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Augusto Nunes
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido.
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14/12/2015 às 16:51 \ Feira Livre
A charge do Alpino
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Tags: Alpino, charge, intimação, Japonês da Federal, Lula
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15 COMENTÁRIOS
13/12/2015 às 19:56 \ Feira Livre
Sponholz dispensa palavras
Tags: charge, PT, Sponholz
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46 COMENTÁRIOS
12/12/2015 às 11:00 \ Feira Livre
Valentina de Botas: ‘Vende frango-se’ ou de como o livro do Celso Arnaldo celebra o melhor do Brasil
VALENTINA DE BOTAS
Quando o cérebro do Homo sapiens alcançou de 2% a 3% do peso corporal e passou a consumir 25% da energia do corpo em repouso, enquanto o órgão nos outros primatas exigia apenas 8%, nosso ancestral assumiu a postura ereta. Um dos custos anatômicos desse fato determinante na evolução humana foi o estreitamento do canal do parto nas fêmeas, justamente no momento evolutivo em que a circunferência craniana dos bebês aumentava. A natureza solucionou isso encurtando a gestação humana. Assim, vimos ao mundo num estado precoce de ontogênese, para um período de inércia, segundo G.B.Campbell, de 2 a 3 anos de duração.
Tal vulnerabilidade da cria humana inscreveu nos nossos genes o gregarismo que, além de culminar nos almoços de domingo com a parentada – o que eu adoro –, impediu a nossa extinção. Esse atavismo ensejou a fala, uma das dimensões da linguagem; e quem fala, fala uma língua: por exemplo, o dilmês da governante rasteira; e o português, que Celso Arnaldo engrandece e do qual o vendedor de frangos numa birosca no litoral norte de São Paulo faz uso honesto e eficaz. “Vende frango-se” é a hipótese que um falante semiletrado elabora do idioma e pela qual desempenha a parte que lhe cabe no clássico pacto da comunicação de Jürgen Habermas, realizando dois de seus princípios: 1 – enquanto o ouvinte se dispõe a entender, o falante se empenha em se fazer entender; 2 – o falante é sincero.
Ora, o erro e a graça involuntários não comprometeram a compreensão nem enganaram ninguém: ali, de fato, vendiam-se frangos. O dilmês desmantela esse arranjo civilizador. Enquanto Celso Arnaldo vencia a impenetrabilidade dos pensamentozinhos moles da presidente traduzindo a agonia deles nas palavras dela, alertava para o fato de os erros gramaticais e a sintaxe desconexa denunciarem a incompetência infalível da figura bisonha, em vez de a camuflarem no pretenso tecnicismo do idioleto caricato.
Nem todos ouviram e deu no que está chegando às livrarias: as análises sofisticadas e de clareza límpida distribuídas em deliciosas 207 páginas desvelando o núcleo do perturbador caráter intelecto-político-moral da presidente tão xexelenta. Longe de ser linguística apenas, esta é uma questão de como o respeito e a honestidade são sonegados ao país pela mulherzinha autoritária, isolada no idioleto apalermado, sem saber onde fica o Brasil que ela e a escória que integra devastaram e sem entender a língua dos estranhos habitantes que tocam a vida decentemente se virando como podem.
“Dilmês, o idioma da mulher sapiens” nasceu em berço de ouro, nesta coluna de um jornalista ícone do Brasil que presta e na qual os indignados buscamos os vestígios do país que resistiram à moldura miserável de uma era grotesca. O livro integra essa resistência dos brasileiros de bem que tentam deixar para trás a paisagem primitiva habitada pela súcia da falante do idioleto bisonho. Só conseguirão se exigirem o fato determinante para a evolução do país – a extinção política da mulher sapiens e seu bando.
Tags: Celso Arnaldo, Dilma, dilmês, mulher sapiens, Valentina de Botas
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33 COMENTÁRIOS
07/12/2015 às 10:33 \ Feira Livre
Prefácio do livro de Celso Arnaldo: ‘O português de Dilma’, por Deonísio da Silva
DEONÍSIO DA SILVA
Eram os confusos, mas esperançosos, anos 1980. Aurélio Buarque de Holanda pensou em incluir o verbo “malufar” e o substantivo “malufício” nas novas reedições do Dicionário Aurélio.
Um dicionário é mais conhecido pelo povo como pai dos burros. Todavia, muitas palavras cujo significado desconhecemos não estão lá. Outras, como as duas citadas, variantes de roubar e de malefício, ainda não foram incorporadas.
