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“Eles mataram e arrancaram as cabeças”, diz agente no RN
Governo entrou na cadeia e retomou o controle de Alcaçuz na manhã deste domingo. Pelo menos dez pessoas foram mortas no massacre
Por Leslie Leitãoaccess_time 15 jan 2017, 08h20 - Atualizado em 15 jan 2017, 09h59 chat_bubble_outline more_horiz
Foto de presos utilizando colchões para atear fogo e cabeças decapitadas espalhadas pelo pátio de alcaçuz (Reprodução)
A rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, cidade vizinha a Natal (RN), chegou ao fim após mais de 14 horas. O motim começou por volta das 16h30 (no horário local, 17h30 no horário de Brasília) e, até a manhã de hoje, não havia sido controlado pelas autoridades estaduais.
Os detentos se renderam por volta das 7h deste domingo após a Tropa de Choque Militar entrar nos pavilhões e não houve troca de tiros, segundo a Secretaria de Segurança. O governo estadual confirmou dez mortes.
A maior penitenciária do Rio Grande do Norte, Alcaçuz tem cerca de 1.150 presos em um espaço com capacidade total para 620. Os presos teriam invadido o pavilhão 1 e o 5. O pavilhão 5 é uma unidade separada e que faz parte do Complexo de Alcaçuz. Atuam no Rio Grande do Norte, além do Primeiro Comando da Capital (PCC), o Sindicato do Crime do RN, rival do grupo paulista e mais próximo da Família do Norte e Comando Vermelho. A ação teria sido causada por uma briga entre o PCC e o Sindicato do Crime.
Em Alcaçuz, segundo fonte ouvida pelo jornal O Estado de S.Paulo, os pavilhões 1,2,3 e 4 são dominados pelo Sindicato do Crime RN e o 5 encontra-se com presos com algum tipo de ligação o PCC.
No fim da noite de sábado, um agente penitenciário que conseguiu escapar da rebelião de Alcaçuz, descreveu em detalhes como os detentos do Pavilhão 5 conseguiram invadir a unidade vizinha e iniciar o massacre.
“Quem estava no pavilhão 4 eles mataram e arrancaram as cabeças. Os que conseguiram sair de alguma forma, escaparam. Quem ficou, morreu”, diz o agente numa gravação de pouco mais de três minutos. Até o fim da noite de ontem o governo admitia que o número de mortos era de pelo menos dez. Um vídeo obtido pelo site de Veja, no entanto, mostra uma carnificina com 17 vítimas.
“O número será bem maior. Mas só vamos saber oficialmente quando o Estado decidir retomar a cadeia”, diz uma fonte do Ministério Público, que acredita que ao menos 100 detentos ocupavam as celas do Pavilhão 4. Somente neste domingo, depois que a cadeia estiver retomada, será possível dimensionar o tamanho da barbárie. No depoimento gravado, o agente conta que por volta das 16h, logo após o encerramento do horário de visitas, presos do Pavilhão 5 começaram um motim.
Havia poucos agentes na unidade e quase todos fugiram: “Os colegas correram e deixaram um sozinho. Ele ainda subiu para armaria e pegou as armas para evitar que eles pegassem armas. Ele saiu com uma mochila com calibre 12, bombas, pistolas. Conseguimos resgatar ele antes que eles conseguissem chegar ao acesso principal do Pavilhão 5”, conta o agente. Depois disso, oito agentes penitenciários ficaram num hall de Alcaçuz e evitaram uma fuga em massa atirando contra os presos: “Eles tinham alguns revólveres 38, uma pistola, mas a gente abriu fogo e eles recuaram”, completou, revelando que os detentos do Pavilhão 1 se juntaram à rebelião, invadindo as cozinhas, subindo nos telhados e danificando as torres de controle.
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Comentários
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Paulo cesar 15 jan 2017 - 22h01
Em quanto Dilma esteve no poder de 100% de verbas para a construção de presídios, só designou 14%, tudo isso é um dos legados dos mais de 13 anos de lula, dilma e pt.
Vanessa Pereira 15 jan 2017 - 22h05
Ai estão as bestas-fera prontas para retornarem ao convívio social. Todos têm a certeza da impunidade e da leniência de um Estado paternalista. Afinal de contas, o PT os transformou em “vítimas” da sociedade. Infelizmente, não temos um governante de pulso firme que ponha ORDEM nessa babunça em que os bandidos do PT e seus amiguinhos esquerdinhas transformaram o Brasil.
Pietro Muniz Giotto 15 jan 2017 - 22h18
Fábio Luis Inaimo, você precisa fazer tratamento psiquiátrico urgente.
Fábio Luís Inaimo 15 jan 2017 - 22h24
Vai relinchando vai !!
Argeu Rangel 15 jan 2017 - 22h38
E com isso a população carcerária vai diminuindo…
Pietro Muniz Giotto 15 jan 2017 - 22h39
Quando ocorreu o Massacre do Carandiru, quem governava São Paulo era o Fleury do PMDB, mesmo partido do golpista Michel Temer, seu vice era o Aloysio Nunes, atual senador tucano. Quando ocorreu o Massacre de Eldorado dos Carajás, quem governava o PA era o Almir Gabriel do PSDB, mesmo partido do FHC, então presidente no período. Foi o PT?
Antonio freitas 16 jan 2017 - 02h27
não publicam meus comentários…. paciência.
Carlos Marques 16 jan 2017 - 13h45
A esquerda é contra os presídios. Diz que é uma “instituição ultrapassada”. A esquerda acha que estes facínoras deveriam viver entre nós, e que precisam apenas de “um agasalho, um abraço e muito afeto”. A esquerda é uma besta!!
Carlos Marques 16 jan 2017 - 13h47
Esquerdistas, levem estes facínoras dro*gados e alu*cinados para a casa de vocês! Hipócritas dos in*fer*no$!
Carlos Marques 16 jan 2017 - 13h49
Petistas, adotem um degolador neste verão! Midia: vivemos O “Verão da Degola”!
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