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Mourão botou o bode na sala... E agora? Posted: 23 Sep 2017 05:12 AM PDT Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net O ministro da Defesa, Raul Jungmann, deu ontem, como oficialmente terminado, o "Caso Mourão" – uma falsa polêmica gerada pela interpretação da mídia tradicional a um discurso que bateu recordes de viralização nas redes sociais. Entre um tiroteio e outro na super favela da Rocinha, Jungmann declarou: "Me reuni com o comandante do Exército, ele tomou as providências necessárias, emitiu nota a esse respeito e este caso está encerrado".O ministro pode dizer o que quiser, mas o caso não está. Necessita de muitos esclarecimentos. Quem assistiu realmente ao vídeo da palestra dada pelo General de Exército Antônio Mourão na Maçonaria, vai constatar que ele em nenhum momento defendeu "Intervenção Militar" ou "Golpe". O militar apenas pontuou que o Exército, por obrigação Constitucional e por visão estratégica, está preparado para tudo, caso a crise brasileira se agrave, por omissão ou falha do Judiciário em combater a corrupção, punindo os corruptos de maneira exemplar e na forma das leis em vigor.Na palestra, o General Mourão deixou claro que quem fala pelo Exército é seu Comandante, General Villas-Bôas, e que este sempre tem ressaltado o compromisso do Exército com a Democracia e a Constituição. No entanto, os aloprados de esquerda – no parlamento e na mídia – fizeram a "interpretação" distorcida, que quiseram, do discurso de Mourão. Tal burrice ou canalhice é imperdoável eticamente. Tal postura não deixa o "Caso Mourão" se encerrar. Conforme destacou Raul Jungmann, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, divulgou ontem uma nota para desautorizar outros militares que tenham falado em nome da instituição. No texto, Villas Bôas afirma que já apresentou ao ministro esclarecimentos envolvendo o General Mourão "para assegurar a coesão, a hierarquia e a disciplina". Curiosamente, para pavor da esquerdalha e da bandidagem, o texto não repreende, nem desautoriza o conteúdo do discurso de Mourão. Assim, é inconsistente e até infantil a versão midiática de que Villas-Bôas "repreendeu" Mourão... Generais do Alto Comando do Exército não praticam este tipo de "viadagem" (perdão, mas não existe outro termo técnico adequado para descrever mais uma tentativa da mídia em inventar uma postura que militares de idêntica alta patente não adotam em suas reuniões ou conversas profissionais). Os 15 membros do Alto Comando do EB promovem debates estratégicos de alto nível e tomam decisões em função do que analisaram. Não agem de modo emocional, como em briguinhas de comadres. O mais seguro é levar muito a sério o que escreveu ontem e tem repetido insistentemente o Comandante Villas-Bôas, um dos mais brilhantes oficiais da História do Exército Brasileiro na área da Comunicação Democrática e da Transparência: "O Exército Brasileiro é uma instituição comprometida com a consolidação da democracia em nosso País". Só idiotas ou canalhas não querem ou preferem não entender que o Alto Comando do Exército não vai tolerar os desvios ou sabotagens que a corrupção sistêmica e seus agentes promovem contra os princípios do Estado Democrático de Direito. Daí vem o contundente "recado" do General Mourão. Nossos militares não querem dar golpe, na mesma proporção em que não vão aceitar golpes em andamento contra a Democracia. O engraçado é: a mídia que pinta Mourão como um "General da Coréia do Norte, de Cuba ou da Venezuela" é a mesma imprensa que clama por "intervenção" dos militares na hedionda guerra civil nos grandes centros urbanos brasileiros, sobretudo o Rio de Janeiro, exemplo máximo de um Estado subjugado pelo Crime Institucionalizado. O problema grave é que nosso falho ordenamento jurídico não dá total amparo legal aos militares que receberam a amarga missão de neutralizar narcoguerrilheiros em regiões faveladas. Novamente, em nome da Garantia da Lei e da Ordem, nossas Forças Armadas vão cumprir o papel básico de uma Polícia Militar. Isto sim é um "golpe"... Só que um golpe dado contra os militares, e não o golpe que a esquerdalha bandida teme que eles decretem pela força. O desfecho do que pode acontecer no Rio de Janeiro, na Rocinha ou em outra qualquer, será decisivo para a construção e consolidação de um regime democrático que ainda não temos no Brasil. O ainda ineficaz combate à corrupção sistêmica é a prova de que estamos distantes da segurança jurídica necessária. Foi apenas isto que o General Mourão expôs, claramente, na palestra maçônica que