Os dicionários já estavam desatualizados quando surgiu o dilmês, o português de Dilma. E a coisa piorou. Até a dicção da presidente dificulta a busca das palavras nos dicionários. Não adianta procurar. Sua sintaxe é quase insolente.
É verdade que o povo brasileiro continua ouvindo e falando muitas palavras que não estão nos dicionários, pois sua habilidade verbal é impressionante, não apenas no uso daquelas que aprendeu, senão também no manejo daquelas que inventa a cada dia. Mas não entende o dilmês.
Por isso, este livro de Celso Arnaldo é indispensável. Aqui, ninguém será derrubado pelo tédio, sempre um mau presságio, que marca tantas declarações de nossa presidente. Nem será ofendido pelos crimes de lesa-língua, presentes nos ataques a este maravilhoso patrimônio herdado dos portugueses.
Celso Arnaldo detona o estilo presidencial: “Com sentenças que, levadas as pé da letra, sem uma rigorosa revisão, seriam barradas da ata de reunião de condomínio de um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida, Dilma foi impondo o dilmês ao mundo civilizado”.
Será que o português de Dilma entra na categoria do enriquecimento de nossa língua? Não, a Mulher sapiens e o “elogio da mandioca, uma das grandes conquistas da humanidade” não são provas da extraordinária criatividade dos brasileiros, que não se fecharam a imigrantes vindos de todo o mundo, entre os quais estão presentes os búlgaros nos ancestrais de Dilma Rousseff, como antes estiveram os tchecos nos de Juscelino Kubitschek de Oliveira.
Os imigrantes e seus descendentes deram à língua portuguesa do Brasil não apenas milhares de novas palavras, mas também inimagináveis recursos de expressão. Todavia, mesmo que os brasileiros saibam como poucos acolher palavras novas e modos renovados de dizer as coisas, o dilmês foi rejeitado. Por isso, Celso Arnaldo afia as unhas farpadas: “O búlgaro torna-se uma língua de cantiga infantil diante do atormentado dilmês ─ idioma assemelhado ao búlgaro por sintaxe genética”.
Ele nos mostra que este povo não merecia uma presidente que fala como Dilma. Ela não é desconexa apenas no modo de governar. Também no quesito da fala são notórias suas agressões à lógica e à sintaxe. E como lhe fazem falta a cordialidade e o jogo de cintura!
Seu antecessor, que não estudou porque não quis, aliás, sabia comunicar-se com uma eficiência extraordinária no exercício da Presidência da República, mesmo tropeçando na norma culta do português, principalmente quando posto em contraste com seu antecessor, de quem disse o insuspeito Darcy Ribeiro que era um luxo ter um presidente como Fernando Henrique Cardoso.
Por motivos freudianos, era esperado que, quando a mulher viesse para o proscênio do poder, as coisas melhorassem. Se fosse mãe, melhor ainda. A mãe cuida da casa, e o Brasil é a nossa casa, a casa de todos. Ledo engano!
Os antigos gregos, que forneceram os étimos de “economia”, pela junção de “oikos”, casa, e “nomos’, ordem, achavam, entretanto, que a esperança era um mal. Porque podia nos enganar acerca do futuro. Os sábios helenos exemplificaram com um mito esta crença desconcertante. Na caixa ou jarro de Pandora, a esperança foi o único mal que não conseguiu escapar.
Sem exagero, este livro, só encontra equivalente nos antigos Febeapás de Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo pelo qual era mais conhecido, nos anos 1960, a década que mudou o mundo, o jornalista Sérgio Porto, que cunhou a sigla com o fim de designar o “Festival de Besteira que Assola o País”.
Devemos a Augusto Nunes mais esta revelação. Foi ele quem abrigou os saborosos textos de Celso Arnaldo, um autor que não chateia os leitores, não precisa mostrar que sabe ou como sabe, e faz do texto uma trincheira contra a ignorância. Este livro é um presente para quem quer entender o Brasil. Ah, sim, e é muito bem escrito.
