Alerta Total |
- O Brasil dos arrombados vencerá de novo?
- Paradoxo
- Semana do Soldado
- O Exercício do Falar
- Lula, quem diria, está com medo do povo
- “A gente faz as coisas erradas e é solto... Bom demais!”
- O ”Direito ao Esquecimento”
Posted: 16 Aug 2017 04:24 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
O Brasil dos rombos e dos arrombados apresenta cenários muito esquisitos para o ano eleitoral de 2018 – cuja irresponsável campanha antecipada já começou, de maneira escancarada. A maioria da população fala, abertamente, de sua desilusão e desesperança em relação ao presente e futuro próximo do Brasil. Curiosamente, o pessimismo em relação à política e a economia produz efeitos contrários: a candidatura de Jair Bolsonaro, fortíssima no mundo virtual, e o risco do retorno presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, tendência fortíssima no eleitorado revoltado com a equipe de Michel Temer.
Está bem desenhada a previsível polarização Bolsonaro x Lula. Ambos representam os extremos de indignação, em uma polarização ideológica. Um nome que corre por fora na sucessão é o de Álvaro Dias. A disputa que se desenha só confirma um enfraquecimento dos partidos. Os pequenos Patriotas e Podemos tentam o desafio de encarar um PT em franca decadência. É por isso que, malandramente, o sempre governista PMDB já se divide, estrategicamente. Uma parte se concentra na sustentação imediata e sobrevivência de Michel Temer. A outra banda, claramente liderada pelo Senador Renan Calheiros, colabora, escancaradamente, com o retorno de Lula.
A legislação brasileira é permissiva, contraditória e aberta a interpretações contraditórias. Por isso, será quase impossível barrar, judicialmente, a candidatura de Lula. Mesmo condenado até segunda instância, o companheiro $talinácio não será preso e disputará o Palácio do Planalto para dar seqüência ao regime do Crime Institucionalizado que segue hegemônica desde a Nova República de 1985. Mais fácil é que o Supremo Tribunal Federal acabe condenando Jair Bolsonaro naquela armação do "estupro" verbal contra a cândida deputada petista Maria do Rosário. Tirar Bolsonaro da disputa é uma prioridade da Petelândia e de seus sempre aliados do PMDB e outros arrombadores das contas públicas.
O Brasil dos rombos, arrombadores e arrombados vencerá novamente? O risco é enorme, apesar da bronca geral manifestada pela maioria da população. Tudo pode acontecer – a favor da bandidagem organizada - em mais uma eleição realizada sob regime das urnas eletrônicas absolutamente inconfiáveis. Você sabe em quem votou, porém isso não importa. O sistema elege quem bem desejar e nem adianta o eleitor reclamar. Não há voto impresso para conferência. Somos obrigados a acreditar, tal qual Velhinhas de Taubaté, no resultado parido eletronicamente.
Nada anormal em um Brasil sem Caráter dominado pelo Crime Institucionalizado e seu regime Capimunista Rentista e Corrupto. É altíssimo o risco de Lula retornar ao poder em 2019, apesar do seu gigantesco desgaste de imagem. Se isso acontecer, a Venezuela vai ficar parecida com um parque de diversões de terceiro mundo. O voto dos "arrombados" é inconfiável para o Bem.
Salame ou Pepino
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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Julho de 2017. |
Posted: 16 Aug 2017 04:20 AM PDT
"País Canalha é o que não paga precatórios"
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Um homem brilhantíssimo, perguntou-me recentemente: por que dona Onça conversa com um grupo de patriotas? - que ele considera ser formado por loucos.
Respondi que é melhor falar com loucos e não, com idiotas.
Algumas ideias de aparência extravagante, pela dinâmica da degradação nacional, tornam-se exequíveis.
Urge uma intervenção moralizadora.
Não é possível assistir bovinamente haver dinheiro para campanhas e faltar para as forças armadas.
Os acontecimentos externos talvez nos forcem a resolver manu militari a crise na Venezuela. Nosso país está sendo invadido por milhares de pessoas desesperadas em busca de comida e segurança pessoal.
Nosso desgoverno bostífero é covarde. Não tem coragem nem de acabar com a "bolsa bandido" enquanto falta tudo em nossos hospitais.
Pela incomensurável bondade de Deus, podemos nos emendar com providências violentas pontuais.
