Alerta Total
Tio Sam se aproxima de Temer - alvo de intrigas
Temer tenta agendinha positiva para deixar de ser refém da crise política e da sede parlamentar por cargos
A Justiça de Lucifer
A Beleza da Desinformação (1)
Sun Tzu
Virando a casaca, Delfim?
É Hora de Governar
Vão mexer no Queijo?
Posted: 30 May 2016 04:30 PM PDT
2a Edição atualizada do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Michel Temer começa a ser alvo de ataques mais duros para queimar seu filme no curto prazo. Foi para detonar Temer, sem perdão, a divulgação, pelo Estadão, de que seu filho Michelzinho, de apenas sete anos de idade, figura como proprietário de dois conjuntos comerciais que abrigam o escritório político do pai. Os imóveis estariam avaliados em R$ 2 milhões.
O problema levantado pela revelação é que os imóveis, na Declaração de Rendimentos de Temer à Justiça Eleitoral, em 2014, estavam avaliados em apenas R$ 190 mil. A doação para Michelzinho ocorreu como forma de "antecipação de herança". Temer certamente terá problemas para explicar tanta diferença entre o valor declarado anteriormente e o atual. É mais uma aporrinhação de surpresa para o Presidento interino.
Se Temer toma pancada aqui dentro, lá fora fica mais forte. A nova Secretária de Estado Adjunta para a América Latina, Mari Carmen Aponte, viajará dia 2 de junho a Brasília, como a primeira alta funcionária do governo dos EUA que terá uma conversa "téte-a-téte" com Michel Temer. Até agora, a administração Barack Obama não estabeleceu uma comunicação direta, oficial, com o Presidento Interino do Brasil. Oficialmente, ela vem falar de olimpíadas e do combate à zika. Extraoficialmente, o papo será sobre impeachment da Dilma e a situação na Venezuela. Outro tema bomba, não declarado, da pauta: Lava Jato...
Um protesto de servidores do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle - que desejam o retorno do título Controladoria Geral da União (CGU) - e a pressão da mídia e nas redes sociais facilitaram que Fabiano Silveira se visse forçado a pedir exoneração. Funcionário de carreira do Senado, e ex-membro do Conselho Nacional de Justiça, por indicação de um padrinho fortíssimo chamado Renan Calheiros (cuja posição política se torna insustentável por problemas judiciais), Fabiano deveria ter sido afastado imediatamente pelo Presidento Temer após por ter sido apanhado, nas gravações indiscretas de Sérgio Machado, fazendo críticas à Lava Jato e, aparentemente, ensinando ao padrinho Renan e a Machado como lidar com as denúncias do Ministério Público Federal. Foi mais um ministro de Temer que rodou...
Agora, o pavor geral em Brasília é com as delações premiadas coletivas dos executivos das empreiteiras Odebrecht e OAS, que tendem a gerar danos políticos mais graves, sobretudo aos políticos do PP e PMDB, do que as delações seletivas da turma da Andrade Gutierrez. Novamente, é a Lava Jato quem dita os rumos da política e, por extensão, do que os políticos fragilizados podem fazer com uma economia combalida.
A previsão é que o Brasil sentirá uma temporada prolongada de estresse e incertezas.
Reveja a primeira edição desta segunda-feira: Temer tenta agendinha positiva para deixar de ser refém da crise política e da sede parlamentar por cargos
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Jurando o retorno
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- © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 30 de Maio de 2016.
Posted: 30 May 2016 03:44 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A terceira semana do governo interino de Michel Temer promete ser tensa politicamente e repleta de negociações complicadíssimas. O mercado já começa a encarar, com um ceticismo crescente, a capacidade da equipe de Temer em reverter as expectativas negativas da economia no curto e médio prazos. Todos já perceberam que o mundo da politicagem vem abaixo, afetando aliados de Temer, a cada bombástica divulgação de alguma gravação ou delação premiada da Lava Jato.
