Alerta Total
Temer saberá lidar com bandidos que geram crises?
A trindade e pirotecnia econômica
BNDES
Recuo Temeroso
A fria temporada de planejamento temerário
JUQUINHA, VENHA CÁ!
Profecia de Maio
Despolitizar + Descorromper = Desenvolver
Cultura - retrocesso para frente
Nossa história em quadrinhos
Posted: 24 May 2016 01:24 PM PDT
2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O discurso arrumadinho de Michel Temer para anunciar "medidas econômicas" (por enquanto não implementáveis automaticamente) teve como um dos focos políticos mandar um recado duro para a petelândia, que vem intensificando os protestos contra o Presidento interino. Temer detonou: "Tenho ouvido: 'Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar'. Conversa! Fui secretário de Segurança duas vezes em São Paulo e tratava com bandidos. Então, eu sei o que fazer no governo. Quando houver equívoco, tem que rever a posição. Se fizer (o equívoco), consertá-lo-ei".
O retorno da mesóclise, indicando um justo e perfeito domínio da língua portuguesa, não garante que conjugar o verbo "consertar", na vida real e prática do serviço público, será uma tarefa fácil e possível de ser cumprida efetivamente. No Brasil, continua vigorando o regime Capimunista, rentista, centralizador, gastador e corrupto. O Estado é nosso sócio-ladrão. Quem ousa empreender é sabotado por muita burocracia e extorquido com 93 impostos, taxas, contribuições, instruções normativas, jagunçagens promovidas por fiscais ou infinitos impedimentos gerados pelo regramento excessivo. Até as velhinhas de taubaté sabem que a banda toca assim...
Por isso, fica no ar a pergunta fundamental para Michel Temer: será realmente viável a boa intenção de reduzir despesas criando um teto para o crescimento dos gastos, limitado à inflação do ano anterior? Mais uma vez ficou no ar que o governo provisório, no malabarismo verbal de Michel Temer e Henrique Meirelles, coloca os burros na frente da carroça. No curto prazo, o fundamental seria definir qual a dimensão verdadeira do rombo e qual seria ou será o tamanho desejável do Estado, definindo o que representa despesa corrente, investimento qualitativo e, super importante, gasto inútil.
Meirelles não tocou no dogma dos monetaristas rentistas tupiniquins. Qualquer bebê de colo sabe que a principal maneira de reduzir o endividamento público é uma redução forte dos juros básicos da economia. Ao mesmo tempo, seria imprescindível uma negociação inédita e impensável com os bancos para uma redução drástica do spread bancário (a diferença entre a taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a taxa de juros para aos depositantes pelos bancos). É isso que precisa ser resolvido, urgentemente, no Brasil dos 70 milhões de inadimplentes bancários.
Não foi anunciado corte de despesa nem redução ou eliminação de impostos. Tudo mais que Temer e Meirelles anunciaram, com objetivo de "recuperar a confiança do mercado", é um grande exercício de econometria política de médio e longo prazo. Não foram anunciadas "promessas" polêmicas. O estabelecimento do tal teto de gastos é uma boa intenção nem sempre fácil de cumprir. Mesmo caso da desvinculação dos gastos orçamentários com saúde e educação. Vale a regra para a extinção do fundo soberano e injeção dos R$ 2 bilhões para cobrir o rombo nos cofres públicos. E a transferência de R$ 100 bilhões do BNDES para o Tesouro vai demandar muito estudo jurídico, para não terminar interpretada como pedalada.
Todo brasileiro na corda bamba torce para que Temer não seja pior que Dilma Rousseff - que só volta ao poder se o PT, de verdade, promover um golpe. A torcida para Temer dar certo só não pode ser fanática e nem incondicional, baseada em análises imprecisas e previsões incorretas. Agora, fica o consolo de que Temer se compromete a assumir e consertar qualquer erro que cometer. A grande questão é se haverá tempo para correções de rumo no meio do afundamento do barco. Olhar pra frente é a missão, mas sem ilusões que já nascem perdidas na véspera.
Bom saber que o maçom Temer admite que sabe lidar com bandidos. O sistema do crime institucionalizado continuará fazendo de tudo para manter o Brasil coagido, subjugado, impedindo o progresso econômico da maioria honesta que trabalha e produz. Vencer os bandidos não será fácil. Nossos delinquentes são muito piores que os outros. Eles jogam sujo por procedimento padrão e por canalhice ideológica. E ainda contam com todo apoio do Estado-Ladrão!
A Lava Jato, esta sim, tem demonstrado que sabe lidar com bandidos, embora ainda não tenha chegado ao comando geral da bandidagem política. O que vai acontecer na conjuntura política e econômica vai depender, demais, do que ocorrerá no mundo policial e judiciário. Por isso, a marca do Brasil, nos próximos 180 dias ou além, é a incerteza. Ambiente péssimo para investimentos produtivos. Isto sim é temerário - sem trocadilho infame.
Enquanto isso, o Congresso Nacional nem quer saber de indicar uma comissão para tratar, com seriedade, daquelas 10 medidas contra a corrupção propostas pelo Ministério Público Federal, com milhões de assinaturas dos brasileiros... Isto também é temerário - novamente sem trocadilho infame...