Alguns fuzilamentos de traidores, cadeia pros ladrões e borrachadas para idiotas que expõem nas redes sociais sua condição abjeta.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
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Posted: 16 Aug 2017 04:19 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Gilberto Pimentel
"BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA" – qual será o verdadeiro significado dessa assertiva?
A cada dia esse valor parece decrescer e, paradoxalmente, sua necessidade aumentar. Até quando? Muitos se perguntam com inquietante razão. Ainda assistimos governantes não darem a verdadeira importância à "guarda do Rei". Ainda vemos dirigentes nacionais desconhecerem a capital necessidade de um Poder Militar verdadeiramente potente e consoante à grandeza do Brasil, um país continental. Ainda percebemos, talvez em virtude da boca entortada pelo hábito, uma elite política irresponsável bater às portas dos quartéis na certeza de encontrar soluções, muita vez equivocadamente, para problemas por ela criados.
Até quando?
Como disse, há pouco, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas: "Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao Exército. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites". De fato, ao longo da história recente, nota-se uma sucessão de cortes impostos à Força Terrestre, independente do matiz do governo que se estabelece. Todos, invariavelmente, adotam a postura de ignorar os prejuizos à operacionalidade da Instituição que tem que estar, permanentemente, adestrada e pronta para ser empregada em defesa da nossa soberania e integridade. De modo oposto, esses mesmos governantes não se pejam de buscar no Exército Brasileiro, constantemente, soluções para os mais diversos problemas com que se veem a braço. A coisa se passa como se o nosso orgulho de "cumprir sempre a missão" pudesse ser usado inesgotavelmente e sem ônus para os cofres públicos.
Desta vez, a própria Força afirma, os cortes hão de impactar as ações de vigilância nas fronteiras terrestres, o apoio em missões especiais de segurança pública e as atividades em parceria com a defesa civil, obviamente, isto além das medidas administrativas rotineiras e de adestramento dos quadros.
E o que vemos senão as tropas das FFAA enveredando pelas perigosas ruas do Rio de Janeiro na busca da cura para a violência perpetrada aos seus cidadãos?
Olvidando, momentaneamente, a questão da inquietante falta de reciprocidade administrativo-financeira nos empregos já costumeiros das Forças Militares em missões outras que as suas tradicionais, ocorre o totalmente indesejável desgaste da Instituição imiscuída na vida diária da população, fazendo papel de polícia e sofrendo os percalços inerentes, muitas vezes submetendo seus homens aos riscos de serem tratados como agressores dos direitos humanos por setores, comprovadamente, à espreita de oportunidades para atacarem, por viés doutrinário, aqueles que saíram de seus quartéis a procura de ajudar seus concidadãos.
Realmente, os limites estão sendo ultrapassados! Como percebeu, até mesmo, o atual Ministro da Defesa, assim como seus antecessores, autoridade não conhecedora dos meandros da arte militar: "há uma "banalização" do uso das Forças Armadas para ações de segurança pública por meio de decretos de garantia da lei e da ordem". Será que também essa banalização não tem um preço? Será que a crise da segurança pública que a está gerando é compensatória?
Que o Dia do Soldado, nos inspire nos exemplos dignificantes de nosso heroico patrono, o Duque de Caxias, também político exemplar, a pensar e repensar as verdadeiras e dignas missões do Exército Brasileiro.
Gilberto Pimentel, General, é Presidente do Clube Militar.
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Posted: 16 Aug 2017 04:18 AM PDT
Poesia no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ivna Mozart
O exercício do falar
Sente aqui, meu caro amigo
Precisamos conversar Só dois dedinhos de prosa Prometo não demorar
É que já há algum tempo
Eu me pus a questionar Um Judiciário fraco e sem voz A quem deve interessar?
Primeiro fui refletir
Depois resolvi falar Porque quem cala consente Com o que está a se passar
Ultimamente se esforçam
Pra nos desmoralizar Jogar nosso nome no fosso Nossa independência usurpar
Ainda contam mentiras
Para o povo acreditar Que somos os seu algozes E Poder contra quem lutar
A nossa nobre missão
Se empenham em aviltar E os tolos acreditam Ou fingem acreditar
Que juiz só serve mesmo
Para papel assinar Pra prender ladrão de galinha E conter briga de bar
Ainda tem fogo amigo
Que se põe a colaborar Pra destruir nossa imagem E nos fazer recuar
Pergunto mais uma vez
A quem deve interessar Uma justiça sem crédito Que mal consegue julgar?