A situação do presidente do Senado, Renan Calheiros, é insustentável. É muito complicado tolerar que a agenda do judiciário fique dependente da nada consistente agenda de soluções políticas e econômicas. Prevalece o consenso de que a Operação Lava-Jato não tem como ser parada por instituições ou armações políticas. A previsão é de que a caça aos corruptos - hoje uma demanda da maioria da sociedade brasileira - vá se intensificar. Os estragos políticos, no curtíssimo prazo, vão afetar a economia - combalida pelos problemas estruturais brasileiros, agravados pela desastrosa gestão petiista que sonha em retornar, mas não vai...
A desconfiança do mercado é agravada por um fato bem objetivo. Na prática, até agora, o governo provisório só obteve autorização do Congresso para aumentar despesas, não para cortá-las. O tamanho e o volume da tesourada é que complica um consenso no curto prazo. A polêmica reforma da Previdência não sai do papel tão cedo. Dificilmente, o Congresso discutirá qualquer coisa mais séria antes de novembro.
O cronograma previsível é de improdutividade parlamentar - e para lamentar. Entre junho e julho, existem as festas juninas e o recesso. Parlamentares fogem de Brasília como o diabo foge da cruz. Até agosto, vai rolar a novela do impeachment da afastada Dilma. Em agosto, tem a Olimpíada no Rio de Janeiro. Em setembro e outubro, todos só vão querer saber das eleições municipais (complicadas sem a irrigação de grana fácil das empreiteiras). Ou seja, o País seguirá paralisado na maior crise econômica de todos os tempos.
Tem outro complicador político. O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), evidente aliado de um Eduardo Cunha que não foge nem sai de cima, encontra muitas dificuldades para combinar os conflitantes interesses do PMDB, da chamada "nova situação" (PSDB, DEM e PPS) e o famoso "Centrão" - formado pelos partidos com fúria fisiológica e repletos e parlamentares suspeitos ou acusados de crimes contra a administração pública. Aliados pressionam pela distribuição de cargos a indicações políticas para o segundo escalão. As maiores pressões vêm do PP, PR, PRB e PTN. Tudo fica mais complicado "nas bases" porque a equipe econômica resiste a aceitar a suspensão por um ano do pagamento da dívida dos Estados, como pedem os governadores.
Temer precisa de resultados no curtíssimo prazo. Por isso, pretende se reunir nesta segunda-feira com o secretário de Governo, ministro Geddel Vieira Lima, e os líderes governistas para discutir uma "agenda positiva" que vai enviar ao Congresso. O Presidento gostaria de incluir na pauta de bondades a reposição salarial de servidores da União prevista no Orçamento de 2016, que está parada na Câmara. Mas enquanto isso não é viável - e porque vai gerar mais gastos -, ele vai surfar na tragédia do momento: o estupro coletivo no Rio de Janeiro. Por isso, Temer vai mandar ao parlamento um pacote de combate à violência contra as mulheres. Sempre é mais fácil "jogar para a galera"...
Quem tem proposta alternativa para educação é Henrique Meirelles. O Ministro da Fazenda pretende sugerir um sistema de "vouchers" a ser usado como complemento na educação básica e universitária no Brasil. Meirelles acredita que o mecanismo, no qual o governo reembolsa parte dos gastos dos cidadãos em redes privadas, pode melhorar o acesso à educação e elevar a qualidade das escolas no País. Já o financiamento da reforma da Previdência tem uma ideia polêmica defendida pelas principais centrais sindicais. CUT, Força Sindical e UGT - contra a idade mínima e a favor da fórmula 85/95 sem progressividade. Para as centrais, o governo deve elevar a arrecadação para equilibrar o sistema aprovando a legalização dos jogos de azar (um velho sonho que os petistas não conseguiram emplacar). A Igreja Católica é contra... Algumas igrejas evangélicas, que podem perder arrecadação para a jogatina, também...
