Lourdes e suas aparições: “O que dizia Santa Bernadette quando falava com as pessoas?” plus 1 more
O que dizia Santa Bernadette quando falava com as pessoas?
Posted: 17 Nov 2015 11:30 PM PST
Composição artística das aparições
Santa Bernadete não deixou quase nada escrito.
Mas os arquivos do convento de Saint-Gildard, em Nevers, onde viveu como irmã com o nome religioso Marie-Bernard, conservam as atas do processo canônico e os testemunhos reunidos naquela ocasião.
Os testemunhos foram recolhidos entre as religiosas e todos os que tiveram contato com ela, sobretudo nos anos que passou no convento, entre 1866 e 1879.
São lembranças, pequenos casos, episódios, respostas que ficaram impressas na memória dos interlocutores.
Desse material heterogêneo, o convento de Saint-Gildard, graças ao trabalho de pesquisa do Pe. René Laurentin, extraiu o conteúdo para um pequeno livro, publicado na França em 1978 com o título Bernadette disait... ["Bernadete dizia..."]
Reproduzimos a seguir uma pequena antologia de passagens do livro, da qual emerge a personalidade de Bernadete e sua maneira simples e profunda de viver a fé cristã.
Reproduzimos os testemunhos na ordem cronológica, a mesma usada pelo livro, mencionando em alguns casos o contexto do episódio descrito, para facilitar sua compreensão.
Lourdes 1858
1858
Janeiro
Quando Bernadette era pastorinha em Bartrès.
"Diga a meus pais que aqui eu fico triste. Quero voltar a Lourdes, para ir à escola e me preparar para a primeira comunhão".
No período das aparições
21 de fevereiro
Depois da sexta aparição, saindo da sala do comissário Jacomet:
"Por que você está rindo?", perguntam a ela.
"O comissário tremia. O enfeite do seu quepe fazia tim-tim".
Imagem de Santa Bernadette em Bartrès onde foi trabalhar de pastorinha.
23 de fevereiro
"Um rio de gente corre pra cá por sua causa!".
"Mas eles vêm por quê? Com certeza não sou eu que vou lá buscá-los!".
24 de fevereiro
"Como foi que ela falou com você? Em francês ou em dialeto?".
"Ah! Essa é boa. Vocês querem que ela fale comigo em francês? Acham que eu sei francês, por acaso?".
25 de fevereiro
Durante a nona aparição, Bernadete ouve repetidas vezes:
"Penitência... Penitência... Penitência...".
No final, acontece este diálogo:
"O que foi que ela lhe disse, afinal?"
"Vá beber na fonte e se lavar."
"E o capim que você comeu?"
"Ela me pediu isso também..."
"O que ela lhe disse?"
"Vá comer o capim que nasce lá."
"Mas são os animais que comem capim!"
"Mas por que toda essa agitação hoje? Ontem, Aquilo me disse para beijar a terra como penitência pelos pecadores".
"Mas você não sabe que acham que você é louca por fazer essas coisas?".
"Pelos pecadores".
25 de março
Bernadete levanta muito cedo e se veste:
"Tenho de ir até a gruta. Andem logo, se quiserem me acompanhar".
"Pense só um pouco, isso vai lhe fazer mal...".
"Já estou curada".
"Espere ao menos o sol nascer!".
"Não, eu tenho de ir, e logo".
Na gruta, diante da aparição:
"Senhorita, poderia ter a bondade de dizer-me quem é, por favor?".
Afastando-se da gruta, Bernadete riu:
"Você ficou sabendo de alguma coisa?".
"Não diga a ninguém, mas Aquilo me disse: 'Eu sou a Imaculada Conceição'".
Cartão postal da época
27 de março
Exame médico realizado por três doutores:
"Você sente dores de cabeça, às vezes?".
"Não".
"Já teve alguma crise nervosa?".
"Nunca".
"Mas a sua saúde parece precária".
"Eu como, bebo e durmo muito bem".
Durante o exame médico, falando sobre a Virgem:
"Claro que sim, eu a vejo como vejo vocês. Ela se move, fala comigo, estende os braços".
"Você não fica com medo quando vê tantas pessoas ao seu redor?".
"Não vejo nada ao meu redor".