Tags: Celso Arnaldo Araújo, Deonísio da Silva, Dilma Rousseff, dilmês
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06/12/2015 às 14:01 \ Feira Livre
Veja o vídeo, ouça a música e decore a letra de uma candidata a campeã do Carnaval de 2016: Marchinha do Japonês da Federal
Tags: campeã, Carnaval de 2016, Marchinha do Japonês da Federal
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44 COMENTÁRIOS
05/12/2015 às 18:30 \ Feira Livre
Saiu o livro do grande Celso Arnaldo: ‘Dilmês, o idioma da mulher sapiens’
“Dilmês: o idioma da mulher sapiens”, do jornalista Celso Arnaldo Araújo, acaba de chegar às livrarias já com jeitão de best seller e cara de clássico. Há muito tempo os leitores da coluna exigiam que o grande Celso Arnaldo, único PhD em dilmês do planeta, reunisse num livro os textos antológicos, publicados nesta coluna, inspirados no estranho dialeto falado pela presidente da República. Ele fez mais que isso. Reescreveu o que parecia irretocável e conseguiu aperfeiçoar o que parecia perfeito.
O cortejo de posts sobre o livro é aberto por uma esplêndida introdução feita pelo próprio autor. A entrada confirma que está começando um banquete. AN
- NO COMEÇO ERA O VERBO
Celso Arnaldo Araújo
Tive ─ como é mesmo a palavra? ─ uma epifania. Até hoje não sei se palavra tão solene, geralmente reservada a súbitas descobertas filosóficas, pensamentos iluminados, revelações de altas manifestações do espírito, aplica-se realmente ao que senti naquele momento ─ até porque acho que nunca mais terei uma nova epifania diante de qualquer outro fenômeno. Pensando bem: só agora sei que tive mesmo uma epifania ao ouvir Dilma falando pela primeira vez. Lembro bem. Eu estava na cozinha, mais precisamente no fogão, misturando qualquer coisa. Ao lado da geladeira, a TV de 14 polegadas cumpria sua função de pano de fundo, sem merecer minha especial atenção. Mas o acaso ─ só pode ser ─ programou o velho aparelho. A voz que então vinha dele, ao longe, introduzia uma descoberta que, para mim, se transformaria num processo epistemológico ─ para empregar outra palavrinha que só se usa uma vez na vida.
Era uma senhora discorrendo sobre as maravilhas do pré-sal. Só fixei minha atenção e descobri do que ela falava porque a extraordinária forma daquela fala, que captei sem muito esforço, conduziu-me automaticamente ao conteúdo. Aí entra e tal epifania ─ o “súbito entendimento ou compreensão de algo” me fez interromper os trabalhos sobre o fogão e me concentrar na velha TV, depois de aumentar-lhe o volume no controle remoto. Então, a coisa começou a fazer sentido. Ou não.
Era um canal do governo, uma certa TV NBR, especializada em discursos, eventos e entrevistas oficiais para uma única audiência: o traço. Ganhou a minha atenção, naquele momento. Era setembro de 2009 ─ um domingo, creio. E uma senhora austera e altiva, de óculos e tailleur, num tom de voz acima do normal para o contexto, dava uma aula de PowerPoint de pré-sal a uma plateia de engravatados.
O tema exposto não era de meu especial interesse ─ o modo de exposição, sim. Aflorava, naquele momento epifânico, o instinto de quem, como jornalista de revista semanal por quase trinta anos, habituara-se a ouvir e captar os mais diversos padrões da sintaxe em língua portuguesa ─ de garranchos vocais a esculturas oratórias. Aquilo era diferente. Era fora do padrão.
Um ponto fora da curva. Não tenho a mais vaga lembrança de alguma sentença que tenha me chamado mais a atenção naquela exposição na TV oficial. Foi o conjunto da obra que impactou. A senhora do pré-sal dava a impressão de ir buscar seus raciocínios numa camada mais profunda que a do seu tema no dia ─ e o que vinha à tona não era nada bom. Aliás, era extraordinário. Frases que começavam, mas não terminavam, perdendo-se em rodeios desesperantes. Outras que terminavam mal tinham começado. Palavras que redundavam e se encavalavam, desafiando qualquer sequência. Enfim, a notável falta de clareza passava a impressão de uma especialista não especializada no tema que tentava explanar.
A estranheza foi ainda maior porque, em tese, ela era uma super-expert no assunto. Os créditos na base da tela da TV identificavam a oradora: Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil do governo Lula e ex-ministra das Minas e Energia. Sim, a mesma Dilma que os cronistas políticos de Brasília já ventilavam como a candidata de Lula à sua sucessão ─ depois que a escolha mais natural, José Dirceu, fora alvejada de morte pelos desdobramentos do mensalão.