viralizou. Resumindo: os militares – como a maioria dos brasileiros – querem mudanças estruturais feitas a partir do ordenamento constitucional que está em vigor, por mais falho que ele seja. O jogo é mais de legitimidade do que de mera legalidade. Falando ou não em nome do Exército – tal enigma é indecifrável -, Mourão apenas "colocou o boné na sala". E agora?... Agora temos de mudar o Brasil, ou a bagaça vai degenerar em violência descontrolada... Por enquanto, o Crime está vencendo por goleada... Não é toa que estamos suportando o governo de um acusado de chefiar uma organização criminosa, enquanto os antecessores dele continuam livres, leves e soltos, desafiando o regime democrático... Filmes queimados...Colabore com o Alerta Total Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente com o Alerta Total poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades. Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções: I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão. II) Depósito em Conta Poupança da Caixa Econômica Federal ou em agências lotéricas: 2995 013 00008261-7, em favor de Jorge Serrão. OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim. III) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito). IV) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior. Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai! O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Setembro de 2017. |
Posted: 23 Sep 2017 05:06 AM PDT "País Canalha é o que não paga precatórios" Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Carlos Maurício Mantiqueira Do sol aos raios fúlgidos/ Ao céu de puro anil/ Erguendo o vulto atlético/ Num gesto varonil/ Da América do Sul/ O filho mais gentil/ Aqui se ostenta intrépido/ O colossal Brasil". Letra em português para a abertura de "Il Guarany" de Carlos Gomes RÉQUIEM PARA A PORCADA Doravante veremos uma sequencia imparável de atividades do judas ciário. Salvar primeiro o próprio rabo e, se possível, as aparências. Sofrerão mais os bodes expiatórios já notórios. Cabras marcados pela opinião pública. Enquanto isso, prepara-se o chouriço. Como na "joint venture" da galinha com o porco para um omelete: um entra com o lombo e outro com os ovos. Na "novela" tupiniquim, os acontecimentos se precipitam. Devido ao espírito lúdico do brasileiro estão abertas as apostas: quem irá primeiro entre tantos bostas? Talvez o molusco - já que tornou-se uma "preferência nacional". Ou idiotas lindinhos em seus descaminhos? Amante da verdade ou de verdade? Antifonia da anta? Ou do professor sacripanta? Continuamos na espera da alvorada de uma nova era. Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador. |
Núcleo Monolítico do Poder do Estado Posted: 23 Sep 2017 05:05 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Antônio José Ribas Paiva A primeira instituição de uma Nação é o seu Exército. A segunda instituição é o país, que após ser defendido, com o sangue dos soldados, torna-se a Pátria do povo. O Exército é o NÚCLEO MONOLÍTICO DO PODER NACIONAL, instrumento perene do PODER INSTITUINTE do povo. Sempre, que as INSTITUIÇÕES , estabelecidas pela NAÇÃO, para preservar o povo e o país, forem distorcidas por governos, por políticos ou por ideologias, a Nação deve intervir no processo político, através de seu NÚCLEO MONOLÍTICO DE PODER , para impor a consecução dos objetivos nacionais permanentes. A partir de 1985, com a Nova República, as nossas Forças Armadas, retiraram-se do protagonismo político, dedicando-se à sua missão dissuasória. Os membros dos Poderes da República não demoraram a usurpar o Poder do Estado, em próprio proveito, colocando em risco o interesse nacional e massacrando o povo. Nesses 32 anos, milhões de brasileiros foram massacrados. O governo do crime praticou um verdadeiro genocídio . Diante da tragédia do povo, como não poderia deixar de ocorrer, as FFAA interviram no processo político, exercendo o seu papel de NÚCLEO MONOLÍTICO DO PODER DO ESTADO, instrumento do PODER INSTITUINTE do povo. O Gen Ex. Mourão, em brilhante conferência, advertiu os membros dos Poderes da República , asseverando, que deveriam corrigir os rumos da sua ação deletéria, ou as FFAA iriam intervir no processo político, nos Três Poderes. A casta que usurpou o Poder do Estado , revoltou-se contra o patriota , ameaçando puni-lo. Com raro senso de oportunidade, o Comandante do Exército, Gen Ex. Vilas Boas, veio a público e assumiu o NÚCLEO MONOLÍTICO DO PODER DO ESTADO, esclarecendo, aos inimigos do Brasil, que as FFAA têm mandato constitucional, para intervir nos Poderes da República em defesa da Pátria. Com essa sábia providência, de forma serena, nosso comandante cumpriu seu dever constitucional e deixou claro ao governo do crime, que seu poder chegou ao fim. A necessária INTERVENÇÃO CONSTITUCIONAL concretizou-se, no dia 20 de setembro de 2017, sem traumas ou violência, apenas com a legitimidade do Comandante do Exército Brasileiro. BRASIL! ACIMA DE TUDO!!! Antônio José Ribas Paiva, Jurista, é Presidente do Nacional Club. |