Leia a primeira edição de terça-feira: A fria temporada de planejamento temerário
Confira, abaixo, os artigos de Hélio Duque, Célio Pezza e Aileda de Mattos Oliveira, para constatar como o buraco é bem mais embaixo em Bruzunganda:
A trindade e pirotecnia econômica
BNDES
Recuo Temeroso
Eleições na GLESP
José Renato dos Santos, candidato pela Chapa Força União e Past Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo) soltou uma relevante nota de esclarecimento:
Com relação à nota publicada, em 4 de maio, no site da GLESP, pelo então Grão-Mestre Interino, Irmão Silvio Clóvis Corbari, temos a esclarecer que o processo nº 1039877-62.2016.8.26.0100, da 16ª Vara Cível, não foi indeferido.
Como decidiu a meritíssima juíza que preside o processo, "sem desmerecer os argumentos do autor, que logicamente serão reavaliados no momento oportuno após vencidas as fases de produção das provas, indefiro por ora a antecipação da tutela".
Ou seja: a eleição para Grão-Mestre da GLESP, período 2016-2019, ainda está sub judice, o que informamos a toda a Jurisdição para que notícias incorretas não sejam propagadas, como o foram, gerando falsa interpretação, visto que apenas a "liminar" foi negada, e o processo prosseguirá até final sentença.
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- © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 24 de Maio de 2016.
Posted: 24 May 2016 01:17 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Hélio Duque
Austeridade fiscal, regime de metas de inflação e câmbio flutuante, ancorados no Plano Real, garantiu estabilidade econômica e política por década e meia. A partir de 2008, no segundo governo Lula da Silva e nos mandados de Dilma Rousseff, aquela trindade bem sucedida foi progressivamente marginalizada.
O intervencionismo nacional desenvolvimentista, chamado de nova matriz econômica, iria mergulhar a economia brasileira na crise profunda que vivemos. O investimento público e privado colapsou, a indústria encolheu de maneira brutal e o déficit fiscal disparou, instalando a crise política e social que tem sua origem no crédito subsidiado, extravagantes desonerações tributárias para setores chamados de estratégicos, aliado à intervenção da "contabilidade destrutiva" nos mercados de câmbio e de juros.
Ao eliminar a defesa de disciplina monetária e fiscal, reduzindo artificialmente o preço da energia, dos combustíveis, por exemplo, dinamitou as finanças da Eletrobrás e da Petrobrás. No BNDES, no período de 2008 a 2014, o Tesouro emitiu títulos públicos no montante de R$ 504 bilhões a juros de mercado e emprestando a juros subsidiados a empresas apelidadas de "campeãs nacionais" do desenvolvimento. O impacto na dívida pública dessa estratégia gerou vários "esqueletos" de longa duração, que atravessará a administração de futuros governos da República.
Os desiquilíbrios estruturais da economia brasileira foram agravados pela incompetência generalizada na administração pública daqueles governos, agregada a notória culpabilidade de setores da estrutura empresarial. Algumas corporações empresariais foram privilegiadas à exaustão com regimes especiais e isenções tributárias em desacordo com a legislação. A corrupção foi parte integrante dessa realidade que elevou os gastos públicos a níveis inacreditáveis. As Operações "Lava Jato" e "Zelotes", conduzidas pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, vem comprovando que o contubérnio público privado era programa de governo.
A ação catastrófica autoinfligida à sociedade brasileira foi construída, ao longo dos anos, por um governo autoritário, incompetente e autossuficiente. A situação atual não tem origem em equivocada crise internacional, mas nas pirotecnias econômicas e fiscais praticadas pelo governo Dilma Rousseff. A recessão da economia não tem causa externa, foi produzida e alimentada internamente. E para superá-la não será um caminho fácil. Os anos próximos para recolocar o País em padrão de crescimento sustentável exigirão grandes sacrifícios. O ajuste da economia será duríssimo e exigirá que reformas estruturais tenham a aprovação do Congresso Nacional. Construir uma política econômica consistente passa pelo poder legislativo. Resta indagar: a maioria dos parlamentares votarão medidas impopulares, mas necessárias e fundamentais para o futuro?
O governo que agora assume provisoriamente, mas fadado a se estender até dezembro de 2018, é herdeiro de uma realidade de contas públicas detonadas, investimentos públicos e privados em nível zero, receita tributária descendente, desemprego em ritmo acelerado e com a população perdendo mais de 12% da sua renda em 2014, 2015, com claro crescimento de perda em 2016. Acresça ao cenário desesperador: pobreza em acelerado crescimento, anulando os efeitos positivos gerados pelos programas sociais. Situação agravada pelo fato de a grande maioria dos Estados está carregando dívidas impagáveis, alguns em estágio pré-falimentar.
Por tudo isso, torna-se imperativo um programa de governo emergencial que tape alguns buracos, mas pensando o Brasil no médio e longo prazo. Sem o aval do Congresso Nacional será missão impossível. Deve o governo preparar a transição para que se alcance, a partir de 2019 (com um governo eleito), o caminho do desenvolvimento sustentável, aspiração geral de todos os brasileiros. Estariam os parlamentares brasileiros conscientes dessa realidade?
- Helio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.