O fato é que saí muitíssimo mal impressionado de meu primeiro encontro com Dilma Rousseff. Concedi, porém, o benefício da dúvida a quem podia ser nossa primeira presidente mulher: fora um mau dia dela. Estava nervosa por algum motivo, só podia ser. Algo a perturbara, antes da palestra, afetando seu discurso. Uma autoridade desse nível, ex-ministra do pré-sal e de todas as outras energias, e agora uma espécie de chanceler dos subterrâneos do governo Lula, não poderia falar daquele jeito. Não demorou muito para, ouvindo-a em outros contextos, sobre os mais variados assuntos, concluir que a Dilma do pré-sal era a da superfície também.
A pré-candidata passou a ter em mim um fiel seguidor ─ em carne e osso, não nas redes sociais.
Um fenômeno clássico, na acepção kantiana do termo, é próprio do mundo como nós o experimentamos. A Dilma que publicamente passou a “experimentar” o Brasil com sua estranha novilíngua era um fenômeno. Em tese, uma pessoa que pensava o Brasil daquela forma não poderia comandar o país ─ mas isso não foi detectado na época pela mídia e pela oposição. Para mim, em particular, ouvir Dilma ─ sim, era eu ─ acabaria se tornando um hábito. Eu diria: uma obsessão com método.
Nos breves intervalos de minha atividade jornalística, passei a prestar atenção à agenda da provável candidata, que àquela altura cruzava o Brasil levando mensagens que não recomendariam um candidato a vereador em Centro do Guilherme, interior do Maranhão, onde 95,32% da população vive em extrema pobreza.
Uma porcentagem que equivalia a seus pensamentos. Como este: “Nós precisamos de uma coisa importante em nosso país, que é nossa autoestima. Olhar para nós mesmos e sabê (sic) que esse país conta fundamentalmente conosco.” Nessas pequenas pílulas da Dra. Dilma, estava a raiz do idioma que dali a meses passaria a governar o Brasil: palavras de um estrato mais culto, como “autoestima” e “fundamental”, pegando carona num pensamento indigente, que era a tônica de suas declarações, agravada por uma tendência a cacoetes de vulgarismo, como corruptelas (você = ocê) e o desprezo ao infinitivo dos verbos. Não era apenas, contudo, uma questão de gramática, mas de gestão. “Esse povo que pode e teve (sic) muitas vezes desempregado. Nós não queremos isso. Nós queremos todos os brasileiros empregados.”
Uma presidente que queria ver todos os brasileiros empregados, incluindo bebês de colo e pacientes de casas de repouso, acionaria automaticamente o sinal de alerta, ao estilo Apolo 13: “Brasília, temos um problema.”
Comecei a despachar esses “momentos Dilma” a Augusto Nunes, titular absoluto da seleção principal do jornalismo brasileiro ─ também um cultor da boa língua e um atento crítico da estupidez política, então assinando uma coluna de enorme repercussão no site da revista VEJA. Impressionado, ele passou a publicá-los como posts assinados por mim.
Dilma era uma fonte inesgotável. Com o tempo, não satisfeito em apenas coletar o que os jornais reproduziam, passei a pesquisar as atuações de Dilma em vídeos e áudios disponibilizados na internet. Perdi horas destrinchando discursos e entrevistas dela pelos rincões do Brasil ─ manifestações das quais, imagino, ninguém tomara conhecimento fora do Palácio. Àquela altura, admito, já havia sido estabelecida minha dependência mental ao dilmês, pelo que ele tem de mais fascinante: seu poder de empobrecer qualquer raciocínio.
Minhas breves notas sobre frases isoladas publicadas na coluna de Augusto Nunes transformaram-se, logo, em crônicas extensas, nas quais dissecava terríveis discursos e entrevistas dela, do bom-dia ao até logo. Em janeiro de 2010, o Portal do Planalto facilitou minha vida. Passou a publicar todos os discursos na íntegra ─ sem correções, além da eliminação dos vulgarismos. Sopa no mel. O material tornara-se abundante. E ainda mais convidativo. Eram vários discursos e incontáveis entrevistas por semana. E, em todos, tomava corpo uma hipótese: a indicação de Dilma à Presidência fora um grande equívoco. Um erro de pessoa.
Augusto transformou-me num personagem: o Caçador de Cretinices. O apelido traía um viés de humor ─ quase sempre involuntários ─ que meus textos incorporavam ao falar de Dilma. Depois, o titular da coluna também pespegou um apelido em Dilma ─ o Neurônio Solitário. Enfim, consagrou-se o nome do novo idioma da política brasileira: dilmês. Mas o humor, nesse caso, ia até certo ponto. Independentemente de suas aparições desastrosas, ela crescia nas pesquisas.
