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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Felipe Moura Brasil estreou este blog em 2013, após dez anos como cronista na internet. Idealizou e organizou o best seller de Olavo de Carvalho, "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota". Autor da Editora Record, trabalha em dois livros previstos para 2016.
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Governo do PT usa crise como pretexto para tirar dinheiro da Polícia Federal que investiga petistas
Como este blog antecipou 9 nove dias atrásPor: Felipe Moura Brasil 29/12/2015 às 13:08
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1) Antecipei aqui no dia 20:
“A vantagem da crise para o governo do PT é o pretexto para tirar dinheiro da Polícia Federal que investiga os crimes petistas.”
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Nesta terça-feira, 29, nove dias depois do meu post, e um dia após entrevista de José Eduardo Cardozo ao Estadão, o jornal publica:
“Delegados exigem de Cardozo ‘menos discursos’ e mais apoio à PF”.
“Irritados com o corte de R$ 133 milhões no orçamento, policiais entregam carta a ministro da Justiça em que cobram ‘ações efetivas’ em defesa da corporação”.
O grupo de 37 delegados quer a realização de “todos os atos institucionais necessários para impedir que a Polícia Federal seja alvo de um processo de sucateamento em razão do cumprimento da sua competência constitucional: combater o crime organizado, os crimes decorrentes dos desmandos políticos e econômicos e a corrupção”.
O jornal acrescenta:
“A PF avalia que o corte de 13% imposto pelo Congresso atinge o coração de sua atividade mais notória, as operações especiais de combate a malfeitos contra o Tesouro.”
Oh, que surpresa…
“A PF é vinculada ao Ministério da Justiça. A corporação não tem autonomia orçamentária, situação almejada por dez entre dez delegados.”
2) Como comentei aqui na segunda, Cardozo havia repetido o embuste de que o governo de Dilma Rousseff deu autonomia à Polícia Federal.
“Trata-se do mais puro uso político do trabalho de uma instituição que transcende a esse ou aquele governo”, escrevera em setembro de 2014 o delegado aposentado Jorge Barbosa Pontes, diretor da Interpol no Brasil entre 2007 a 2009.
Seu artigo “A Polícia Federal é do Brasil” tem de ser relido à luz dos novos acontecimentos, porque narra como o governo exerce há anos o controle indireto da PF.
Eis um trecho: “em se tratando do tema ‘autonomia’, é imperioso registrar que na administração do atual Ministro da Justiça foi estabelecido o ‘vazamento institucional’ na Polícia Federal.
Explico: a aplicação do Decreto nº 7.689/2012, à Polícia Federal, impõe a prévia autorização ministerial para a concessão de diárias de servidores em missão. Com 123 unidades em todo o país, para atender 5.561 municípios, a Polícia Federal se vê refém do Governo Federal em ter as suas grandes operações repressivas sendo indiretamente monitoradas por meio deste Decreto.
O artigo 7º do aludido Decreto acaba sendo, de fato e de direito, um mecanismo que viabiliza o conhecimento prévio e o controle das operações da Polícia Federal, uma vez que o deslocamento de 3 a 10 servidores por período superior a 40 dias indica uma possível operação de inteligência, bem como o arregimentação de mais de 10 servidores para o mesmo evento por 2 a 5 dias indica a deflagração de uma grande operação.”
Ou seja: o militante petista Cardozo toma conhecimento prévio das operações que eventualmente atingem seus colegas de governo e/ou partido – e nada o impede, na prática, de orientá-los a esconder documentos suspeitos antes de uma operação de busca e apreensão em suas residências, por exemplo.
Tampouco o impede de avisar previamente Dilma Rousseff, como fez no caso da prisão de José Carlos Bumlai, amigão de Lula.
“É importante que a sociedade brasileira saiba que o orçamento da Polícia Federal no Governo Dilma caiu drasticamente. E assim também está ocorrendo com os recursos das diárias e passagens e, igualmente, diminuíram substancialmente os recursos das operações sigilosas, de modo que as ações policiais contra políticos são realizadas com verba não sigilosa, exatamente esta que depende dessa autorização do Ministério da Justiça.
Obrigar a Polícia Federal a pedir autorização para pagar diárias de policiais, e, por conseguinte, dar conhecimento prévio a servidores do Ministério da Justiça, sobre as operações em andamento, é uma forma indireta de o Governo controlar as operações do DPF.”
Quinze meses se passaram do artigo de Jorge Pontes, e o controle do governo só vem aumentando à medida que o orçamento da PF sofre cortes cada vez maiores, que afetarão a Operação Lava Jato em 2016.
Não é apenas mais um caso em que o discurso governista é o oposto da realidade. É um caso em que o desastre econômico de Dilma dá a ela e seus cúmplices o pretexto para sabotar a instituição que pode prendê-los.
Fica a pergunta:
Por que essa gente teria interesse em salvar a economia agora?
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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