Ao simples, ao pobre, ao fraco
Não parece aproveitar Um Estado sem Justiça Sem ninguém pra controlar
Ao honesto e trabalhador
Não deve interessar Porque a esses a Lei Nunca vai incomodar
Para aqueles que acreditam
Que com cifras podem comprar Moral, probidade e caráter A estes deve incomodar
Um país sem rédeas, sem freio
So pode interessar Àquele que se recusa As normas observar
Pra bandidos, ladrões, malfeitores
Esse país vem a calhar Porque impunidade é terreno fértil Pra criminalidade brotar
Por isso mesmo atacam
A quem os ousa enfrentar Um poder que é cego e justo E não se deixa alienar
Lançam mão de todo ardil
Para o juiz derrubar Escarnecem a cada queda E tornam a atacar
Mas mesmo feridos de morte,
Nós não iremos tombar Ainda cambaleando Continuamos a lutar
O valor do bom soldado
Não está em triunfar Mas em não fugir à luta E tampouco se entregar
Uma batalha perdida
Não nos faz resignar Somos fortes, persistentes E sabemos superar
Enquanto estivermos aqui
Corrupto não passará Não adianta insistir Nem mesmo espernear
Vou ficando por aqui
Não vou mais me alongar Pra não cansar o amigo Nem a promessa quebrar
Só peço que pense com calma
E depois vá propagar A desmoralização da justiça A quem vai interessar
Ivna Mozart é Juíza de Direito.
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Posted: 16 Aug 2017 04:16 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Maria Lúcia Victor Barbosa
Mesmo estando condenado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão, e sendo réu em cinco processos, Lula da Silva prossegue em campanha, que ele diz que não é campanha. Desse modo, depois de alguns anos anunciando que sairia em caravana, finalmente parece que tal vai acontecer no próximo dia 17. Será a tentativa de reeditar as caravanas de 1993 e 2001, outros tempos, outros momentos. Segundo é anunciado ele percorrerá o Nordeste e o tour totalizará 25 cidades em 18 dias.
Conforme a Folha de S. Paulo (14/08/2017), possíveis aspirantes à presidência da República têm também efetuado giros por alguns Estados, porém, a atividade dos citados está longe do que Lula já fez e pretende fazer, sendo que nenhum deles está condenado.
Aliás, Lula nunca desceu do palanque mesmo em seus dois mandatos presidenciais, pois padece de verborragia eleitoreira aprendida nas lides sindicais. Além da politicagem populista, suas atividades se concentravam em viagens fabulosas, churrascos e, principalmente no primeiro mandato, nos joguinhos de futebol na Granja do Torto. Doce vida que uma vez obtida fica difícil abrir mão.
Segundo o dicionário Aurélio, caravana é "um grupo de pessoas que vão juntas a algum lugar". Também significa "uma multidão de peregrinos ou viajantes que se reúnem para atravessar o deserto com segurança". Lula não vai atravessar um deserto, mas, a inclusão de "multidão" e "segurança" na definição, define melhor sua caravana. Vejamos porque:
A multidão que deverá acompanhar aquele que foi chamado de luz do mundo por Marilena Chauí (confusão do líder com Jesus Cristo), será composta pelo "exército de Stédile". Apesar de estar acostumado a viajar em confortáveis jatinhos, certamente de propriedade de generosos amigos, fala-se que Lula viajará ao Nordeste de ônibus. Onde chegar será escoltado por grupos de sem-terra e membros de sindicatos rurais a bordo de motos, não tendo sido dito a marca das potentes máquinas que abrirão alas para o chefe.
Mas, por que tal aparato? Segundo jornal já citado (12/08/2017) "o cortejo tem dupla função: atrair a atenção e intimidar os opositores do ex-presidente". Ao que tudo indica, agora Lula precisa de 200 motos para chamar atenção e, sem dúvida, está acometido de coxinhafobia, estado psicológico caracterizado por medo de coxinhas.
A paranoia parece crescer quando se leva em conta outras medidas de segurança, ou seja:
1º- Além das milícias dos companheiros, a segurança de Lula da Silva ficará a cargo do GSI, (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República.