Posted: 23 Sep 2017 05:03 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Carlos Henrique Abrão e Laércio Laurelli Há mais de tres anos assistimos a um espetáculo deprimente pela mídia afora. Não conseguindo montar um plano de governabilidade ou minimamente oportunizar idéias que favoreçam a superação da crise, o que vemos é uma tragédia anunciada e descarada. Jogam futebol de domingo a domingo e ainda se permitem comentar na segunda. Os mais variados golpes são aplicados na população, verdadeiras fraudes. Retiram o FGTS do sacrificado trabalhador a titulo de capitalização da estatal descapitalizada pela ação conjunta de quadrilha especializada. Além disso, têm a ousadia de nos chamar para o voto obrigatório e horário eleitoral obrigatório. Pensam que nos enganam e nos ludibriam constantemente, mas não é bem assim que a coisa funciona. Acreditam que cremos que os exuberantes prêmios lotéricos saem para um só ganhador em algum rincão distante de Brasília e ainda provocam ilusões desmesuradas quando afirmam que o Brasil é o País do Futuro. Uma Nação fabulosa, com todos os recursos minerais, hídricos de reservas de rios e o pulmão do mundo pela Amazônia, que culpa nós temos se o dialogo é feito de um lado pelos representantes do bem e doutro os que prognosticam maldades. A cada dia que se abre o jornal, se assiste tv e se analisa o noticiário do radio, não falta uma só noticia envolvendo desvios públicos do menor até o maior município brasileiro, a pressupor que a corrupção está na mente, está na alma, enraizada por todos aqueles que preferem ganhos altos e vida facil. E como terminar esse Brasil que representa o dialogo entre surdo e mudo, entre o cego e aquele que perdeu a visão, precisamos caminhar, marchar e definitivamente. Olho para o exemplo Alemão e me encanto. Uma mulher que praticamente pacificou a Europa, combateu a radicalização, abriu fronteiras para os refugiados, não patinou um só momento na grave crise de alguns países europeus depositando confiança por arranjos e arrojados planos de financiamento econômico, inclusive com apoio dos bancos centrais. Pouco dada à imprensa, de um caráter reto, não usa o mesmo vôo de seu marido quando ambos viajam de férias, e ao menor sinal de irregularidade manda investigar e punir. Não é a toa que a população alemã em poucos dias referendará o nome de Merkel para um novo mandato, no meio de uma avassaladora decadência política e de governantes ganaciosos. A chefe do governo alemã tem uma vida espartana e não faz qualquer despesa extra. O exemplo de sua vida privada segue a mesma nota na vida pública. Agora voltando os olhos para terra brasilis, rararamente vamos nos deparar com algo sequer parecido. Aparecerão os mais diversos candidatos para o pleito de 2018 e cada um com algum plano mirabolante. O único caminho que temos a seguir é não reeleger a maioria dos deputados e dos senadores componentes do parlamento e limitar a vida deles ao prazo máximo de dez anos, suficiente para desenvolver planos, mudar as estruturas e colaborar com as novidades. A grande falha que notamos é no sentido da falta de passagem do bastão. Fácil explicar: a classe política, após restabelecimento da democracia, se acostumou às mordomias do poder e jamais em hipótese alguma uma assembléia nacional constituinte poderia ser privilégio de uma casta de políticos deu no que deu: um País dissociado, esfrangalhado destruído de norte a sul, com as mais diversas quadrilhas que infestam e se manifestam ao longo dos anos. Conseguiremos mudar esse retrato e chegar próximo de uma Alemanha? Nao querendo ser pessimista jamais bateremos raios de distancia daquela Nação reconstruída pós segunda guerra mundial, com todas as despesas e indenizações pagas. E qual seria o motivo exatamente? Primeiro, não formamos uma sociedade organizada, segundo falta educação e cultura,e por último e não menos importante o que prevalece é o interesse individual do próprio umbigo. Quem ouviu a degravação daquele cidadão que hoje se encontra preso concluirá quanta ousadia. Achincalhou com as instituições, vomitou sobre a cidadania e ganhou fortunas no mercado, e pela primeira