E, mesmo que no fundo torcesse para que aquilo fosse adiante, de tempos em tempos, durante o desenrolar da campanha, eu e Augusto ─ ele, na criação da maioria dos títulos de meus posts e também em textos próprios ─ passamos a dar um tom um pouco mais austero às exposições das dilmices.
Em 16 de maio de 2010, cinco meses antes do primeiro turno das eleições presidenciais, a coluna destacava: “Celso Arnaldo sobre Dilma Rousseff: a desmontagem da farsa exige mais que uma galhofa.”
Eu resumia:
Há oito meses, ouço tudo o que Dilma diz em público. Não lhe ouvi ainda uma frase inteligente. Um raciocínio límpido, criativo. Uma tirada esperta. Um jogo de palavras que faça sentido lógico e tenha algum requinte metafórico. Uma boa ideia própria. Uma resposta satisfatória e sincera. Um pensamento superior que denote em juízo superior sobre nossas mazelas e nosso futuro. Um cacoete de estadista. Uma réplica ferina.
E prossegui:
Só construções que não param de pé, o mais absoluto desconhecimento das leis básicas da argumentação e da articulação de modernos conceitos de estado. Uma incultura geral inédita entre pessoas públicas com curso superior. Não consegue reproduzir, sem erros grosseiros, máximas, ditados e aforismos que já fazem parte da psique popular. Em Dilma, nada se salva. Não domina nenhum tema, nada lhe é familiar.
Em primeiro de junho de 2010, Augusto intitulou assim a análise que fiz da participação de Dilma num fórum da revista Exame em que suas declarações, pela deturpação original, geraram polêmica: “O caçador de cretinices reconhece: ‘Definitivamente, o dilmês não é uma língua fácil.’” Falando nesse evento sobre o déficit da Previdência Social, que nem de longe seria amenizado em seu governo, Dilma afirmou: “Nós temos uma coisa que é uma vantagem. O tal do bônus demográfico, né, o tal do bônus demográfico nada mais é que isso: a sua população em idade ativa, idade de trabalhar, é maior que sua população dependente: o jovem, criança e velho.” Nesse instante, a reação de Dilma pareceu clara: percebera que o “velho” não caíra bem. E tentou emendar: “Mais de terceira idade, porque terceira idade tá ficando difícil, né, gente vai tê (sic) de estendê (sic) ela um pouco mais pra lá.”
Pânico na época: o “estendê ela” soou como um anúncio de que os “velhos” teriam de contribuir mais tempo com o INSS. Parece que não era isso. Foi uma tentativa de chiste de Dilma com sua própria idade ─ claro que malsucedida. O dilmês não é mesmo uma língua fácil.
Em 9 de julho de 2010, escrevi: “Quem é incapaz de dizer o que pensa não sabe pensar. Nem pode governar um país.” O texto abria com a primeira declaração de Dilma ao iniciar sua campanha paulista na Praça da Sé: “E não podia (sic) estarmos (sic) no melhor lugar. A poucos metros daqui, São Paulo cumeçô (sic).”
Consagrada no segundo turno, e após a primeira entrevista de Dilma ao Jornal da Band, publiquei em 5 de novembro de 2010: “A presidente eleita já não merece a leniência do sarcasmo que reservamos à candidata.”
Duas semanas depois, em 20 de novembro de 2010, a coluna retomava o humor, já que agora seriam quatro anos inevitáveis pela frente. Escrevi: “Dilma é uma fábula criada pela mente fantasiosa de LuLa Fontaine.” A conclusão do meu comentário parecia muito dura, mas era o que se avizinhava: “Dilma na Presidência, com essa gravíssima fragilidade mental, será joguete na mão da petralhada sedenta por mais oito anos de butim.”
Era a antevisão do predomínio da má forma de sua fala sobre o previsível conteúdo de seu governo.