Posted: 24 May 2016 01:15 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Célio Pezza
Os simpatizantes do governo Dilma agora se voltam contra a composição do Ministério Temer, alegando que mulheres e negros não fazem parte, como se a escolha de um Ministério fosse um programa de auditório. Ao mesmo tempo, um grupo de artistas do filme "Aquarius" fez em Cannes um protesto contra o governo Temer. Vale salientar que o filme teve o patrocínio de cerca de R$ 3 milhões da Secretaria da Cultura do Estado de Pernambuco e do BNDES.
Daí se entende o alarde de parte da classe artística do país, que não quer perder as benesses do governo Dilma. Morre gente por falta de atendimento em Pernambuco, mas sobra dinheiro para distribuir para artistas. Chega de farra com nosso dinheiro!
Michel Temer nomeou a doutora em Economia, Maria Sílvia Bastos, que já foi presidente da CSN e Secretária da Fazenda do Rio de Janeiro, para ocupar a presidência do BNDES. A imprensa petista, não deu o devido destaque e respeito ao seu currículo e preferiu dizer que é uma mulher. Eles ainda não entenderam que o mais importante é a competência, quer seja de um homem ou mulher, independente da cor.
Enfim, esperamos que a nova presidente do BNDES ajude a entender os motivos do banco mandar tanto dinheiro para obras fora do país ao invés de deixar esses recursos no Brasil.
Vejamos alguns exemplos de obras no exterior e as empresas responsáveis, divulgados pelo Instituto Ludwig von Mises IMB-Brasil, entidade que promove os princípios de livre mercado e de uma sociedade livre:
1 - Porto de Mariel – Cuba – US$ 682 milhões – Odebrecht
2 - Hidrelétrica Manduriacu – Equador – US$ 124.8 milhões – Odebrecht
3 - Hidrelétrica San Francisco – Equador – US$ 243 milhões – Odebrecht
4 - Hidrelétrica de Chagilla – Peru – US$ 320 milhões – Odebrecht
5 - Metrô da Cidade do Panamá – Panamá – US$ 1 bilhão – Odebrecht
6 - Autopísta Madden-Colón – Panamá- US$ 152,8 milhões – Odebrecht
7 - Aqueduto de Chaco – Argentina – US$ 180 milhões - OAS
8 - Ferrocarril Sarmiento – Argentina – US$ 1,5 bilhões – Odebrecht
9 - Metrô de Caracas – Venezuela – US$ 732 milhões – Odebrecht
10 - Ponte sobre Rio Orinoco – Venezuela – US$ 300 milhões – Odebrecht
11- Barragem Moamba – Moçambique - US$ 350 milhões – A. Gutierrez
12 - Aeroporto de Nacala – Moçambique – US$ 125 milhões – Odebrecht
13 - BRT de Maputo – Moçambique – US$ 180 milhões – Odebrecht
14 - Hidrelétrica de Tumarin – Nicarágua – US$ 343 milhões – Q. Galvão
15 - Projeto El Chorro – Bolívia – US$ 199 milhões – Queiroz Galvão
Como estes existem milhares de empréstimos concedidos pelo BNDES a partir de 2009, cujos valores não temos nem ideia. Precisamos abrir essa caixa preta e entender exatamente porque o BNDES financia portos, estradas, ferrovias, etc. fora do Brasil, quando aqui nos falta de tudo.
Esperamos que seja exatamente uma mulher, que irá dar o início a esse novo escândalo do BNDES, que colocará um fim a esse ciclo de corrupção que destruiu nosso país. Avante Temer! Conte com brasileiros livres que querem Ordem e Progresso.
- Célio Pezza é colunista, escritor e autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza
Posted: 24 May 2016 01:14 PM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Aileda de Mattos Oliveira
Cultura adquire-se com Educação de qualidade, portanto, é inútil um Ministério específico ou uma Secretaria para os mesmos fins.
O que nos falta é uma bem-elaborada Lei de Diretrizes e Bases da Educação, voltada para os campos humanístico e científico-tecnológico; a cultura é consequência. Só a adquirimos, aprimorando o intelecto, o que parece não ser o ponto forte dos privilegiados sócios do Ministério da Cultura, que permuta o dinheiro público por apoio político. De outro modo, não recuariam diante daqueles que autoproclamam "culturais" espetáculos de nível duvidoso, ou mesmo, sem nível.
Os grandes intérpretes do cenário teatral já se foram. Punham a alma na vivência das personagens de clássicos dramaturgos. Era teatro de peso! Os do cenário musical valorizavam a melodia, sem a corrupção das palavras que transmitiam o estado de espírito do compositor. Nunca soubemos que fossem beneficiários dos cofres do Estado. Ambas as categorias faziam sucesso. O teatro lotava; os auditórios, também. Lotavam, porque havia seriedade no trabalho profissional; lotavam, porque cada um exercia o seu mister com devoção.
Dinheiro não compra cultura nem transforma atores em modelares intérpretes; nem funkeiros, nem os que dedilham o violão enganador, nem os que berram e pulam do alto de trios elétricos, em cantores e músicos.
Hoje, alocam-se, no meio artístico, os que fazem dele solução para seus problemas, à custa do contribuinte. É simples. Os órgãos ditos culturais lhes repassam a verba desejada, subtraída dos tributos que deveriam ser aplicados em serviços para a coletividade. Mas a montagem do espetáculo está garantida; o engajamento político, também.
