AS CRUZADAS
Posted: 01 May 2017 01:30 AM PDT
Países que mais aplicaram a pena de morte oficialmente em 2016
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
O regime comunista de Pequim mais uma vez ocupou o sinistro primeiro lugar nas execuções de presos.
Porém, não se conhece o número exato deles, pois o sistema guarda total hermetismo sobre as mortes que pratica, constatou o relatório de Anistia Internacional (AI) para 2016, segundo o jornal argentino "Clarin".
Texto completo do relatório "Condenas a morte e execuções 2016" em inglês:
em espanhol.
As condenas a morte nos EUA são as mais propagandeadas pela grande mídia, porém atingiram mínimos históricos em 2016. No mundo todo a queda foi de 37%, diz o relatório, fazendo a restrição do mistério do grande verdugo do mundo: a China.
Nos EUA foram sancionadas 32 penas capitais em 2016, a cifra mais baixa desde 1973, mas só 20 foram aplicadas. Em consequência, esse país saiu das primeiras lúgubres posições, ocupadas na sua totalidade por países islâmicos e liderada em solidão pelo regime socialista chinês.
A queda estatística nos EUA "é um claro sinal de que juízes, promotores e jurados estão dando as costas à pena de morte como meio de administrar justiça", estimou a organização.
No total, a AI registrou 1.032 execuções ditadas pelos respectivos Judiciários, no mundo em 2016, 37% menos que em 2015. O tétrico recorde anterior foi de 1989, com 1.634.
Esses números excluem a China, onde as estatísticas a respeito são secretas. Porém, a Anistia Internacional dá por certo que é o país que mais usa a pena capital. E mais de que o resto do total mundial, todos os países somados.
Nicholas Bequelin (esq) de Amnesty International e James Lynch,
vice diretor do Programa de Assuntos Globais, apresentam o relatório
A China só reconheceu ter executado legalmente 931 pessoas entre 2014 e 2016, mas para a Anistia Internacional isso "é só uma fração do total", que poderia incluir milhares de pessoas.
"A China é o único país que mantém um secreto completo sobre as execuções", explicou o diretor de Anistia Internacional para o leste da Ásia, Nicholas Bequelin, em roda de imprensa em Hong Kong.
"Provavelmente, o motivo é que as cifras são tão assombrosamente altas que a China no quer ser percebida como um caso completamente aparte no mundo", acrescentou.
Além da execução sumária por razões ideológicas, culturais, sociais, religiosas ou étnicas de dissidentes ou oposicionistas no imenso território chinês, soma-se a tal vez muito maior chacina de presos – ou pessoas detidas para o mesmo fim – com o objetivo único de lhes extrair os órgãos para depois usa-los em benefício de membros do regime, ricaços nacionais ou internacionais e explora-los num largo esquema de comercialização e exportação.
Após a China, países islâmicos ocuparam todos os postos no topo da lista. O Corão, por muitos apresentado como um livro de paz, manda matar os que não aceitam o islamismo, o renegam e outras casuísticas.
A lei islâmica, conhecida como sharia, e a imensa e caótica jurisprudência muçulmana abrem espaço ainda para uma infinidade de casos confusos em que o juiz ou o chefe local podem matar segundo seu interesse ou humor.
Em primeiro lugar figura o Irã (xiita) com 567 execuções registradas, seguida pela Arábia Saudita (sunita) com 154; o Iraque (várias seitas) com 145 e por fim o Paquistão (também diversas seitas islâmicas) com 87. O relatório ainda menciona o Egito envolvido em violentos conflitos internos.
Os países islâmicos matam às centenas com base em seu Corão e lei islâmica mas fazem questão de exibir sua ferocidade em praça pública.
Por isso, a AI não reclamou transparência deles, mas sim do caso muito obscuro da China.
Sagrado Coração de Jesus fuzilado numa igreja de Qaraqosh, sul de Mosul, Iraque.
"A China quer ser líder no cenário mundial, mas que quando se trata da pena de morte lidera do pior modo possível executando mais pessoas por ano que qualquer outro país do mundo", destaca o relatório da AI.
"É hora de que a China descortine o véu desse segredo mortífero e confesse", disse Shetty.
O regime socialista cada vez mais abalado, dificilmente ligará para a denúncia.
Porém, junto com países islâmicos, abrirá os braços para um diálogo e uma cooperação insinceras com as esquerdas políticas e eclesiásticas, inclusive do Vaticano, autoproclamadas "humanitárias".
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