Só no terceiro ano de seu primeiro mandato, a deformidade das ideias de Dilma passou a chamar a atenção de outras pessoas na rede. Começou por alguns blogs bem-humorados, como o do jornalista e radialista gaúcho Guilherme Macalossi, de Farroupilha, que criou a página Dilmês, no Facebook, reproduzindo as grandes gafes de Dilma. Enfim, o chocante idioma chegou à grande mídia. E em grande estilo: um editorial do Estado de S.Paulo, publicado em 21 de abril de 2013, com o título de “Dilmês castiço”. Escreveu o editorialista:
Já se tornou proverbial a dificuldade que a presidente Dilma Rousseff tem de concatenar ideias, vírgulas e concordâncias quando discursa de improviso. No entanto, diante da paralisia do Brasil e da desastrada condução da política econômica, o que antes causaria somente riso e seria perdoável agora começa a preocupar. O despreparo da presidente da República, que se manifesta com frases estabanadas e raciocínio tortuoso, indica tempos muito difíceis pela frente, pois é principalmente dela que se esperam a inteligência e a habilidade para enfrentar o atual momento do país. No mais recente atentado à lógica, à história e à língua pátria, ocorrido no último dia 16/4, Dilma comentava o que seu governo pretende fazer em relação à inflação e, lá pelas tantas, disparou: “E eu quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo”.
Encampado, enfim, pela grande imprensa, o dilmês deixava de ser um dialeto só conhecido dos frequentadores da coluna de Augusto Nunes para se tornar um “idioma” oficial. O que não quer dizer que tenha se enquadrado nos cânones da boa língua.
No dia 24 de setembro de 2015, quase cinco anos depois do triunfo nas urnas da fábula de LuLa Fontaine, Dilma Rousseff embarcou para Nova York. Pela quarta vez, abriria a Assembleia Geral da ONU, prerrogativa de um dirigente brasileiro desde 1948. Na decolagem do helicóptero presidencial do Palácio do Planalto para o hangar do Aerodilma no aeroporto de Brasília, câmaras que documentavam a partida registraram um princípio de incêndio numa das turbinas da aeronave. As chamas se apagaram em segundos e o helicóptero decolou, sem problemas. Foi um fogo assustador, embora fugaz, visto à noite por todo o Brasil nos jornais da TV.
Já em Nova York, uma sorridente Dilma chegava a seu hotel quando os repórteres quiseram saber se o susto fora grande. Ela não sabia de nada: “No meu helicóptero? Não. Hoje?”
Parecia não saber mesmo ─ melhor para Dilma, poupada do risco. Mas essa negativa da presidente, embora tenha causado alguma perplexidade, já que o Brasil inteiro vira a labareda, fugia à regra: não havia nela, surpreendentemente, um elemento, um toque de dilmês. É que a resposta não continha maiores problemas de sintaxe, nenhuma estranhamento. Mas, espere: nunca confie no dilmês, como o dilmês não confia no sujeito ─ como se verá ao longo destas páginas. O fecho da resposta de Dilma, esse sim, é dilmês puro. Antes de entrar no hotel e sair da visão dos jornalistas, culminou sua microentrevista com uma frase de três palavras, sendo duas iguais, embora com sentidos semânticos totalmente diferentes, e uma vígula entre elas: “Ninguém viu, viu?”
Um exemplo do espírito mais puro e castiço do dilmês que inspirou este livro.
Tags: Celso Arnaldo Araújo, Dilma Rousseff, dilmês, introdução, No começo era o verbo, o idioma da mulher sapiens
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122 COMENTÁRIOS
24/11/2015 às 10:11 \ Feira Livre
A charge do Alpino
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Tags: Alpino, charge, Lula, Maurício Macri, populismo
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11 COMENTÁRIOS
16/11/2015 às 22:11 \ Feira Livre
A charge do Alpino
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Tags: Alpino, charge, Paris, Rio Doce
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7 COMENTÁRIOS
15/11/2015 às 22:57 \ Feira Livre
Rio Doce sobrevive nas poesias, crônicas, romances e canções
Neste domingo, o jornal O Globo dedicou algumas páginas ao que foi chamado de “homenagem póstuma ao Rio Doce”, assassinado há uma semana pela lama tóxica despejada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco. Abaixo, a coluna reproduz as palavras que eternizam em prosa e poesia este que foi (e é) um dos rios mais importantes do Brasil.
- ‘Nilo brasileiro’. Vista aérea do Parque Florestal Estadual do Rio Doce, na região sudoeste de Minas Gerais, cortado pelo rio que foi completamente poluído há dez dias, ao receber rejeitos químicos da mineradora Samarco – Foto: Ana Branco
MARIANA FILGUEIRAS
O Rio Capibaribe inspirou muitas poesias de João Cabral de Melo Neto; o Rio Amazonas margeia até hoje os romances de Milton Hatoum; o Rio São Francisco inunda o grande sertão de Guimarães Rosa; e não seria exagero dizer que até o Rio Carioca — e todo um Rio de Janeiro, vá lá — passa sob as palavras de Machado de Assis.