O contribuinte é vítima de dupla extorsão, por via da mancomunação do governo com a classe artística. Sobre ele recaem todas as despesas, mas irá ao guichê se quiser assistir à encenação, apesar de já tê-la pago, com a verba repassada, sem o seu consentimento. Não há retorno aos cofres públicos, por se aninhar nos bolsos de quem solicitou a verba o total da bilheteria.
Ao cessar a sangria do dinheiro que não lhes custa trabalho, apenas cinismo em pedi-lo, manifestam-se como funcionários públicos com direitos adquiridos. As sandices que disseram e as cusparadas 'culturais' foram provas do intercâmbio do governo petista, com os membros perpétuos da ribalta e da confraria musical.
Fonte milagrosa é a Lei Rouanet que libera verbas aos achegados do partido, que, durante treze nefastos anos, fez a apologia à ignorância, à ausência de valores, à incompetência, à falta de cultura.
Lamentamos que o governo recém-instalado tenha recuado na decisão de exterminar um Ministério que esbanja dinheiro para os apadrinhados da classe, dita artística.
Se Temer mostra-se complacente com os órfãos da Rouanet, que almejam serem alimentados, indefinidamente, com o dinheiro da Nação, e com os despersonalizados que trocaram o Brasil por outro país, exibindo cartaz para olhos estrangeiros, quantas deferências fará, então, frente às outras exigências de uma esquerda velhaca?
O que são alguns milhões para esses governantes desde que os pastoreados artistas sejam intérpretes, como mandava o roteiro petista, das mentiras de seus governos despudoradamente corruptos, ou do atual, claudicante nas decisões?
- Aileda de Mattos Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.
Posted: 24 May 2016 03:42 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Michel temer foi obrigado a discutir a relação com seus ministros enrolados com a Lava Jato bem antes do previsto. Eis o problema de quem aceita ser obrigado a suportar um relacionamento politicamente temerário para tentar governar interinamente. Temer sabe do altíssimo risco de divórcio litigioso com as velhinhas de taubaté que fingem apoiá-lo incondicionalmente. A temporada de traições políticas no Brasil parece funcionar permanentemente. O "competente e dedicado" Jucá foi exonerado a fórceps...
Nesses tempos de relações temerárias, soa interessantíssima a notícia de que a Corregedoria Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrigui, tenha recomendado aos cartórios que não façam novas escrituras públicas de reconhecimento de uniões civis entre mais de duas pessoas. O Conselho Nacional de Justiça avalia a legalidade e legitimidade do registro de uniões poliafetivas ou trisais (quando incluem apenas três indivíduos). O CNJ acatou uma representação judicial da Associação de Direito de Família e das Sucessões (ADFAS), que solicitou a proibição de novas escrituras até que a matéria seja devidamente regulamentada.
A recomendação do CNJ gera uma reflexão sobre como lidar com um governo que depende de relações politicamente poliafetivas para sobreviver em ritmo de suruba institucional. O que fazer? Temer deve estar se perguntando... O ministro vela de sete dias Romero Jucá foi apagado por uma gravação telefônica indiscreta. A vida segue dura no governo interino - até agora bastante parecido com o anterior. A terça promete ser dramática. Tem prova de fogo no inferno do Congresso Nacional. Michel Temer precisa de autorização parlamentar para registrar o déficit primário de R$ 170,5 bilhões em 2016.
Para apreciar a matéria, são necessários 257 deputados e 41 senadores presentes. Dureza na véspera de feriadão... Além disto, tem outro risco: 24 vetos presidenciais trancam a pauta de votação. A oposição já advertiuu que obstruirá a sessão marcada para as 11h. Temer tem até 30 de maio para votar a mudança na meta. Caso isso não ocorra, Temer incorrerá em crime de responsabilidade fiscal para pagar as despesas da máquina pública, por meio de pedaladas fiscais. Se o Congresso não autorizar o governo a registrar o rombo de R$ 170,5 bilhões, será necessário um contingenciamento de R$137,9 bilhões, o que poderá provocar a paralisação da máquina.
A petelândia torce para que Temer caia da bicicleta. Por isso, farão o diabo para não permitir que o Presidento ganhe uma espécie de "cheque especial" para segurar seus 180 dias de interinidade. Estão previstos novos vazamentos seletivos contra integrantes temerários da equipe de Temer. O problema é que pau que dá em Chico Buarque também dá em quem não tem a santidade política de um Papa Francisco. A Lava Jato também vai criar ainda mais problemas para os petistas e comparsas próximos.
A previsão do tempo é que muita gente ruim passe um inverno super gelado na tal República de Curitiba. Dizem até que já tem gente treinando para tomar banho geladinho... A Lava jato 30 está em andamento... Tem mais...
Confira a terceira edição de segunda-feira: Temer prepara a venda do Brasil a preço de banana
Releia a primeira edição de ontem: Militares exigem Justiça
Sucessão perfeita
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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
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- © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 24 de Maio de 2016.
Posted: 24 May 2016 03:37 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
JUquinha, venha Cá!
De chuchu beleza a juju tristeza.
Pobre romeiro cuja romaria faz que gente de Roma ria!
Reze para que "delimitar" não vire de militar.
Agora não é só meu boi que espalha merda. Há vários auxiliares.