Antes da agendinha positiva, a prioridade é destravar a pauta econômica. Representantes do governo se reúnem com líderes da base aliada para decidir qual proposta de Desvinculação de Receitas da União, flexibilizando o orçamento com rombo bilionário já aprovado, é a mais adequada e tentar chegar a um acordo. Ainda há resistências da equipe de Henrique Meirelles em aceitar que estados e municípios fiquem desobrigados de efetuar gastos em áreas essenciais do governo, como saúde e educação. Uma proposta do senador Romero Jucá prevê prorroga por quatro anos a desvinculação de 25% das receitas. O texto de Jucá foi aprovado em primeiro turno no plenário da Casa ainda durante o governo Dilma Rousseff. Não há consenso sobre o tema em vésperas de eleições municipais...
De concreto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve enviar ao Congresso a proposta de teto para crescimento da despesa pública, ao qual estarão vinculados os gastos com saúde e educação. Além disso, dentro do interesse direto de negócios do PMDB, o governo quer correr com a análise de alterações a serem propostas para o Código de Mineração. Em outra área delicada, o Conselho de Administração da Petrobras realiza uma reunião virtual para acolher a renúncia de Aldemir Bendine. A presidência da estatal ficará com Pedro Parente, que acumulará a presidência do Conselho de Administração da Bolsa de Valores (a BM&F Bovespa).
Enquanto nada se resolve, a Lava Jato segue no pé da politicagem corrupta do Brasil... Michel Temer não precisa se ajoelhar para Eduardo Cunha, como sugeriu a caída Dilma. Mas, com certeza, Temer tem de ajoelhar e rezar muito... A única coisa bonita para o lado dele é a Marcela - primeira-dama-provisória... O resto está mais feio a cada momento...
Certeza absoluta
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Dilma sem saída
Transparência transviada
Tantas ilusões
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- © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 30 de Maio de 2016.
Posted: 30 May 2016 03:34 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Foi preciso que um dinosauro decrépito dissesse o que todos já sabíamos:
Vivemos a ditadura do judas ciário.
Mais terrível que as outras, procura se disfarçar com atributos angélicos.
De anjo caído, por sua arrogância e insubmissão a Deus.
A República Argentina dela ainda padece. Vejam o depoimento de um descendente de general torturado pelos diabretes:
"Soy abogado, hijo de un General detenido a los 85 años con detención domiciliaria en estos juicios de lesa humanidad. Le dieron detención domiciliaria pero luego de cinco años, cuando cumplió 90 años, paralítico, con Alzhaimer y con 9 informes de los médicos forenses que lo declaraban incapaz para estar en juicio, le revocaron la domiciliaria y lo enviaron a la cárcel de Ezeiza. Los médicos del hospital de ese Penal no quisieron recibirlo por el estado de salud, pero el Tribunal Oral Federal nro. .. de ... lo mantuvo allí. Mi padre en menos de una semana se descompensó, fue trasladado de urgencia a un hospital público, allí tampoco lo quisieron recibir y fue derivado al Hospital Militar. Hasta allí fueron los jueces a ampliarle la declaración indagatoria que fue filmada y en la cual se documenta su extravío mental. Luego de pocos días murió. Los medicos forenses que habían dicho que estaba incapacitado, fueron denunciados por los Jueces diciendo que se habían puesto de acuerdo con la defensa para beneficiarlo. Los militares, los miembros de las fuerzas de seguridad y sus familiares somos los parias de esta democracia. No sabés la repercusión que produce a lo largo del país en todos nosotros, y la emoción que sentimos, por el hecho que periodistas independientes como ustedes recojan este vergonzoso drama que vivimos para darlo a conocer a la opinión pública. Estoy a disposición para darles mucha más información de muchos otros casos que resulta increíble que ocurran en un país civilizado."
Nós nos salvamos, graças a coragem de um brilhante coronel que enfrentou a mentira com a honra combatente digna de Caxias.
- Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 30 May 2016 03:33 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
A maioria dos políticos, das pessoas no mundo acadêmico e da mídia acredita que a DESINFORMAÇÃO é um fenômeno obsoleto da Guerra Fria. Até uma data avançada, como 1986, contudo, a palavra DESINFORMAÇÃO não era listada entre as 300 mil entradas do Webster's New World Thesaurus, ou mesmo nos 27 volumes da New Encyclopedia Brittanica. Acredita-se largamente – e erroneamente – que a palavra é apenas um sinônimo estrangeiro para má informação. Até o software Microsoft Word 2010 sublinha a palavra desinformar e sugere sua substituição por informar mal.
Na realidade, a DESINFORMAÇÃO é tão diferente da má informação quanto a noite é diferente do dia. O ato de informar mal é uma ferramenta oficial de governo reconhecível enquanto tal. Desinformar (isto é, dezinformatsiya) é uma ferramenta secreta de INTELIGÊNCIA, com a finalidade de outorgar uma chancela ocidental, não governamental, a mentiras de governos.
Imaginemos que a FSB (a nova KGB) tenha fabricado alguns documentos como supostas provas de que as forças militares americanas estavam seguindo ordens específicas para mirar casas de oração muçulmanas em seus ataques à bomba à Líbia, em 2011. Se um informe sobre esses documentos fosse publicado em canal oficial de notícias russo, seria má informação, e as pessoas, no Ocidente, poderiam, corretamente, tomá-la com um pé atrás e simplesmente não lhe dar a mínima, vendo-a como propaganda rotineira de Moscou. Se, por outro lado, esse material fosse tornado público pela mídia ocidental e atribuído a alguma organização ocidental, seria DESINFORMAÇÃO e a credibilidade da notícia seria substancialmente maior.
Em abril de 2003 a mídia ocidental foi inundada com centenas de histórias de horror sobre o saque do Museu Nacional da Bagdá. Canais de televisão de todo o mundo mostraram o vice-diretor do museu culpando os americanos por permitirem a destruição de 170 mil itens de antiguidade de milhares de anos. Era DESINFORMAÇÃO. Depois se veio a informar, com credibilidade, que os empregados do museu haviam escondido em lugar seguro os tesouros supostamente saqueados bem antes da Guerra do Iraque, e ao fim das batalhas eles estavam a salvo, sob custódia americana.
Funcionários do museu listaram, depois, apenas 25 artefatos como faltantes. Mas o estrago estava feito. Incontáveis pessoas de todo o mundo ainda se referem às imagens devastadoras dos mostruários vazios que foram rapidamente exibidas em suas telas de tevê, acompanhadas da acusação de que os americanos haviam deixado isso acontecer.
No decorrer da história, vários países, durante tempos de guerra se valeram de várias técnicas para enganar o inimigo acerca de suas verdadeiras intenções. Num extremo está aquele imenso cavalo de madeira construído pelos gregos no segundo milênio A.C. para assegurar entrada à cidade invencível de Tróia.
Em outro extremo está a operação magistral e complicada, criada pela Inteligência britânica em 1944 para fazer os alemães acreditarem que as forças aliadas iriam invadir a França através de Calais, e não através das praias da Normandia, como de fato planejavam. A Rússia se tornou a primeira grande potência que transformou o engano numa política nacional permanente, que viria distorcer todas as facetas da sociedade russa czarista e comunista.
De acordo com os manuais que regulavam, na Romênia, a "ciência" da DESINFORMAÇÃO (e se a denominava específica e orgulhosamente de ciência), ela nascera na Rússia, estava profundamente enraizada em solo russo e na história desse país, e assim permaneceria para sempre. Os manuais ensinavam que, nascida na Rússia do Século XVIII, a DESINFORMAÇÃO era fruto da relação amorosa entre Catarina, a Grande, e o Príncipe Grigory Potemkin, o seu principal conselheiro político e militar.