2º - O Instituto Lula pediu as Casas Militares dos governos estaduais do Nordeste que discutissem mais medidas de segurança, complementares as do GSI.
3º - Márcio Macedo, um dos vice-presidentes do PT, anunciou que "uma equipe será encarregada de vistoriar as cidades que serão visitadas por Lula". Afirmou que "haverá precursora política, de comunicação e de segurança, como em todos os atos que o ex-presidente Lula participará".
Decididamente, Lula, quem diria, está com medo do povo. Algo que não combina com a bajulação de Macedo, que afirmou ser ele "a maior liderança política e popular do País". Se fosse, não teria medo de vaias, como já aconteceu em uma de suas viagens de campanha em uma cidade do Rio Grande do Sul.
Entre os programas do turismo-político ao Nordeste, além de falar mal do presidente Temer, Lula fará um cruzeiro pelo Rio São Francisco. Certamente não vai inaugurar pela enésima vez a transposição do São Francisco, mas, quem sabe, como "luz do mundo" dirá que é o criador do próprio Rio.
Entre sua extensa comitiva, provavelmente vai figurar uma companheira que já enviou seu desejo de acompanhar o "pobre operário" em seu tour. Trata-se da bilionária Roberta Luchsinger, herdeira dos fundadores do banco Credit Suisse. Ela lançou o "Bolsa Lula" com pena do metalúrgico perseguido que teve seus bens (ou parte deles?) bloqueados pelo juiz Sérgio Moro.
A herdeira, que é divorciada de Protógenes Queiroz, ex-delegado e ex-deputado que teve que fugir do Brasil para não ser preso por ter violado o sigilo da Operação Satiagraha, milita no PCdoB e quer se deputada estadual. Ela encheu uma mala da marca Rimowa com objetos caríssimos, inclusive, adicionou um cheque ao portador de 28 mil francos suíços (equivalentes a R$ 91 mil), mesada que recebia do avô e a fortuna será leiloado para ajudar seu ídolo petista.
Certamente os companheiros não terão dificuldade em arrematar os itens luxuosos em benefício do chefe. Eles disseram que a companheira bilionária é muito bem-vinda nesse momento em que o PT se renova (renova?). Pudera, os companheiros empreiteiros estão na cadeia e ela chegou em boa hora.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
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Posted: 16 Aug 2017 04:14 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ernesto Caruso
O título reproduz as palavras de um condenado com tornozeleira eletrônica, algemado, ao lado do PM, sorrindo, alegre e mostrando com entusiasmo a peça presa à sua perna. O repórter pergunta: "O Brasil vai bem desse jeito?" e ouve: "P'ra mim vai bem... mas, para o cidadão de bem não vai não... eu uso droga, "meto o bicho"... e a polícia ainda vai me levar em casa... esse é o Brasil."
Acredite se quiser.
O policial-militar que o detém fala ao telefone celular e informa ao interlocutor, como dito, integrante do COPEN (Conselho Penitenciário), que o preso foi autuado pela quebra da medida cautelar e uso de drogas, acrescenta que o delegado alega competir ao COPEN receber o indigitado, já que está com a tornozeleira e que se o COPEN discordar, ele (delegado) também não vai recolhê-lo.
Durante o diálogo, enquanto ouve o interlocutor explicando não poder receber o preso, "que tem que liberar", comenta em voz baixa, nitidamente desiludido, contrariado, "uma beleza, uma beleza meu irmão... Brasil... eu vou levar ele em casa... polícia desmoralizada... eu sou taxista de vagabundo... vou levar esse cidadão de bem... junto com a sua família... tô de graça, tô morto...". Para chocar mais e demonstrar a sua indignidade insinua abraçá-lo e diz, "é meu amigo...".
O desencanto do policial, presente no âmago do lado bom da sociedade, em todas as classes, repercute pelas redes sociais de modo incontrolável, gradualmente sedimentado e produzindo reações explosivas nas palavras chulas e crescentes a indicar o limite entre a razão e a explosão dos sentimentos. Como se expressou o detido sorridente, "P'ra mim vai bem... mas, para o cidadão de bem não vai não" ao responder à pergunta: "O Brasil vai bem desse jeito?".
No lado marginal da sociedade em qualquer das classes, a descrença do policial na gestão pública, transformada em revolta pela corrupção generalizada, temperada pelo uso e disseminação das drogas e elevada à enésima potência na cabeça do adolescente, deseducado em casa e na escola, às vezes abandonado, produz o quê?