Benditas gravações que enchem de esperança nossos corações.
"Isso não fica assim !". Claro que não; vai feder muito mais !.
Nada a temer de um homem probo que quer se afastar de um ogro.
"Seu machado, dona enxada foi-se".
Nunca merdandantes na história deste país estiveram de quarentena.
Agora o bigode terá "cheirinio de fadô".
Haverá reações em cadeia. E detê-las ninguém se atreve, porque a arte é longa e a vida breve.
Pelo menos na Alemanha já é conhecida a manha.
Artista merqueltrefe não ganha prêmio em Cannes. Talvez em cana: um peixinho vermelho no aquário; presente de um povo otário.
Enquanto isto, dona Onça...
(Xiiii! Lá vem o chato que pensa ser ela a única a consertar a república desengonçada !)
A faute de mieux on couche avec sa femme.
"Et je m'en vais au vent mauvais qui m'emporte deçà, delà, pareil à la feuille morte".
- Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 24 May 2016 03:36 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Renato Sant'Ana
O quanto cristãos podem aprender com seus livros sagrados? Sempre me
impressionou uma passagem do Velho Testamento: o povo judeu, depois de, sob a liderança de Moisés, fugir do cativeiro e errar pelo deserto (durante 40 anos, como se lê em Êxodo), queixava-se lamurioso, dizendo "Oxalá tivéssemos sido mortos pela mão do Senhor no Egito, quando nos assentávamos diante das panelas de carne e tínhamos pão em abundância!"
Era a velha mentalidade de escravo. Com os apertos da vida no deserto, a memória evocava a sensação boa dos momentos em que a fome era saciada, esquecendo a humilhação, as privações e todo o sofrimento do cativeiro.
É uma inclinação, em maior ou menor medida, de todos nós, humanos: sentindo fraqueza diante das agruras do presente, tendemos a buscar refúgio no passado, filtrando memórias e nutrindo lembranças distorcidas. E, assim, omitindo o que foi ruim e idealizando o que foi bom, criamos no imaginário a fantasia de um bem-estar que excede a realidade. Disso fala o texto sagrado. Mas quantos conseguirão abstrair a verdade ali exposta?
Pois não passará muito tempo e veremos essa inclinação ser confirmada por alguns que, professando a fé cristã, hoje celebram a queda do PT. São pessoas que têm razões para repudiar a ideologia petista, sobretudo pela degradação de certos valores que consideram essenciais, os quais são deliberadamente desrespeitados pelo PT. Mas quando, daqui a pouco, sobrevierem frustrações - e Michel Temer parece ter grande aptidão para frustrar expectativas -, vão olhar para trás e enxergar com inusitada simpatia o governo que se arredou do poder. As promessas utópicas dos ausentes, as crenças forjadas por marqueteiros e as versões urdidas pela demagogia serão confundidas com um cenário de bonança que nunca existiu.
É a fantasia de uma felicidade extraviada. Vão esquecer o autoritarismo, a intolerância, a corrupção, o desmantelamento da economia, a insegurança jurídica, o aparelhamento do Estado, a imposição ideológica na educação formal (com o acréscimo da interferência estatal naqueles aspectos da formação da personalidade que competem à família), a prática contumaz da incitação ao ódio, a mentira como método e até a vulgaridade detestável de governantes inqualificáveis. É previsível, portanto, que haverá quem apague da memória o comportamento de um governo que caiu de podre - oxalá, em definitivo. Sim, desse modo vão proceder muitos que, de hábito, leem o livro sagrado.
Pois bem, apesar do título, este não é um texto profético: é só uma previsão baseada no conhecimento das debilidades humanas. Agora, muito cuidado! Que o comportamento ora descrito não se confunda com a necessária e desejável crítica aos tropeços governamentais.
É uma questão de postura: podemos ser viscerais (enxergando a realidade a partir de nossas conveniências particulares) ou racionais (dados à análise, à ponderação, à solidariedade e ao agir responsável).
No que narra o Velho Testamento - linguagem metafórica -, os hebreus vagaram por 40 anos no deserto até conquistarem propriamente a liberdade. Penaram, mas aprenderam. De quantos anos necessitarão os brasileiros para alcançar o país sonhado? E que país queremos nós?
"Quem não sabe o que procura não percebe quando encontra", dizia Augusto Comte. Com efeito, nem todo mundo sabe o que quer. Nem todos sabem o que buscar. Seria arbitrário, em qualquer hipótese, pretender apontar aquilo que atenderia as expectativas do imenso e variado número de pessoas que compõem o país. Pode-se, contudo, assinalar algo que ninguém de sã consciência desprezaria: sem dúvidas, todos quererão viver num país com liberdade e abundância. Como alcançar essa meta? Como fazer que exista uma clara e generalizada consciência de que esse "estado de bem-estar" tem um custo, qual seja, o de cada um assumir responsabilidade, exercitar autonomia e ter a iniciativa de solucionar seus problemas em vez de aguardar a tutela do Estado ou a aparição de um "salvador da pátria"?
Uma coisa é certa: enquanto os brasileiros esperarem por um Moisés que conduza o povo através do deserto moral que infelicita o Brasil, não haverá a nação feliz a que, de algum modo, todos aspiram.