Em 1787, Potemkin, à época Governador Geral da Nova Rússia (atual Ucrânia), levou a imperadora para um passeio pela Criméia, em cuja anexação, tomando-a dos turcos, quatro anos antes, ele participara. Potemkin fizera com que falsas aldeias fossem erigidas ao longo da rota pela qual a imperatriz passaria. Uma dessas aldeias de fachada, erigida junto à foz do pequeno rio Bug, foi longe, a ponto de dar as boas vindas à imperatriz com um arco triunfal, no qual se lia: "Este é o caminho para Constantinopla".
Não é coisa acidental o fato de que a DESINFORMAÇÃO tenha nascido na Rússia. No Século XVII, o francês Marquês de Custine observou que na verdade "tudo é enganação na Rússia, e a graciosa hospitalidade do Czar, reunindo em seu palácio os seus servos e os servos de seus cortesãos, é apenas mais uma zombaria". Custine também observou – numa linguagem que ate hoje é insuperável – que o "despotismo russo não apenas não se importa com as idéias e sentimentos, como também refaz os fatos, move guerra contra as evidências e triunfa na batalha".
O general Walter Bedell Smith, ex-embaixador americano em Moscou, que escreveu uma introdução à tradução inglesa de 1951 do diário do Marquês, afirmou que a análise política de Custine era "tão penetrante e atemporal que poderia ser chamada de a melhor obra até hoje produzida sobre a União Soviética. Esse livro é, talvez, a análise mais perspicaz de toda a Rússia do Seculo XX".
Há um provérbio que diz que a mentira tem pernas curtas. Isso pode ser verdade em outro lugar, mas na Rússia pós-czarista a DESINFORMAÇÃO se tornou uma política nacional que teve papel imensamente maior na definição do passado e presente do país do que até mesmo Potemkin jamais poderia prever.
A I Guerra Mundial e a nova era que ela trouxe varreram 5 imperadores, 8 reis e 18 dinastias, mas nenhum país passou por maiores mudanças que a Rússia. Quando a guerra acabou, a Rússia parecia uma comunidade de casas portáteis atingida por um furacão. Os novos governantes russos assassinaram o Czar, sua família e sua aristocracia, aboliram as instituições de governo do país, demoliram sua religião milenar, apropriaram-se das terras que pertenciam a russos abastados, confiscaram os bancos e os empreendimentos industriais e mataram a maioria dos seus proprietários. A história, as tradições, os costumes sociais, os valores éticos e tudo o mais da Rússia que significara algo antes da Revolução de Outubro de 1917, foram virados de cabeça para baixo e do avesso, mesmo que só por questão de mudar por mudar.
No entanto, os novos dirigentes comunistas preservaram religiosamente a "ciência da DESINFORMAÇÃO", percebendo que essa ferramenta histórica russa caía como uma luva às suas necessidades. O que o comunismo é, na realidade, é a alteração de mentes. Isso também é a quintessência da Rússia, remontando às aldeias erigidas por Potemkin para alegar prosperidade rural.
Não impressiona que o comunismo, a Rússia e a DESINFORMAÇAO se dêem tão bem.
_________________________________
- O texto acima é o resumo de um dos capítulos do livro "Desinformação", escrito pelo Tenente-General Ion Mihai Pacepa – foi chefe do Serviço de Espionagem do regime comunista da Romênia. Desertou para os EUA em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros, narrando importantes atividades do órgão por ele chefiado, e que influenciaram diretamente alguns momentos históricos do Século XX -, e pelo professor Ronald J. Rychlak - advogado, jurista, professor de Direito Constitucional na Universidade de Mississipi, consultor permanente da Santa Sé na ONU, e autor de diversos livros -. O livro foi editado no Brasil em novembro de 2015 pela editora CEDET.
- Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
Posted: 30 May 2016 03:32 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Roberto Guimarães Carvalho
Caros amigos, Sun Tzu, famoso general, estrategista e filósofo chinês, na sua mais famosa obra, "A Arte da Guerra", brindou-nos com vários ensinamentos. Um dos que mais gosto é: "conheça o seu inimigo como a si mesmo e você ganhará centenas de batalhas".