Maio
Bernadete corre o risco de ser presa novamente:
"Não tenho medo de nada, pois sempre disse a verdade".
4 de junho
No dia seguinte à primeira comunhão de Bernadete, Emmanuélite Estrade pergunta a ela:
"O que a fez ficar mais feliz: a primeira comunhão ou as aparições?".
"São duas coisas que caminham juntas, mas que não se podem comparar. Fiquei muito feliz com as duas".
16 de julho
Última aparição. Ao cair da tarde, Bernadete se sente impelida a ir à gruta:
"O que ela lhe disse?".
"Nada".
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Santa Bernadete e a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
Posted: 11 Nov 2015 12:09 PM PST
Notre Dame des Eaux, nos fundos do convento de St Gildard, Nevers. Segundo Santa Bernadette era a imagem que mais lhe fazia lembrar as aparições.
A respeito de Nossa Senhora de Lourdes, na biografia de Mons. Francis Trochu "Santa Bernadette Soubirous, a Vidente de Lourdes" (Ed. Herder, Barcelona, 1958, 2ª ed.), tiramos alguns dados que falam da devoção de Santa Bernadette a Nossa Senhora:
[Para Santa Bernadette] A devoção à Santíssima Virgem tinha que ser particularmente terna e particularmente filial.
Maria, seu ideal vivo, ocupava em seu coração um lugar muito próximo a Nosso Senhor, declarou sua enfermeira, Soror Marta (...).
Tinha que ouvi-la quando recitava a Ave-Maria! Que acento de piedade, especialmente quando pronunciava as palavras "pobres pecadores".
Quando dizia "Minha Madre Celestial", não podia dizer mais.
Alguém se atreveu a perguntar-lhe se a lembrança da aparição se tinha apagado em sua memória.
— "Apagado?" exclamou com tom de censura. "Oh, não, jamais".
E levando sua mão direita sobre a fronte dizia:
— "Está aqui".
Teria que fazer-nos, lhe sugeriu uma companheira, uma descrição de como era a Virgem, posto que a senhora sabe como era ela.
—Não poderia nem saberia fazê-lo, foi a única resposta que deu. Eu para mim não necessito. Eu a levo no meu coração.
A devoção mariana encheu, de certo modo, toda a sua vida.
Tinha necessidade de meditar sobre a Virgem. Via Maria em tudo e por tudo, com seu coração e seu entendimento.
Nunca para uma alma religiosa, a oração de simples vista podia ter sido coisa mais desejada.
Quando rezava à Santíssima Virgem, atesta Soror Gonzague Cointe, parecia ainda que a estava vendo.
Quando alguém lhe pedia que alcançasse alguma graça, imediatamente respondia que pediria à Santíssima Virgem.
Arrebatada pelo Cântico dos Cânticos em sua honra, informa um grande servidor de Maria, Soror Maria Bernarda [nome religioso da santa] se comprazia em louvá-la, fazê-la conhecer, amá-la e servir.
Esforçava-se por imitar suas virtudes, especialmente sua humildade e sua renúncia.
Dedicou-se para sua devoção, a compor acrósticos. Encontraram-se oito da própria mão dela, numa folha solta, que tinha esse titulo:
Maneira de escrever no seu coração o nome de...
Mortificação,
Amor,
Regularidade,
Inocência
Abandono.
No dia da Assunção, na Capela, a Madre Henri Fabre, que estava situada um pouco distante de Soror Maria Bernarda (nome religioso da santa), de modo que lhe era fácil poder observá-la, contou:
"Às palavras do canto 'es mi Madre, eu vejo', eu a vi como se ela tivesse sido arrebatada com comoção e alegria".
Toda sua vida desfiou o Rosário como tinha feito em Lourdes. O Rosário era sua devoção preferida, disse uma superiora geral.
Mais de uma vez, na enfermaria, a Irmã Gonzague Cointe alternou as Ave-Marias com ela.
Então, recorda essa irmã, os olhos escuros, profundos e brilhantes de Bernadette se tornavam celestes; o espírito contemplava a Virgem; parecia como se estivesse vendo esta.
Pela noite, quando se ia dormir, recomendava a uma companheira:
— "Toma o Rosário e durma rezando. Farás o mesmo que fazem as crianças pequenas que adormecem dizendo 'mamãe, mamãe'".
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