- Renato Sant'Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito
Posted: 24 May 2016 03:35 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Henrique Abrão
O Brasil atravessa um momento tenso e ao mesmo tempo intenso na sua modernidade e jovialidade democrática, pipocam todos os dias escândalos que desnorteiam a governabilidade e colocam em risco o funcionamento do mercado, impactando na economia e nos aspectos confiança e credibilidade.
O melhor seria despolitizar os meandros do poder e colocar a gestão pública nas mãos do conhecimento, da ciência e de pessoas capazes, o critério da meritocracia, com isso ganharemos qualidade e eficiência reduzindo em muito o terror da corrupção que nos enlameia e traz a pecaminosa idéia da falta de agentes públicos que ostentem moralidade, ética e decência.
A presença de velhos coronéis envergonha a todos e nem bem começaram os acesos debates para o pleito municipal de outubro. Eis que temos os antigos políticos já no quadro septuagenário e octogenário, somente comprovando que os mais jovens não tem acesso ou possibilidade de lançar suas próprias candidaturas, ante o fator hermético dos partidos políticos.
A presença de 35 deles na democracia é um sinal que nada funciona. Deveria a maioria ser extinta pela disfunção e também ao tempo por causa da corrupção,com isso abririam oportunidades para que os cobertos pela ficha limpa dedicassem tempo para a Nação. Bom exemplo vem da Itália que vota suas reformas e nela o representante local também terá assento no parlamento, o que indica em termos de Brasil a desnecessidade do modelo bicameral e da quantidade de políticos.
Nessa visão, teríamos a projeção unicameral e uma parte dos deputados estaduais conservaria a representação federal, sem a necessidade de mantermos no congresso,parlamento único,matéria estranhas ao ambiente e votação pelas lideranças o que desserve a democracia. O governo interino sofre uma luta intestina daqueles inconformados pela derrubada, acusam o golpe e não aceitam o impedimento.
A única maneira de se combater a discórdia que está disseminada é lançar nomes competentes de pessoas idôneas sem mácula ou qualquer nesga em relação à corrupção. O momento é oportuno e a conjugação de esforços ainda maior, se o político comanda a pasta seus subordinados ficarão sem livre arbítrio e cairão na armadilha do congelamento da tecnologia pela indicação política.
O novo governo tem jovens inexperientes e a formação é um concerto estabelecido para se ganhar a maioria em ambas as casas, mas é muito pouco, temos tempo razoável para ambicionarmos o melhor. O governo de há muito está recuado, acuado e nas lonas, com o déficit e não arrisca nada absolutamente. Uma parte do volume de reserva, considerada intocável poderia servir de mote para reconstrução do Brasil em ruínas e melhoria do emprego,trabalho e produção.
A fórmula matemática precisa não existe e continuaremos tateando entre as experiências e as denuncias que não cessarão em momento algum. Governo provisório percorre o caminho de acreditar na inocência mas não pode tergiversar. Estamos numa etapa periclitante da vida nacional e qualquer erro será nocivo. A população e a sociedade civil entendem que o limite está esgotado e nada mais querem exceto uma revolução na política e uma metamorfose nos políticos.
Que o governo atual se lembre de despolitizar, descorromper e passe ao desenvolvimento, com políticas de crescimento e o estancar da sangria de gastos públicos, já que o Estado brasileiro se mostrou incapaz e ineficiente frente aos compromissos assumidos nas urnas.
- Carlos Henrique Abrão, Doutor em Direito pela USP, é Desembargador no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Posted: 24 May 2016 03:34 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Ipojuca Pontes
Numa orquestração típica de quem suga há décadas, de forma parasitária, os cofres públicos - e, muito pior, de quem procura embotar noite e dia a alma da nação com a criminosa propaganda ideológica vermelha -, a parte mais ruinosa da chamada "classe artística", porta-voz da melopéia lulopetista (comunista) tramada no bunker do mafioso Instituto Lula e coordenada nos fundos dos do Palácio da Alvorada, passou a encarar o impeachment da nociva Dilma como "golpe" e a fusão do malfadado Ministério da Cultura ao Ministério da Cultura como um "retrocesso".
Sim, é nocivo, mas é real: na base do histerismo irracional, a corporação parasitária quer acuar, a um só tempo, a correta decisão de Michel Temer, o intimidado Ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho e, por último, porém não menos importante, mais de 80% da população brasileira revoltada com a corrupção, a miséria, o desperdício, a safadeza institucional, a vagabundagem bem remunerada e o paquidérmico Estado socialista fomentado pela quadrilha (ora desorganizada) petista.
O Ministério da Cultura - criado em pelo coronel Zé Sarney, uma figura sob todos os pontos de vista lamentável - é um caso clássico de "avanço, para trás". Ele representava no Brasil oficial, até então, a manutenção da mais agressiva forma de aparelhamento do Estado para usufruto de uma casta privilegiada de "señoritos" que se diz à procura de uma controversa "identidade nacional" cacarejada em torno do chamado "multiculturalismo", mistifório marxista para fermentar o acirramento da luta de classes.
O fato concreto é que o extinto MinC, para a grande maioria da sociedade brasileira, valia, exatamente, o peido de uma gata. Em resumo, basta verificar: com o aparato oficial não se criou sequer um arremedo de mercado nem se fez, como era alardeado, qualquer tipo de inclusão da massa espoliada. Tudo não passava de propaganda (cara) enganosa!