Lembrei-me dessa frase de Sun Tzu ao ler a Resolução sobre a Conjuntura, do Diretório Nacional do PT, reunido em Brasilia no dia 17/05/2016. É preciso que essa Resolução seja lida com atenção pelos brasileiros bem intencionados, pois só assim vamos realmente conhecer o inimigo, como recomendava Sun Tzu.
É bom lembrar que a batalha contra o PT ainda não está concluída, e precisamos vencê-la.
A Resolução é um primor: insiste na tese do golpe, que só convence, realmente, aos petistas; não reconhece, de forma clara e plena, a culpa dos treze anos de governo do PT pela caótica situação atual do País, em qualquer campo que se queira analizar; não reconhece, também, que aqueles que realmente melhoraram de vida nos dois mandatos do Presidente Lula, voltaram quase que à situação de miséria em que viviam antes, só que agora com o agravante de que estão desempregados; dizem que foram "contaminados" e que precisam fazer uma "autocrítica", o que na verdade não fazem, pois não citam, claramente, a roubalheira e os desvios éticos aos quais o governo do PT se dedicou, com afinco, no período em que exerceu o poder; e, por fim, nem tocam no Forum de São Paulo, o verdadeiro condutor das políticas interna e externa do País.
Chamou-me atenção, em particular, o último parágrafo da página nº 4 da Resolução, que trancrevo abaixo:
"Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de verbas publicitárias para os monopólios da informação".
Ao ler essa frase lembrei-me imediatamente do episódio do famigerado Decreto nº 8515, de 03/09/2015, sobre o qual produzi um modesto texto que encaminhei a alguns amigos por e-mail e que, posteriormente, foi publicado na Revista do Clube Naval (nº 376/2015).
Tal Decreto, apenas para lembrar, delegava competência para o Ministro da Defesa, na época o Sr. Jaques Wagner, editar atos relativos à administração do pessoal militar, incluino nomear, remover, e promover oficiais, sem que estivesse previsto, no texto de Decreto, a subdelegação para os Comandantes das Forças praticarem aqueles atos. Estranhamente, o tal Decreto nº 8515/2015 revogava, entre outros, o Decreto nº 62.104/68, pelo qual os Ministros Militares tinham competência para apreciar, em caráter final, os regulamentos das Escolas e Centros de Formação e Aprefeiçoamento das respectivas Forças. Com a criação do Ministério da Defesa e dos Comandos das Forças, tal competência passou para os Comandantes. No meu texto, chamei isso de misturar "alhos com bugalhos", pois estávamos tratando de administração de pessoal militar e, de repente, surge o Regulamento das Escolas de Formação.
Um outro fato que é bom relembrar é que o tal Decreto nº 8515/2015, foi publicado com a assinatura do Comandante da Marinha, que no momento estava respondendo pelo Ministro da Defesa, em visita à China. Só que o Comandante da Marinha, de acordo com declarações por ele dadas, não assinou o referido Decreto, e nem se lembrava de tê-lo visto.
Na época, o "erro administrativo", nas palavras do Ministro da Defesa, foi atribuído à Chefe da Secretaria-Geral do Ministério da Defesa, a Sra. Eva Chiavon.
Todos os nomes citados são bastante conhecidos e dispensam outras considerações.
Recordo esses fatos pois agora constatamos, ao ler o trecho realçado da Resolução do PT, que eles foram "descuidados" em não modificar os currículos das academias militares e de não implantar o critério do alinhamento ideológico para as promoções de oficiais.
Na verdade eles não foram descuidados. Houve, isso sim, uma forte reação militar.
Agora, ao ser divulgada a Resolução em questão, leio algumas matérias na mídia. A conhecida jornalista Eliane Cantanhêde, na sua coluna do dia 19/05/2016 na Folha de São Paulo, diz que "o PT irrita o Exército". Discordo da jornalista, o PT irrita as Forças Armadas, e não apenas o Exército.
