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Felipe Moura Brasil estreou este blog em 2013, após dez anos como cronista na internet. Idealizou e organizou o best seller de Olavo de Carvalho, "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota". Autor da Editora Record, trabalha em dois livros previstos para 2016.
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Repercussão da morte de Fidel Castro confirma: esquerda aceita extremismo do seu lado ou tenta salvar a “utopia”
Blog comenta engodos por trás de reações esquerdistas à perda do ditador para o capeta
Por: Felipe Moura Brasil 28/11/2016 às 15:53
Em tempo: de volta, após reunião sobre futuras novidades neste blog, passo a limpo em tuitadas, notas e imagens a cobertura da morte oficial do ditador Fidel Castro, criador junto com Lula do Foro de São Paulo.
– Repercussão da morte do ditador Fidel Castro, extrema esquerda encarnada, prova que esquerda majoritariamente aceita extremismo do seu lado.
– Recordar é viver:
(* Relembre também aqui no blog: “Esquerda x Direita – Entenda de uma vez“.)
– Parece que Lula está precisando de carona num jatinho pago com nosso dinheiro para velar seu companheiro ditador. Perdeu o da Odebrecht.
– Para quem caiu no conto petista de que PSDB é de direita, a reação de Aécio à morte de Fidel é um bom antídoto:
– Aécio ignora mordomias de Fidel e diz que “deixa o legado do sonho por uma sociedade igualitária”. O legado do discurso para enganar trouxa.
– IBGE divulgou queda da desigualdade no Brasil pois… todas as “classes” ficaram mais pobres, e ricos tiveram a maior perda de renda. “Sociedade igualitária”.
– Gente decente se preocupa com a pobreza. Gente invejosa, com a desigualdade.
– Clóvis Rossi, na Folha: “Morre na verdade a esquerda que poderia ter sido e não foi, a que poderia ter sido uma utopia libertária e acabou sendo uma ditadura como tantas outras que ensanguentaram a América Latina.” Não. Morre a esquerda que foi tão somente o que poderia ter sido, como efeito da utopia que implica todo o poder ao Estado.
– Rossi: “Pena que a utopia foi sendo abandonada, junto com o ‘socialismo com sabor tropical’, que teoricamente substituiria o modelo cinzento da URSS”. Não. Pena (para os oprimidos) que a prática confirmou o engodo da utopia.
– “O povo cubano ficou órfão”… do seu maior algoz, explorador, ditador, disseminador de miséria, mandante de fuzilamento. Mas resta o irmão.
– Eis as comemorações do povo cubano que fugiu de Fidel para os Estados Unidos:
– Do ator cubano Andy Garcia, astro de Hollywood:
“As execuções, perseguições e prisões de dissidentes políticos e da comunidade LGBT, a proibição de uma imprensa livre, eleições livres e liberdade religiosa serão o seu legado. Ele disse que a história o absolverá mas ela poderá também condená-lo.”
– Da cantora cubana Gloria Estefan, radicada nos EUA:
“As amarras do regime castrista não serão relaxadas da noite para o dia, mas a morte do líder que autorizou a execução de quem pensava diferente, a prisão indiscriminada de inocentes, a separação de famílias inteiras, a censura à liberdade de expressão do próprio povo, o terrorismo de estado e a destruição econômica de um país que um dia já foi próspero e bem sucedido, só pode levar a mudanças positivas para o povo cubano e para o mundo.”
– O ABC da Espanha deu talvez a melhor capa sobre o tema: “Morre o tirano de Cuba”… “após mais de meio século de opressão ao seu povo”.
– Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil: “Sugiro que os artistas que leram o nome dos 111 criminosos mortos no Carandiru façam a leitura dos nomes dos 100 mil mortos de Fidel.” Aguardando.
– Magno Malta (PR-ES): “Morreu o sanguinário promotor da pobreza cubana ídolo da PTzada! Morreu devendo a grana do porto que Dilma e Lula deram pra ele.”
– Jair Bolsonaro:
– O jornal Extra chegou ao cúmulo de chamar de “discurso de ódio” a saudação de Bolsonaro sobre a chegada ao inferno do ditador que oprimiu os cubanos por mais de meio século. Cadê o amor aos oprimidos?
– Fidel prendia e matava opositores, e ainda tem gente que fica em dúvida sobre seu caráter ao ver sobreviventes na ilha lamentando sua morte.
– De acordo com a esquerda, Fidel é muito bonzinho porque supostamente ensinou o povo a ler… (só o que ele quer que o povo leia).
– Ana Paula do Vôlei:
“Aqui lembrando as barbaridades que as cubanas nos contavam sobre Fidel. Uma delas? Ele ficava com 100% da premiação delas de todos os torneios.”
“Ouvi de uma bicampeã olímpica: ‘Trocaria toda a minha glória esportiva por uma chance de viver feliz longe de Cuba.”
“Quantas vezes não levamos as cubanas para comprar pasta de dente, sabonete, shampoo, aspirina… E elas ainda tinham que esconder tudo para entrar em Cuba.”
“Ler que atletas gostavam de Fidel é balela. As cubanas nos contavam que tinham que falar bem dele, não havia escola. Temiam por suas famílias.”
Ana Paula também relembrou notícia sobre o maratonista cubano Alberto Cuba Carrero, que pediu asilo na Holanda e declarou:
“Somos escravos do governo cubano e estou cansado de ser um escravo dos Castro. Quando eu era atleta, todos os prêmios que ganhei nas maratonas foram direto para as mãos do governo, e hoje é igual.”
– Relembro o preciso e divertido discurso de Margaret Thatcher sobre o ódio dos socialistas à liberdade:
– Relembro a piada (em inglês) de Ronald Reagan sobre Fidel sendo incomodado por um vendedor de bala e amendoim na plateia de seu discurso:
– Melhor declaração presidencial sobre Fidel Castro foi de Trump: “um ditador brutal que oprimiu seu povo por seis décadas”. O resto é engodo.
– Trump: “legado de Fidel é o dos pelotões de fuzilamento, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e negação a direitos humanos fundamentais”.
– Mais de meio século de ditadura não faz de Fidel um ditador para setores da imprensa, que tratam Trump como tal pelo que fantasiam que fará.
(* A propósito: Faço minhas as palavras da marqueteira de Trump. Tentamos avisar que pesquisas distorciam eleitorado, mas fomos ridicularizados ou ignorados. Pesquisadores agora reavaliam métodos.)
– Jill Stein, ex-candidata à Casa Branca pelo Partido Verde e linha auxiliar de Hillary Clinton para o pedido de recontagem de votos, afirmou que “Fidel Castro era um símbolo da luta pela justiça à sombra do império”. Nada mais irônico que Stein exalte um ditador que impedia eleição livre enquanto contesta o resultado da eleição americana.
– Como rebateu Katie Pavlich, editora do Townhall: “E a propósito, Stein, você está livre para sair dos EUA, o “império das sombras”, para Cuba a qualquer momento.”
– Irmã de Fidel exilada no Sul da Flórida, Juana o chama de “monstro” com quem não falou por quatro décadas. “Como qualquer um que estudou história, o que obviamente não inclui ninguém na mídia mainstream de #FakeNews [notícias falsas] e o presidente Obama”, comentou o republicano Steven Smith.
– Se o Fantástico não tivesse dito que Fidel era mulherengo, eu acharia que a matéria era sobre a morte do Papa João Paulo II.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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