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Trabalho-lazer: um mito que a realidade desmintiu
Posted: 30 Aug 2017 01:30 AM PDT
No início da era da informática houve um sonho. Só que desconectado da psicologia humana e fadado por isso ao fracasso. O sonho falava em "trabalhar no lar na ponta de um terminal de computador", escreveram Eugenio Marchiori e Andrés Hatum, professores da Escola de Negócios da Universidade Torcuato Di Tella, para "La Nación" de Buenos Aires. O mito dizia que o teletrabalho beneficiaria empresas e funcionários. No ambiente mais silencioso e com menos distrações do lar, mistificava-se, os empregados se concentrariam mais nas tarefas e renderiam mais. Não teriam que ir ao trabalho, reduzindo assim a contaminação ambiental. Também poderiam dedicar-se mais à família, aos esportes ou a atividades de lazer. Cada um faria o horário que bem entendesse, os custos baixariam etc., etc.
Até mesmo empresas líderes do trabalho-lazer, como Google ou Apple, caíram no conto. E muitos gigantes da indústria que tentaram, voltaram logo ao estilo tradicional de trabalho. A Yahoo! mandou seus empregados para o lar e beirou a falência. A nova dirigente, Marissa Mayer, mandou parar com a fantasia do lar e voltar à realidade do escritório. A IBM, outra empresa pioneira do teletrabalho, mandou há pouco voltar aos escritórios 40% dos empregados que trabalhavam à distância. O fator determinante da mudança foi que o trabalho à distância prejudicou pessoas e empresas do ponto de vista da produtividade e da qualidade de vida. Não havia contato pessoal, as pessoas não se falavam olhando o rosto, o que é uma experiência humana insubstituível e sustento essencial do relacionamento no trabalho e na cultura.
Uma secretária ou um programador na Índia pode colocar na rua seu homólogo europeu ou americano. Criou-se uma competência global inumana e feroz entre pessoas que se desconhecem. Para as empresas que têm uma visão estratégica que vai além de poucos meses, o relacionamento pessoal com o empregado, o conhecimento e a fidelidade mútua são condições insubstituíveis para progredir e inovar. E este vínculo pessoal como que feudal no contexto do III milênio vale muito mais do que a utopia de um mundo onde ninguém se conhece, ninguém confia, ninguém sabe quem está do outro lado do computador, não conhece sua cara, sua família, seus gostos, por quem não tem qualquer forma de contato ou amizade e não recebe nenhuma forma de apoio moral, material ou psicológico. |
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