O também conhecido jornalista Merval Pereira, na sua coluna no jornal O Globo, do dia 20/05/2016, tece críticas ao Relatório em questão, relembra o episódio do Decreto nº 8515/2015 e, ao final, diz que os problemas desse último decreto já foram resolvidos. Engana-se o Merval Pereira, pois os problemas não foram resolvidos, mas apenas atenuados. A alteração feita no Decreto nº 8515/2015 diz que está autorizada a subdelegação para os Comandantes. Estar autorizada não significa ordem para subdelegar.
Os Clubes Militares também publicaram uma Nota Conjunta, em 20/05/2016, com o título "Democratas e Nacionalistas", que aborda, com total propriedade o assunto, em especial no que diz respeito à promoção de oficiais com compromissos democráticos e nacionalistas.
Um cordial abraço para todos,
- Roberto de Guimarães Carvalho, Almirante, ex-Comandante da Marinha do Brasil.
Posted: 30 May 2016 03:31 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por João Guilherme C. Ribeiro
Ora, ora, ora! Quem sabe, sabe. Aí, militância antolhada, vocês podem dizer qualquer coisa do Delfim, mas não que ele seja um idiota. Olhem só o que ele diz, mesmo que vocês não entendam trampa nehuma de matemática:
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"Os verdadeiros motivos foram o insensato comportamento político de Dilma e o conjunto da sua obra, que elevaram a pressão e a temperatura a níveis sufocantes:
- 1. Uma queda de 6% do PIB.
- 2. Um alarmante aumento do desemprego
- 3. Um desequilíbrio fiscal
- 4. Uma dinâmica preocupante da relação entre a dívida bruta e o PIB
5. A constituição de passivos contingentes de valores ignorados
Dilma perdeu as condições necessárias para retomar o seu protagonismo e voltar a administrar o País.
Classificar o impeachment como "golpe", como fazem seus apoiadores, e ela parece crer, não é mais do que narrativa falsa, desesperada, esperta e bem urdida, de se autovitimizarem, visando consequências eleitorais futuras para si e seus partidos. Converte, apenas, os já convertidos! "
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Reparem que a reportagem está no até então subsidiado Carta Capital.
Quequéisso, me'rmão? Virando a casaca?
Tsk, tsk,tsk...
- João Guilherme C. Ribeiro é Empreendedor Cultural.
Posted: 30 May 2016 03:29 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Delfim Netto
E agora, o que fazer? Em primeiro lugar, consolidar a espécie de parlamentarismo duramente construído
O vice-presidente Michel Temer, que teve os mesmos votos válidos da chapa vencedora, assumiu interinamente a Presidência em razão da aceitação do impeachment da pessoalmente íntegra presidenta Dilma Rousseff. Um dos motivos foram as mal-entendidas "pedaladas". No fundo, elas são o equivalente, no setor privado, ao crime do acionista majoritário do banco que nele toma emprestado! Nesse caso, a pena é a intervenção do Banco Central e um processo criminal, que pode condená-lo à restrição da liberdade.
Na esfera pública, são relações incestuosas entre o Tesouro e suas empresas, taxativamente condenadas pela Constituição. O resto é puro chantilly! É verdade que sempre foram realizadas, mas num nível mínimo aceitável justificado pela complexidade da relação entre os bancos públicos e o Tesouro Nacional. O que causou estranheza foi o abuso, o escandaloso nível alcançado, revelado pelos dados do Banco Central do Brasil.
Para elas chamara a atenção o Tribunal de Contas da União. O erro foi reconhecido, aliás, pelo próprio Executivo, que o sanou a posteriori, de uma só vez, assumindo implicitamente a violação constitucional. É preciso reconhecer que, em condições normais de pressão e temperatura, tal "trapalhada" seria ignorada ou punida com mera advertência.