(Lembrete irônico: quanto o MinC se fez projeto, em meados de 1985, comunistas tradicionais como Antonio Callado, Moacir Werneck de Castro e Leandro Konder, entre outros, redigiram um manifesto protestando contra a sua criação. Eles temiam que o monstruoso aparato fosse manipulado pela "turma da direita" (seguiam, claro, o mote canalha de Lênin: "Acuse-os do que você é ou pretende fazer").
Eis o fato escandaloso: sem considerar juros nem correção monetária, o Minc jogou pelo ralo, nos últimos tempos, por baixo, mais de um (1) trilhão de reais. Repito: mais de um trilhão de reais. No seu rastro, se expandiu uma pesada burocracia cultural em conluio com a casta de serviço empenhada em usurpar a grana do Estado (leia-se contribuinte) para a consecução de projetos pessoais, inexpressivos, muitos vergonhosos e/ou politicamente ideologizados.
Embora vivesse afogado na divulgação de programas de pura marquetagem, pontos de cultura, editais afirmativos, etc., o Ministério da Cultura petista funcionava, na prática, como um vertiginoso mensalão para cooptar medalhões e medalhinhas da área e manter a peso de ouro uma entranhada burocracia militante no espaço perdulário da cultura oficial. Um horror!
Tudo acima mencionado é mais do que sabido e pressentido pela sociedade brasileira que foi às ruas gritar contra a corrupção e exigir a queda de Dilma, de Lula e do PT. Salvo os sanguessugas do "Estado forte", beneficiários do festim que levou o Brasil ao buraco negro total, ninguém em sã consciência aguentava mais o rojão. A bolha secou em meio a insolvência geral.
Bem, se o Império do Mal foi derrubado, qual o problema?
O problema é que os vossos políticos, muitos deles ignorantes, se curvam diante da palavra "cultura" incensada pela mendacidade da onda vermelha. Nem Lula - o Ogro Pilantrópico - nem Renan Calheiros – o Campeão da Lava-jato - jamais entraram num teatro e, pelo que se sabe, a cultura do indiciado presidente do Senado é a cultura do gado, por sinal, inexistente. Cultura, vale dizer, não tem nada a ver com órgão oficial de governo e suas patranhas. Ela deve ser entendida como a tradição de normas de condutas aprendidas e que nunca foram "construídas" – o que nos remete à questão de que a evolução cultural não é só fruto da criação consciente da razão. Mas como explicar isso a essa gente sem fazer, antes, o haraquiri francês?
O temor, em suma, é que, pressionado pela mídia esquerdizante, o inseguro governo Temer "avance, para trás" e sacrifique ainda mais a população estuprada. Desde já, ele precisa saber que Caetano Veloso (o intelectual de miolo mole, no dizer de Merquior), Gil, Chico Buarque, Barreto, Fernanda Montenegro et caterva são, direta ou indiretamente, beneficiários do festim e não têm nenhuma responsabilidade com o possível soerguimento econômico e político da nação. Eles já se manifestaram "contra o golpe" e são aliados da desonesta Dilma Rousseff, marionete de Lula, do PT e do projeto "socialista bolivariano" de Fidel Castro - este, sim, um atraso abismal.
PS Será necessário, ainda uma vez, colocar milhões de pessoas nas ruas para que a sociedade brasileira reafirme que não quer mais pagar o festim diabólico do aparelhado MinC?
Ipojuca Pontes é Jornalista, Escritor, autor teatral e cineasta.
Posted: 24 May 2016 03:31 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arnaldo Jabor
A mão de Marinho embolsa três mil reais. Lula e Dilma sujam as mãos de petróleo (em todos os sentidos). A mão de Marinho apontando para o mensalão. Jefferson cantando ópera. Jefferson e Dirceu em duelo no Congresso: "Sai, Dirceu". Lula dá entrevista em Paris sem saber de nada.