O Rio Doce também. O chamado “Nilo brasileiro” fez parte do nosso imaginário cultural na poesia, na prosa e em canções populares.
Braço forte da maior bacia hídrica do Sudeste, com 853 quilômetros de extensão que banham 29 cidades de Minas Gerais e outras 11 do Espírito Santo, o Rio Doce foi completamente destruído pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco, em Mariana, há dez dias. Com o desastre, os rejeitos químicos da empresa inundaram seu leito, que já é considerado “morto” por autoridades ambientais do Ministério Público do Espírito Santo e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Minas Gerais.
O Rio Doce, tal como era, só sobrevive nas letras a seguir. Coletados pelo Globo como uma homenagem póstuma ao rio, os trechos têm o Rio Doce como referência ou cenário — em tons bucólicos, picarescos ou críticos.
Em 1781, o luso-brasileiro Frei Santa Rita Durão já listava o Rio Doce entre as paisagens brasileiras no poema épico “Caramuru”, que conta a história do náufrago português Diogo Álvares Correia, o Caramuru do título, que viveu entre os índios tupinambás.
Rubem Braga fala da porção capixaba do rio nas crônicas “Barra do Rio Doce”, de 1949, e “O lavrador”, de 1954. Mineiro de Caratinga, o cartunista e escritor Ziraldo dedicou, em 1996, o livro infantil “O menino do Rio Doce” à criança que um dia fora, crescida à beira do seu leito (“O menino tinha certeza de que havia nascido no dia em que viu o rio”).
Anos depois, em 2001, o também mineiro Roberto Drummond publicou “O cheiro de Deus”, romance que também cita o rio. Mas é o poeta Carlos Drummond de Andrade quem antevê a tensão entre o rio e as mineradoras que o exploraram desde sempre no poema “Lira itabirana”, de 1984: “O Rio? É doce. A Vale? Amarga.”
Entre as referências do cancioneiro popular, a principal delas é “Rio Doce”, que já aparecia numa versão instrumental no álbum “Sol de primavera” (1979), de Beto Guedes. Que ganhou uma segunda parte de Tavinho Moura e letra definitiva de Ronaldo Bastos, em 1981: “Onde existir parece que é nada/ Mas viver é mansamente brotar”.
“Rio Doce”, Beto Guedes, Tavinho Moura , Ronaldo Bastos (1981)
Vai a me levar como se fosse
Indo pro mar num riacho doce
Onde ser é ternamente passar
São vidas pequenas das calçadas
Onde existir parece que é nada
Mas viver é mansamente brotar
Muito prazer de conhecer
Muito prazer de nessa rua ser seu par
Ao partilhar do teu calor
Você liberta a primeira centelha
Que faz a vida iluminar
A correnteza me levou
Me apaixonei em todo cais que fui parar
Cada remanso um grande amor
Por esses breves eternos momentos
Que tive o dom de navegar
São vida dos belos horizontes
Gente das mais preciosas fontes
Onde ser é ternamente brotar
Vai cantando as voltas do moinho
Onde a beleza teceu seu ninho
Mas viver é mansamente passar
Se fosse meu o seu amor
Se fosse meu, bem que eu mandava ladrilhar
Se essa rua fosse minha
Com diamantes de luz verdadeira
Pra ver meu amor passar
“Lira Itabirana”, Carlos Drummond de Andrade, 1984
I
O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
II
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
III
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.
IV
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
“Barra do Rio Doce”, Rubem Braga, 1949
O homem de binóculo focalizava a bandeirinha que se agitava lá em terra lá em terra, no pontal sul, perto do farol. O próprio comandante estava na roda do leme; e o chefe de máquinas, oficial da Marinha de Guerra aposentado depois de fazer duas guerras, estava no telégrafo das máquinas.
— Que é que a bandeirinha diz?
— Bombordo! Toda a força a bombordo!
O timoneiro obedece — e olhamos em silêncio para a proa. A corrente está fortíssima, e a maré inda está baixa. Em nossa frente o Rio Doce despeja toda sua massa de água cor de lama, de um quilômetro de largura, em um estreito canal. Temos de passá-lo.
— Bombordo!
A proa hesita um instante — e depois, lenta, implacavelmente, vai-se voltando para boreste. Os mil cavalos de nossos dois motores se esbofam à toa.