Soldado do crime organizado! E em progressão geométrica. É o que se assiste diariamente. No grau mínimo da revolta, o saque ao caminhão tombado na estrada, na avenida ou levado para a favela, onde o poder público não chega a não ser para as tentativas infrutíferas de neutralizar os bandos que se formam constantemente.
Reação em cadeia (de concreto, insuficiente face à necessidade) se alastra pelo país, inconteste guerrilha urbana, expropriação cópia da luta ideológica, onde os bandos superam em muito o dispositivo policial das cidades do interior onde um dia o cidadão viveu em paz. Paz que não se desfruta nos grandes centros urbanos, desgraçadamente administrados como no Rio de Janeiro desde o início dos anos 1980.
A tônica era de que polícia não sobe os morros e ao invés de transformá-los em bairros, abrindo vias de acesso aos serviços básicos, optou-se por uma "liberação geral", posse, demagogia, desorganização, gueto; posturas municipais, meio ambiente e ordem só para o asfalto, mais ou menos.
Os barracos de zinco e madeira, celebrizados pelo poeta "Ai, barracão, pendurado no morro e pedindo socorro à cidade a seus pés/Ai barracão tua voz eu escuto...", se transformaram em alvenaria; os governos não ouviram a voz do morro, nem a do barracão que pedia socorro. Sítio primário que se espalhou como câncer no Brasil, muito mais doente nas décadas iniciais deste século vinte e um.
Cenas como essa do policial descrente se repetem às dezenas, às centenas. Não é só com bandidinho, mas com bandido graúdo. Um prende e solta abominável face ao estupefato e inconformado povo brasileiro. Não se trata só de político, conseqüência das sentenças do juiz Sérgio Moro a prender, e por outros juízes a soltar.
A lei é que não presta, quem a faz é incompetente ou mal intencionado ou, estamos diante do fato consumado, irreversível, do caos total? A toga está rota, esfarrapada? O agente público é desprezível, relapso e vendido?
Não é crível, nem aceitável que todo o poder público esteja contaminado, mas a desesperança parece ter contaminado a sociedade.
Há que se pensar em barreira que seja forte o suficiente para conter o mar de lama que grassa pelo país e para que não se repitam os malfeitos no caso da barragem Samarco/município de Mariana.
Ernesto Caruso é Coronel de Artilharia e Estado Maior, reformado.
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Posted: 16 Aug 2017 04:13 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Manoel Soriano Neto
O jornal Inconfidência, de Belo Horizonte (MG), vem alertando, de há muito, que as doutrinas ou modelos para a conquista do Poder em nosso País, pelos profitentes do marxismo-leninismo, mudaram de modo radical. Atualmente, eles se valem de métodos mais sutis e sofisticados que os da revolução armada (guerra revolucionária). Para tal, usam, amiúde, técnicas psicológicas de controle mental e 'baldeação ideológica', para a 'conquista dos espíritos', ou como hoje se diz, para 'ganhar corações e mentes'.
As teorias do ideólogo do marxismo na década de 1930, o italiano Antônio Gramsci, são assaz utilizadas e tiveram guarida na América Latina, por meio do Foro de São Paulo, entidade 'bolivariana' sustentada, econômica e logisticamente pelo Brasil, ao tempo dos governos petistas. Outrossim, tal fato vem sendo iterativamente lembrado pelo 'Inconfidência', que sempre usa o oportuníssimo bordão "Esquecer também é Trair!" (referindo-se, em especial, à traiçoeira e covarde Intentona Comunista de 1935 – a maior e mais torpe agressão já sofrida pelo Exército Brasileiro – e aos atos terroristas pós-1964, contra o Estado Brasileiro), perpetrados por facinorosos seres humanos.
Ora, essas barbaridades não podem ser esquecidas, de forma covarde e omissa, por um silêncio obsequioso, e, principalmente, ominoso. Recordemo-nos de que a Lei da Anistia, de 1979, é repudiada, na atualidade, pelos subversivos derrotados no passado, haja vista o infame relatório, com uma nominata de mão única, elaborado pela facciosa Comissão Nacional da Verdade. Aduza-se, a propósito, que a revisão da mencionada Lei poderá ocorrer já no presente ano, tão logo a nomeada procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tome posse, em setembro próximo. É que ela sempre apoiou a necessidade da reinterpretação (e não revogação) da sobredita Lei.
