoa, de modo que qualquer delito cometido na infância simplesmente não entra na lista de crimes previstos na PEC da redução da idade penal de 18 anos para 16.
Só isto já seria o suficiente para demonstrar como o PSOL (1) investe na confusão para dar a impressão de que criancinhas travessas também serão condenadas como adultos; e (2) legitima moralmente a delinquência da população mais nova, cujos freios morais ajuda a remover.
As confissões de Freixo, no entanto, acentuam ainda mais os embustes:
- “A minha infância foi uma infância de sorte, de diversidade, de diferença, de muito conflito e de muita coisa levada também. Eu, por exemplo, subia nos prédios, roubava antena de TV pra fazer zarabatana pra fazer guerra com meus amigos no famoso ‘polícia e ladrão’, com alfinete e papel. Fazia esse tipo de coisa.”
O texto da PEC aprovado em segundo turno na Câmara dos Deputados e enviado ao Senado prevê a redução da idade penal para os casos de crimes hediondos – como estupro e latrocínio – e também para homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.
- “Andar de ônibus, por exemplo, ir pra praia… Cansei de ir com o dinheiro contado da passagem e aí não tinha dinheiro prum picolé, não tinha dinheiro prum mate, não tinha dinheiro prum refrigerante. Então descia por trás, dava calote no ônibus. Mas fiz muito isso! Eu e meus amigos, a gente entrava no ônibus, entrava por trás antigamente, tinha que passar na roleta, a gente não passava na roleta, quando chegava perto da praia a gente descia por trás. Não foram poucas as vezes que o trocador correu atrás da gente, mas óbvio: a gente, moleque, corria mais do que o trocador. Fiz muito isso!”
Dar calote no ônibus: mais um delito não previsto na PEC da redução.
- “E, por fim, lembro de uma história terrível: eu gostava muito de jogar botão, futebol de botão, e tinha garoto que chamava Eduardo que morava na rua da minha escola, que sempre jogava comigo, ele era ruim no botão, a gente sempre ganhava dele, mas ele tinha um botão excelente, um botão de galalite, que eu ficava de olho naquele botão, e teve um dia que ele deu mole e eu pá: peguei o botão dele e levei pra casa.”
Furto de botão de galalite: mais um delito não previsto na PEC da redução.
- “Rapá, o moleque foi lá em casa dar queixa pra minha mãe. E aí eu tive a comprovação que as havaianas realmente não deformam, não soltam tira, não tem cheiro, mas dói, viu? Tomei uma coça daquelas porque roubei o botão lá do Eduardo. Enfim: cometi os meus delitos antes dos 18 anos. Eu sou contra a redução da idade penal, porque a gente precisa de infância, de diversidade, de liberdade, de vida.”
O que a redução da idade penal em discussão no Congresso tem a ver com todos os delitos confessados por Freixo? Nada! Rigorosamente nada.
Confessar calote em ônibus e furtos de botão e antena de TV na infância como argumento para impedir a prisão de estupradores e assassinos entre 16 e 18 anos, como se esses delitos fossem equiparáveis àqueles e como se cometer delitos em geral enquanto menor de idade fosse algo comum e aceitável, é apenas uma manipulação asquerosa da emoção da plateia (com o agravante, no caso, de vir acompanhada do discurso demagógico da luta de classes, quando, na verdade, os pobres são as maiores vítimas da criminalidade no país, já que não têm dinheiro para se proteger dos bandidos).
Na ânsia de persuadir o público, Freixo ainda relembra a surra de chinelo que levou da mãe após um de seus furtos, deixando no ar que as chineladas maternas foram mais eficazes em dissuadi-lo do crime do que uma prisão.
Detalhe omitido: seu partido, o PSOL, sempre avesso a qualquer castigo para delinquentes, lutou pela aprovação da Lei da Palmada, que poderia ter rendido à mãe de Freixo “sanções e punições como advertência, tratamento psicológico obrigatório e cursos de orientação”.
Pois é. A campanha “Eu confesso” seria muito mais útil se levasse Jean Wyllys, Marcelo Freixo e seus comparsas a confessarem as vigarices que cometeram e continuam cometendo na vida adulta.
- Freixo colocou a camisa do Flamengo para confessar delitos. Um insulto à nação rubro-negra
* Relembre aqui no blog:
- – Vídeos mostram esquerdistas [incluindo Freixo] mentindo sobre população carcerária do país – Veja Bem com Felipe Moura Brasil
- – As mentiras da esquerda sobre a redução da maioridade penal
- – Marcelo Freixo é desmascarado por Bene Barbosa
- – A autópsia moral de Marcelo Freixo
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Siga no Twitter, no Facebook e na Fan Page. Voltar para a home
Comentários
Aprovamos comentários em que o leitor expressa suas opiniões. Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais (e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.
Conheça as regras para a aprovação de comentários no site de VEJA
*
* (O e-mail não será publicado)
Colunistas
Reinaldo Azevedo
Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil
Lauro JardimRadar on-line
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento
Augusto Nunes
Análises, vídeos, enquetes e o resgate das histórias do Brasil
Rodrigo Constantino
Análises de um liberal sem medo da polêmica
Geraldo Samor
Notícias, análise e opiniões sobre as empresas que fazem a BolsaMais colunistas
Recomendados para você
Pela Web
Edição 244316 de setembro de 2015Choque de realidadeO Brasil perdeu o atestado de economia sólida. Recuperá-lo exigirá reformas profundasÍNDICEASSINE VEJA
Fale conosco
Abril SAC
Para anunciar
Termos de uso
Política de privacidade
VERSÃO MÓVEL
Copyright © Editora Abril S.A. - Todos os direitos reservados
Nenhum comentário:
Postar um comentário