Erenice Guerra ri com todos os dentes na Casa Civil. Carlos Lupi, ex-faxinado, beija a mão de Dilma: "Eu te amo, Dilma!". O olho roxo de Jefferson. Mantega sorrindo: "Temos uma nova matriz econômica". Flash para a frente: 11 milhões de desempregados marcham pelas caatingas e pampas. A refinaria de Pasadena, lata velha enferrujada com dístico: O Petróleo é Nosso (i.e. do PT). A folha de papel que Dilma não leu — preço: 1 bilhão e duzentos milhões de dólares. Outras refinarias: Abreu e Lima (de oito para 20 bilhões), sócia do Chávez, que deu calote. Rosto do "cumpanheiro" Chávez no imenso retrato que Maduro deu a Dilma. Passarinho canta no ouvido de Maduro. Um Land Rover novinho com a estrela do PT. O jardim do Alvorada com estrela do PT. O substantivo inventado para o povão entender: presidenta. Joaquim Barbosa dá porradas na trêmula figura de Lewandowski. Delúbio fazendo o V da vitória. Bolsonaro faz saudação fascista. André Vargas, Dirceu, Genoino fazem a saudação comunista. Marco Aurélio Garcia bate as mãos fechadas para a oposição, toc toc toc. A deputada Angela Guadagnin do PT dança rock na Câmara. A cara de profunda seriedade de Delcídio do Amaral na CPI dos Correios. A cara de Delcídio em desespero dentro do banheiro, arrependido, se esbofeteando no espelho. Os cabelos brancos de Delcídio, os negros cabelos de Lobão organizando o Eletrolão, que vem aí. O penteado da Dilma, crista de galo trêmula sobre seus olhos luzindo de delirantes certezas absolutas. Dilma emagrecendo sem parar — fome zero? Dilma andando de bicicleta com capacete de frango da Sadia na imensa solidão de Brasília. Lula com chapéu de cangaceiro dançando xaxado, sem saber de nada, nunca. Lula na alegria roceira das festas caipiras obrigatórias, com ministros constrangidos de chapéu de palha. Duzentos mil dólares rolam de dentro de uma cueca. "Essa cueca não é minha! Só uso zazá!" Rui Falcão e seu triste rosto com saudades dos bons tempos soviéticos. Stédile berrando: "Façam filhos; eles vão conhecer o socialismo!". MST arrasa agroindústria — a alegria de mulheres de rosto tapado destruindo laboratórios. Foto do passado: mão de petista planta "vassoura-de-bruxa" em Ilhéus e acaba com a "reacionária produção de direita" de cacau. Corpo caído de Celso Daniel que, conforme versão oficial, suicidou-se. Oito testemunhas do suicídio de Daniel mortos um a um. Frase de Trotsky: "Quem disse que a vida humana é sagrada?". Coincidência. As carantonhas de negaças: "Não, não fui eu, mentira indigna, minha honradez, meus filhos, são aleivosias contra minha vida sem mácula, nunca, jamais". Nunca ninguém assumiu nada. Quando veremos um cara berrar: "Sim, eu sou um canalha!". Só o herói Jefferson o fez, salvando o Brasil. Brasília é um santuário, deputados pendurados na catedral, junto aos anjinhos de Ceschiatti. O rosto de Dirceu envelhecendo em slow motion — pena do Dirceu. Rosemary Noronha deita a cabeça no ombro de Lula, que não viu nada — "quem será essa mulher com a cabeça no meu ombro?". Maluf abraçado em Lula passa a mão carinhosamente no rosto de Haddad. Dilma se abraça com Collor. Um Lamborghini amarelo flutua sobre os jardins da Casa da Dinda. A barriga imensa do Ricardo Pessoa da UTC rolando em Brasília, a corrupção estampada na roupa e na barriga, conduzido pelo japa bonzinho.
Os rostos pálidos dos denunciantes, eles mesmos impressionados com a bacanal que promoveram no país. O olho de Cerveró girando em busca de nosso futuro caolho. A progressiva evidência de que não há inocentes; todos são cúmplices. Políticos de cuecas nas bacanais na casa da mãe Joana, com a cafetina ameaçando: "se algo me acontecer, as agendas serão abertas...". Os sobrinhos de Lula, os amigos dos filhos de Lula, os pedalinhos de Lula, as escrituras laranjas de Lula. E as pedaladas de bilhões? Grandes propinas seguem a máxima famosa de Quércia: "dez por cento é pra garçom". O pobre Joaquim Levy, vagando como um padre triste tentando organizar o orçamento. O ousado chiclete na boca de Monica Moura (Santana), sorrindo e mascando com a certeza de que nunca iria em cana. Foi. A foto de Lula no apartamento tríplex, discutindo a decoração com Leo Pinheiro, presidente também da nova ala da empresa: "OAS — Casa e Decorações". Pátios de indústrias fechadas, balcões vazios. Temer à beira de um buraco de 170 bilhões de reais, com o Cunha agarrado no seu pé. As sete vidas de Eduardo Cunha, mandando na Câmara de longe, com sua extraordinária personalidade, que é caso para estudos clínicos de psicopatia. Imensas latas de carne enlatada que Cunha vendeu na Suíça, de porta em porta. Cunha e a importância para historiadores do futuro por seu grande mérito: sintetizou, escrita no próprio corpo, a história da trágica chanchada brasileira. Cunha chegará ao argumento final de defesa: "Eu não sou eu!". Panelas batendo. A bunda da miss Bumbum sambando no Ministério do Turismo. Será que fazem de propósito para nos escandalizar? E a incrível invasão dos pixulecos, a maior dor para o narcisista Lula, que sempre sonhou com sua ex-imagem futura perfeita e que hoje pode ir em cana.
E os palavrões sonoros nas escutas? E o papelzinho para nomear Lula para a Casa Civil? E a emocionante dedicação, a ardorosa defesa que José E. Cardozo fez da presidenta em agonia? E Lula, no discurso da saída de Dilma, ao fundo, imperceptível, quase tapando a cara para não ser visto?
E tudo culmina na imagem de um imenso bigode atrás do qual se pendura um ogro medieval, a patética figura de nossa ignorância secular: o brasileiro real Waldir Maranhão.
Será que dá para salvar alguma coisa, ou nosso destino é realmente o brejo? Que será que vai nos acontecer? Provavelmente, nada. E minha vida vai passando... Ainda bem que vou morrer um dia e não verei mais essa merda.
Arnaldo Jabor é Cineasta e Jornalista. Originalmente publicado em O Globo em 24 de maio de 2016.
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