— Para trás!
— …
— Marca assim!
Avançamos outra vez, penosamente. “A proa é esta!” Pode ser algum espadarte que deseje ir desovar na lagoa de Juparanã; quando a nós vamos em cima de um banco de areia. Bonito. Ouvimos aquele ruído triste do casco na areia. As ondas assanhadas pelo nordeste ensaiam abordagem perto da proa. O chefe das máquinas está em silêncio mascando seu toco de charuto. O caboclo que é considerado prático na barra adota esta atitude não muito eficiente, mas em todo caso justificável no momento: coça a cabeça. A bandeirinha, lá longe, manda recados muito salutares, mas inócuos, como um sargento que berrasse ordens para um recruta paralítico.
“O menino do Rio Doce”, Ziraldo, 1996
Rio que nasce doce na gorda barriga da montanha na praia (do lado de cá). O menino tinha certeza de que havia nascido no dia em que viu o rio. Na sua memória, não havia nada antes daquele dia. O menino amou o rio pois acreditou que o rio também havia nascido no dia em que ele o viu.
“O lavrador”, Rubem Braga, 1954
Esse homem deve ser de minha idade — mas sabe muito mais coisas. Era colono em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce quando ainda se podia requerer duas colônias de cinco alqueires “na beira da água grande” quase de graça. Brocou a mata com foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café. Explica-me: “Eu trabalho sozinho, mais o menino meu”. (…) No começo ainda não tinha prática de canoa, estava sempre com medo da canoa virar, o menino é que logo se ajeitou com o remo; são quatro horas de remo lagoa adentro. Diz que planta o café a uma distância de dez palmos, sendo a terra seca; sendo fresca, distância de quinze palmos. Para o sustento, plantou cana, taioba, inhame, mandioca, milho, arroz, feijão. Disse que uma vez foi lá um homem do governo e proibiu (“empiribiu”) armar fojos e mundéus, pois “se chegar a cair um cachorro de caçador, eles mete a gente na cadeia e a gente paga o que não possui”. Olho sua cara queimada de sol; parece com a minha, é esse mesmo tipo de feiura triste do interior.
“O cheiro de Deus”, Roberto Drummond, 2001
Minas Gerais: amo em ti a contradição. És barroca em Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina, Congonhas e Mariana, e moderna na Pampulha. Aqui, tu acendes o fogo, incendeias os corações: ali tu és, Minas Gerais, a água na fervura, a água apagando o fogo. Tu és senão a cidade, és o passado e és o presente, és o Rio Doce e rios amargos, trágicos, és um casarão com 38 janelas e és uma casa moderna e ensolarada.
“Canto VII de Caramuru”, Santa Rita Durão
O Sergipe, o real de licor puro,
Que com vinte o sertão regando correm,
Santa Cruz, que no porto entra seguro,
Depois de trinta, que no mar concorrem;
Logo o das Contas, o Taigipe impuro,
Que, abrindo a vasta foz, no oceano morrem.
O Rio Doce, a Cananeia, a Prata,
E outros cinquenta mais, com que arremata.
Tags: Carlos Drummond de Andrade, lama tóxica, Mariana Filgueiras, Mineradora, Rio Doce, Samaco
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48 COMENTÁRIOS
07/11/2015 às 18:44 \ Feira Livre
Reynaldo Rocha mostra como era o vilarejo assassinado pela inépcia e pela arrogância: ‘Isso não pode ficar assim’
REYNALDO ROCHA
Fui várias vezes de jipe a Bento Rodrigues, o distrito de Mariana destruído pelo tsunami de lama e rejeitos. Vejam como era o vilarejo que deixou de existir:
Vejam agora como ficou:
“Bento acabou!”, repetem os jipeiros que lá estiveram depois da tragédia provocada pela inépcia criminosa. Cachoeiras, biroscas, estradinhas de terra, a pimenta que não arde (a biquinho), a carne assada na calçada, a gente que convidava os forasteiros para “comer um “franguinho” com a família, nada disso existe mais.
Mas amanhã estarei lá de novo. Isso não vai ficar assim! Não pode ficar assim! Alguém terá de pagar por ter riscado do mapa uma comunidade de 500 pessoas simples, felizes por viverem num lugar tão intensamente belo. Essa história não terminou.
Tags: Bento Rodrigues, Isso não vai ficar assim, jipeiro, Mariana, Reynaldo Rocha
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