Assinale-se que o STF reconheceu a sua validade, em 2010; porém a ação continua em julgamento e está nas mãos do ministro Luiz Fux, em face da existência de embargos de declaração que foram impetrados. A imprensa vem noticiando que o tema será uma das prioridades da gestão da futura procuradora, porquanto ela é francamente favorável ao entendimento da Corte Interamericana de Direitos Humanos (para este tribunal internacional, a legislação brasileira não deve se aplicar a crimes como homicídio, ocultação de cadáver e tortura).
Mas façamos uma comparação do que antes foi expendido com o denominado 'Direito ao Esquecimento', posto que são assuntos perfeitamente imbricados. O STF está a discutir a tese do chamado "Direito ao Esquecimento", no julgamento de uma ação interposta pela família de Aída Curi, barbaramente morta, em 1958, no Rio de Janeiro, fato que foi rememorado em uma dramatização pela Rede Globo (aguarda-se o pronunciamento da Suprema Corte, já estando em curso as audiências públicas). Tal Direito surgiu após a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha e na França, espraiando-se pela Europa. Notórios criminosos de guerra apelaram à Justiça a fim de que fosse impedida a divulgação de suas ações delitivas pretéritas, por intermédio da imprensa falada, escrita e televisada, do teatro, do cinema, etc.
Os principais argumentos brandidos eram/são os do 'direito de ressocialização' ou 'direito à regeneração' do criminoso (como aliás prescreve, no Brasil, a CF/88, quanto aos apenados, a fim de que tenham a chance de reconstruir as suas vidas, etc.), e o de evitar danos, em especial os morais, a seus descendentes e afins, se revolvidos fatos delituosos de suas vivências pregressas. Contudo, as Cortes europeias vêm mantendo um posicionamento de priorizar a 'liberdade de expressão', a 'liberdade de imprensa', a 'liberdade de informação', a 'liberdade de criação' e a 'historicidade' (em todas as áreas, inclusive na social), máxime nos dias hodiernos, quando a internet disponibiliza, livre, universal e democraticamente, o acesso para os seus 3 bilhões de internautas, de todos e quaisquer conhecimentos, que permanecerão 'ad nauseam', na 'memória indelével virtual coletiva'.
É que não se pode apagar o passado e relegar ao olvido, a memória de relevantes fatos de valor histórico e social, com vistas à preservação e ao não falseamento da História (lembremo-nos da queima de livros na 'Revolução Cultural' de Mao Tse Tung, na China ...) e ao amplo acesso à informação. Restaria, pois, a pergunta que não quer calar: em nosso País, deveríamos admitir, em vista do novel Direito em comento, que as referências à corrupção, na atual conjuntura, e aos atos terroristas do passado recente, fossem escamoteados, obliterando-se registros documentais de elevado teor histórico-cultural existentes? Ainda mais: em caso afirmativo, como ficaria a saúde cívico-moral da Nação, no futuro?
Destarte, mesmo que a relembrança de atos hediondos e de lesa-pátria praticados por criminosos políticos ou comuns venham a violar a intimidade dos mesmos, a completa difusão de seus atos deletérios não se torna paradoxal com os ditames constitucionais brasileiros, pois os direitos dos inocentes serão sempre preservados e reparados, se for o caso, 'ex vi' da CF/88, consoante à opinião de conspícuos e abalizados juristas, tudo segundo o superlativo resguardo do princípio do Bem Comum.
Que o STF, pois, siga a jurisprudência dos tribunais da Europa e não reconheça a nebulosa tese do 'Direito ao Esquecimento' - não existente, diga-se, em nossa legislação -, jamais permitindo que a 'palavra-talismã', a 'palavra-esponja ESQUECIMENTO' seja aproveitada e aplicada de forma totalitária, para uma amnésia geral, mercê de inaceitável censura político-ideológica, em nosso amado Brasil, de cariz democrático e cristão!
Em derradeiro, concluímos que certa e recerta é a afirmação constante do jornal Inconfidência de que, no concernente a fatos/episódios de memoriabília, de alta traição e covardia, como os anteriormente referidos, ESQUECER TAMBÉM É TRAIR! |
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