Alerta Total
Embrulhando o estômago dos “precaotários”
Atentado em Londres ou no Brasil?
Entre o comodismo e a rua
A Amante
Embrulhando o estômago dos “precaotários”
Posted: 24 Mar 2017 03:29 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Obcecada com a intenção de aumentar impostos para cobrir o rombo de R$ 58,2 bilhões no Brasil da gastança e da corrupção, a equipe econômica de Michel Temer pretende cometer mais um abuso de contabilidade criativa com os famosos precatórios - obrigações de pagamento dos entes públicos decorrentes de ações judiciais definitivas. A jogada pode render de R$ 6 a 8 bilhões ao caixa do Tesouro Nacional.
O Dream Team de Henrique Meirelles pensa em tirar da contabilidade das despesas primárias o volume de precatórios "parados nos bancos" há mais de quatro anos. A ironia da proposta é coerentíssima com o desrespeito ao Estado de Direito e a insegurança jurídica que vigora no Brasil. Afinal, que não paga o precatório, a despesa não existe na vida real... Os "precaotários" levam calote, e ninguém os protege da roubalheira estatal.
A equipe de Meirelles propõe um verdadeiro assalto contábil ao dinheiro que pertence a quem conseguiu o milagre de vencer uma ação judicial transitada em julgado, após infindáveis recursos e chicanas promovidas por governos canalhas na União, Estados e municípios. É absurda e ilegal a idéia de que o precatório parado em contas bancárias possa retornar aos cofres do governo, sob a desculpa esfarrapada de que é preciso reforçar o arrombado resultado fiscal de 2016. O que os burocratas propõem é uma apropriação indébita de débitos que não pertencem a eles, mas sim aos cidadãos, que deveriam ser chamados, tecnicamente, de "precaotários".
Tamanho crime embrulha mais o nosso estômago que a digestão de carne podre. O mais grave é que uma resolução do Conselho da Justiça Federal (CJF), de junho de 2016, permite ao governo requisitar a devolução de precatórios que foram depositados há mais de dois anos. Assim, o caso nem pode ser chamado, oficialmente, de "contabilidade criativa". O que também não é criativo é o calote oficial. Dane-se o "precaotário". Se o beneficiário do pagamento do precatório requerer o depósito depois de dois anos, uma nova ordem de emissão de precatório será encaminhada e o dinheiro disponibilizado no Orçamento do ano seguinte.
Não será necessária nenhuma medida legislativa para a liberação dos recursos a serem indevidamente apropriados. Até terça-feira que vem o governo toma a decisão sobre a tungada nos precatórios. No entanto, a Advocacia-Geral da União já estuda como montar uma força-tarefa para ingressar com ações requisitando a devolução do dinheiro. As ações terão de ser ajuizadas individualmente – o que vai gerar despesas judiciais extras, além de tomar mais tempo ainda de um judiciário sem tempo para julgar milhões de processos no habitual e desumano ritmo de lentidão.
O Ministério Público e o Judiciário deveriam protestar e mover ações urgentes para resguardar os interesses e direitos dos "precaotários" – os pobres, ricos ou empresas que têm precatórios a receber, e todo ano são caloteados, de maneira vergonhosa e impune, pela administração pública. Contabilizar um dinheiro que não lhe pertence é crime. No entanto, o Estado Capimunista Rentista do Brasil conta com excessos legais que lhe permitem fazer qualquer coisa. Azar dos cidadãos e dos "precaotários".
Em vez de tungar os precatórios, Michel Temer entraria para a História se fizesse com as dívidas judiciais o mesmo que fez com o saldo parado nas contas do FGTS: Pagar o que é devido, cumprindo a lei. Simples, assim...
Cabeleira inocente
Quem tem um líder do PMDB no Senado como Renan Calheiros nem precisa de oposição...