vez, felizmente, o crime foi pilhado e decretada a prisão, cuja reclamação junto ao STJ foi muito bem rechaçada pela excelsa Ministra Nancy Andrighi, uma das mais competentes daquele colegiado, preservando a competência do juiz natural. Estamos desarticulados, minados, envergonhados, corroídos pela corrupção sistêmica e às vésperas de um novo e enfadonho pleito de impedimento junto ao parlamento que seguramente consumirá favores em espécie incalculáveis. Se não conseguirmos mudar o roteiro, alterar a liturgia, estamos fadados ao subdesenvolvimento e a vida que nossos governantes nos confiaram. Absolutamente não! Teremos que gritar e expressar rebeldia, mudar as regras do jogo e demonstrar que o Brasil Imbecil é foto do passado e nós seremos os únicos artistas do filme do presente, para um futuro auspicioso. Carlos Henrique Abrão (ativa) e Laércio Laurelli (aposentado) são Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. |
Livro “Em cima da Hora”, de Suzanne Labin Posted: 23 Sep 2017 05:01 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Carlos I. S. Azambuja UM RESUMO DO PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO "EM CIMA DA HORA", de SUZANNE LABIN, editado no Brasil em 1964, traduzido e prefaciado por CARLOS LACERDA ----------------------- No prefácio, Carlos Lacerda escreveu que o livro "Em Cima da Hora" é uma importante contribuição à luta pela Democracia no Brasil, pois são impressionantes a ignorância e a candura com que se faz o jogo dos soviéticos, na infiltração, na propaganda e na conquista deste país, decisivo para a América Latina e para o próprio destino da liberdade no mundo. Os liberais arrependidos, os socialistas retardados, os religiosos tomados de surpresa, os ensaístas deslumbrados, os jornalistas alfabetizados, os intelectuais ressentidos, os desajustados da liberdade, os novos-ricos de certos bancos e os novos-pobres de certo espírito, formam as mais estranhas combinações para abrir caminho à propaganda, ao sofisma, às idéias-força da Guerra Subversiva que os soviéticos movem contra o mundo livre. Sem defesa adequada, com os partidos em dissolução, as Forças Armadas intrigadas e perplexas, a própria Igreja Católica ameaçada de divisão e de se colocar, em vários setores, a serviço da subversão pensando que assim se renova, o que mais admira é como o Povo, o simples e bom Povo do Brasil ainda não se convenceu, de vez, que o regime soviético é o melhor. Pois, de todos os lados, os responsáveis pela sua formação cultural, espiritual, econômica, e pela sua defesa militar, ou tentam convencê-lo a se entregar ou se omitem, com o pavor de não serem admitidos no paraíso soviético que pretende abrir aqui uma sucursal. Um Presidente da República tem o desplante de dizer que a Constituição que jurou defender e nunca respeitou nem cumpriu, está superada. E contra ela mobiliza, numa aliança natural, os negocistas e os comunistas, igualmente interessados em saquear o Brasil, privando-o da ordem democrática, da ordem com liberdade, da liberdade com responsabilidade. Há os que dizem: é inútil combater o comunismo, o que há a fazer é combater a miséria. Supondo que a miséria acabe no mundo antes do comunismo, tomemos o argumento: o comunismo só vence onde há miséria. Logo, ele precisa da miséria para vencer. Portanto, cada vez que se aceita a colaboração dos comunistas e seus auxiliares na alegada luta contra a miséria, está-se trazendo um balde de gasolina para apagar o incêndio. Outro argumento apresentado com freqüência é o da "coexistência pacífica". Supor que a ditadura soviética se deixará confinar nos territórios já ocupados, e uma nova linha de Tordesilhas dividirá o mundo entre zonas de influência dos Estados Unidos e da Rússia, que se respeitarão entre si, é uma versão nova do espírito de Munique. Com deplorável leviandade, fruto da aflição servida pela ignorância, certos prelados confundem economia social com assistência social, e Jesus Cristo com Jean Jacques Rousseau. Uma epidemia de oportunismo, agravada pela ignorância e pelo pedantismo se apossa do Brasil. Este é bem o momento de fazer ouvir a voz clara e sincera de uma inteligência poderosa, leal à missão que se impôs. Certo, há que lutar pelo bem-estar social. Mas, a condição de êxito dessa luta é a eliminação do comunismo. Não é só a miséria a estimular o comunismo. É o comunismo a estimular a miséria. Poucos fatores podem ser tão decisivos, na guerra política, quanto um livro. Foi com livros que Lênin deu saída à Revolução Russa. É com livros, é com idéias que podemos fazer a Revolução Brasileira. Quem quiser entender