Renan agora resolveu declarar guerra a Henrique Meirelles, criticando a "improvisação" dele em aumentar impostos para evitar um corte mais robusto no orçamento federal:
"Meirelles não pode fazer esse tipo de declaração porque isso desmerece a credibilidade dele. Ele é fator de estabilização, não de desestabilização. Não se pode improvisar usando esse tipo de argumento, como 'se houver venda de hidrelétricas', 'se' isso, 'se' aquilo... Não é possível suportar aumento de impostos. Comemorar a queda da inflação e dos juros, com esse nível de desemprego e essa recessão, acaba passando a ideia de que o País é apenas conta, apenas estatística".
Renan já tinha atacado a reforma da Previdência, batido na indicação de Osmar Serraglio para o Ministério da Justiça e reclamado que o Palácio do Planalto age sob influência do preso Eduardo Cunha...
Reunião quente
Piração total
Sem pressa...
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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 24 de Março de 2017.
Atentado em Londres ou no Brasil?
Posted: 24 Mar 2017 03:24 AM PDT
"País Canalha é o que não paga precatórios".
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Durante a Segunda Guerra Mundial o líder britânico disse a verdade a seu povo.
Prometeu-lhe apenas sangue, suor e lágrimas.
O casal real e suas filhas não abandonaram a cidade e suportaram com bravura, os mesmos bombardeios a que estavam submetidos seus súditos.
Não há solução indolor para o terrorismo islâmico.
Os fanáticos que almejam morrer na guerra santa não se intimidam com o perigo de perder suas próprias vidas; ao contrário, alguns se imolam.
Assim, um ultimato deve ser eficaz:
"Se houver novo atentado, Medina será riscada do mapa; no seguinte, Meca".
Foi assim com Hiroshima e Nagasaki. O terceiro alvo seria Tóquio.
Sem dúvida há o risco de um ataque nuclear contra uma ou mais cidades européias, em represália.
Milhões de inocentes morrerão, mas o mal terá sido cortado pela raiz. Os sobreviventes poderão retomar suas vidas dignas e tranquilas após chorarem seus mortos.
Se não fosse Carlos Martel não haveria a civilização ocidental.
Séculos antes, ela foi salva pelos gregos nas Termópilas e em Salamina.
Em seu livro com o nome desta última batalha, o autor Javier Negrete, logo nas primeiras páginas, mostra uma cena sobre a educação das crianças em Atenas.
Com suas palavras, o mestre lhes ensina que o bem supremo é a verdade.
O frouxos pseudo-líderes modernos mentem para o povo e para si mesmos.
Não há contemporização possível.
É como enfrentar-se com um tigre; ou você o mata ou será devorado.
A pior e mais crua verdade é melhor que a mais doce mentira.
"Por São João!"
Fonte: "Salamina" ISBN: 9788542201031
Aqui no Brasil, o atentado é outro: querem tungar os precatórios e aumentar ainda mais os impostos...
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Entre o comodismo e a rua
Posted: 24 Mar 2017 03:23 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Renato Sant'Ana
A maioria dos brasileiros parece não ter muita noção de que está em marcha uma guerra contra a Lava-Jato e uma cruzada em favor da impunidade. No entanto, para ter clareza, bastaria ver a degenerada "reforma política", relatada por Vicente Cândido (PT-SP), que pretende anistiar os vivaldinos que usaram o expediente do "caixa 2" - e essa é apenas uma das propostas indecentes.
Michel Temer já afirmou que vetaria qualquer lei que o Congresso aprovasse para anistiar corruptos. Mas será que Temer vetaria mesmo?
Em 1994, o senador Humberto Lucena, candidato a reeleição, usou a gráfica do Senado para imprimir 130 mil calendários com propaganda de campanha. O Congresso Nacional, empenhado em salvá-lo, aprovou, em 1995, um projeto que declarava textualmente em sua ementa a "anistia de deputados e senadores que utilizaram a gráfica do Senado para a campanha política, especialmente o senador Humberto Lucena".