o que se está passando no Brasil, e contribuir para mudar esses acontecimentos terríveis, deve ler este livro. Os inimigos também. Ele só não adianta aos tolos. Carlos Lacerda CAPÍTULO 1 – PROPAGANDA Ante a ameaça multiforme do comunismo totalitário, o Ocidente aprendeu, mais ou menos, a se defender militarmente. Mas isso não basta. O "equilíbrio pelo terror" entre as armas atômicas faz com que não seja nesse setor a decisão da luta. Ela se decidirá no setor da guerra política, pelas armas da propaganda, da infiltração e da organização. Nesse setor o Ocidente está cego, surdo e mudo. Trata apenas de armar o braço, deixando, passivamente, que o adversário lhe desarme o espírito. A frente principal para os soviéticos é a da propaganda. Não se percebe suficientemente entre nós que as sementes da propaganda renderam aos soviéticos extraordinária colheita de vantagens territoriais e estratégicas que, até então, só se obtinham pelas armas. Na quase totalidade suas conquistas foram feitas pela intoxicação dos espíritos democráticos. A fulminante expansão soviética que se seguiu à Segunda Guerra Mundial (1939-1945) resultou das concessões dos líderes aliados em Yalta. Esse fato reembolsou fartamente o Kremlin, em um só dia, em Yalta, dos bilhões de rublos investidos em propaganda, durante vários anos, para difundir ilusões. É preciso compreende que o esforço militar, por si só, não basta. Na medida em que a OTAN, equipando-se militarmente, faz com que não haja guerra, tem o dever de se equipar também para a guerra que se torna decisiva e já existe: a dos cérebros. Senão, repetirá o erro trágico da Linha Maginot. A guerra atômica pode ser decidida nos primeiros 15 minutos. No dia em que o Kremlin se convencer de que os líderes do Ocidente, amarrados por uma opinião pública recalcitrante e voluntariosa, hesitarão 15 minutos em desencadear represálias, ele se lançará ao assalto. Então, ou a hesitação continuará, e será a escravidão, ou se dissipará, e será a carnificina. Em qualquer dos dois casos o desastre terá sido provocado pelo fato de haver a propaganda comunista conseguido abalar a firmeza de nossa conduta, tornando-a flutuante. Não devemos esquecer que a primeira coisa que os bolcheviques edificaram, no império herdado da Rússia, foi a formidável rede de fortalezas do seu partido e dos seus espiões. Cesse de soar o telefone da polícia secreta, em todas as províncias da URSS, e não existirá mais comunismo. Arma-se na Rússia o formidável aparelho da guerra nuclear apenas para intimidar o universo e para manter a chantagem soviética. Todavia, atrás de suas configurações avançam as verdadeiras legiões que lhe garantem as conquistas: as legiões dos ativistas e dos auxiliares civis da sua GUERRA POLÍTICA. DEFINIÇÃO DE GUERRA POLÍTICA No atual antagonismo entre o mundo livre e o mundo soviético, a frente política tornou-se mais decisiva do que a militar: as palavras são os canhões do Século XX; um grande jornal vale mais do que dez porta-aviões; um filme, a televisão, um herói, valem mais do que dez esquadrilhas de bombardeio; dez frações criptocomunistas desfazem a obra de cinco regimentos; o setor de Informação é tão importante para a Defesa Nacional quanto os setores militares. Quando da primeira sessão da Conferência Internacional sobre Guerra Política dos Sovietes, em Paris, o antigo presidente do Grupo Socialista do Parlamento polonês, Adão Cielkesz, tocou no ponto exato ao dizer: "A essência da Guerra Política comunista está em controlara ação pública dos homens e não em convencê-los. A persuasão é uma das molas da democracia; o controle é um mecanismo conspirativo. O controle pelo comunismo é total, enquanto a crença no comunismo é nula". A Guerra Política é o conjunto de ações montadas pelo Kremlin, na vida de cada povo, para destruir, por dentro, os regimes de liberdade e em seu lugar instaurar um poder absolutista e totalitário. . Os seus principais meios são a propaganda, a infiltração, a corrupção, a conspiração, a sabotagem, a guerrilha. O objetivo essencial consiste em capturar, ou pelo menos desviar em favor dos objetivos do Kremlin posições que controlam a linha política das nações, evitando que as forças assim capturadas percebam que estão postas a serviço do comunismo. O que solicita a nossa mobilização não é, pois, um movimento político, social ou ideológico. É única e vulgarmente a ajuda aberta ou encoberta dada à política exterior do Estado soviético, ajuda que tanto pode emanar de banqueiros e cardeais quando de professores e proletários. |
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