Indecente. Apesar disso, o Presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei (não vetou!). conforme reproduzido na Folha de S. Paulo, FHC conta, em seus "Diários da Presidência", que o fez "imbuído da idéia de que é preciso ter o apoio dos partidos para aprovar as reformas" e considerando que era, ele, "inocente" naquela armação.
Sim. E Temer não necessitará adular senadores e deputados para ter maioria e aprovar reformas? O que assegura que ele não vai encontrar uma desculpa que lhe acalme a consciência para sancionar uma lei que deixe todos os corruptos com ficha limpa?
Claro, houve quem tenha ficado tranquilo com a promessa de veto de Michel Temer. Isso é "falta de atitude". Porque O MOMENTO É DE ESCOLHER: ficar acomodado, permitindo que os parasitas suguem a vitalidade do Brasil; ou, hipótese virtuosa, tomar posição, reagindo diante de tanta imoralidade. Se houver forte manifestação do povo nas ruas em 26 de março, o Congresso Nacional vai recuar, e conseguiremos salvar a Lava-Jato.
Leia no Alerta Total "Urgência nas ruas":
http://www.alertatotal.net/2017/03/urgencia-nas-ruas.html
Renato Sant'Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito.
A Amante
Posted: 24 Mar 2017 03:22 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Desconheço o autor. Texto historicamente relevante:
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Alguns anos depois que nasci, meu pai conheceu uma estranha, recém-chegada à nossa pequena cidade.
Desde o princípio, meu pai ficou fascinado com esta encantadora personagem e, em seguida, convidou-a a viver com nossa família.
A estranha aceitou e, desde então, tem estado conosco.
Enquanto eu crescia, nunca perguntei sobre seu lugar em minha família; na minha mente jovem já tinha um lugar muito especial.
Meus pais eram instrutores complementares... minha mãe me ensinou o que era bom e o que era mau e meu pai me ensinou a obedecer.
Mas a estranha era nossa narradora.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas com aventuras, mistérios e comédias.
Ela sempre tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber de política, história ou ciência. Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou minha família ao primeiro jogo de futebol.
Fazia-me rir, e me fazia chorar.
A estranha nunca parava de falar, mas o meu pai não se importava.
Às vezes, minha mãe se levantava cedo e calada, enquanto o resto de nós ficava escutando o que tinha que dizer, mas só ela ia à cozinha para ter paz e tranqüilidade. (agora me pergunto se ela teria rezado alguma vez para que a estranha fosse embora).
Meu pai dirigia nosso lar com certas convicções morais, mas a estranha nunca se sentia obrigada a honrá-las.
As blasfêmias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nossa casa... nem por parte nossa, nem de nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse.
Entretanto, nossa visitante de longo prazo usava sem problemas sua linguagem inapropriada que às vezes queimava meus ouvidos e que fazia meu pai se retorcer e minha mãe se ruborizar.
Meu pai nunca nos deu permissão para tomar álcool. Mas a estranha nos animou a tentá-lo e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes evidentes, outras sugestivos, e geralmente vergonhosos.
Agora sei que meus conceitos sobre relações foram influenciados fortemente durante minha adolescência pela estranha.
Repetidas vezes a criticaram, mas ela nunca fez caso aos valores de meus pais, mesmo assim, permaneceu em nosso lar.
Passaram-se mais de 50 anos desde que a estranha veio para nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.
Não obstante, se hoje você pudesse entrar na guarida de meus pais, ainda a encontraria sentada em seu canto, esperando que alguém quisesse escutar suas conversas ou dedicar seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Seu nome? Ah. seu nome...
Chamamos de TELEVISÃO!
É isso mesmo; a intrusa se chama TELEVISÃO!
Agora ela tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Celular e um neto de nome Tablet.
A estranha agora tem uma família. E a nossa será que ainda existe!?
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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