Os verdadeiros motivos foram o insensato comportamento político de Dilma e o conjunto da sua obra, que elevaram a pressão e a temperatura a níveis sufocantes: 1. Uma queda de 6% do PIB entre o primeiro trimestre de 2015 e o seu homólogo de 2016. 2. Um alarmante aumento do desemprego, que já atinge 11 milhões de trabalhadores. 3. Um desequilíbrio fiscal, que gerou um déficit de 6% do PIB em 2014, 10% em 2015 e ameaça repetir-se em 2016. 4. Uma dinâmica preocupante da relação entre a dívida bruta e o PIB, que pulou de 52% no fim de 2013, para 67% no fim de 2015 e ameaça, se nada for feito, atingir 80% em 2017 e, por último, mas não menos importante.
5. A constituição de passivos contingentes de valores ignorados graças às incertezas introduzidas pela contabilidade "criativa", a partir de 2012. A derradeira razão do impeachment é um triste fato: os seus votos mostraram que Dilma perdeu as condições necessárias para retomar o seu protagonismo e voltar a administrar o País. Classificar o impeachment como "golpe", como fazem seus apoiadores, e ela parece crer, não é mais do que narrativa falsa, desesperada, esperta e bem urdida, de se autovitimizarem, visando consequências eleitorais futuras para si e seus partidos. Converte, apenas, os já convertidos!
E agora, o que fazer? Em primeiro lugar, consolidar a espécie de parlamentarismo duramente construído, repartindo o poder, mas dando-lhe a orientação segura quanto a que o grande problema nacional é restabelecer a confiança da Nação. É preciso reconstruir um caminho viável para voltar a perseguir a sociedade civilizada implícita na Constituição de 1988. A grande missão de Temer é coordenar a aprovação, no Congresso Nacional, de algumas medidas capazes de devolver a esperança de crescimento à economia brasileira, sem o que jamais resolveremos o problema fiscal. É preciso repelir a ideia que se trata de "maldades" que retirarão direitos adquiridos.
No máximo, trata-se de mitigar os efeitos dos parasitas que os ameaçam no médio prazo: 1. Reforma da Previdência: sua insustentabilidade é evidente. Hoje, ela consome o mesmo que países com proporcionalmente três vezes mais idosos do que no Brasil. 2. Vinculações orçamentárias: é ridículo ignorar as mudanças de prioridade das necessidades públicas e fixar gastos em porcentagem da receita.
3. O salário mínimo é um eficiente instrumento de política salarial e distribuição da renda, mas, se usado como indexador do piso previdenciário, introduz distorções que impossibilitam o seu próprio aumento. 4. Liberdade de negociação trabalhista: uma proposta da CUT. Não retira qualquer direito do trabalhador, permite a negociação transparente que acomoda os interesses do trabalhador e do empresário sob controle do sindicato para benefício de todos.
Não são "maldades". Ao contrário, são "benignidades"! Levarão o Brasil a voltar a crescer, que é a condição necessária, ainda que não suficiente, para a redução das desigualdades e o aumento da coesão social. A condição suficiente virá pela continuação do sufrágio universal, que produz o empoderamento político crescente do cidadão esclarecido.
- Delfim Netto é Economista. originalmente publicado na CartaCapital em 26 de maio de 2016.
Posted: 30 May 2016 03:27 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Percival Puggina
Um personagem de Molière, Monsieur Jourdain, descobriu certa feita, de estalo, que ao longo de toda sua vida falara em prosa sem perceber. Da mesma forma, muitos brasileiros são marxistas sem saber, hobbesianos sem saber, e muitos, sem saber, são responsáveis pelo aumento dos impostos que pagam. De fato, toda vez que alguém atribui a ele, o Estado, o dever de dar um jeito em algo, está pressionando no sentido de que se forme um novo centro de custos, que vai exigir uma nova receita e ela se tornará permanete. Se o custo for criado e a receita não, a conta que surgirá não pode ficar pendurada na parede por um prego.
Estamos todos assistindo, nestes dias, verdadeira aula prática sobre as consequências de se deixar o Estado crescer. Todo mundo sabe que o Brasil precisa reduzir custos. Note-se: quando digo todo mundo estou falando mesmo de uma percepção nacional e mundial. Um déficit de R$ 170 bilhões não se resolve sem dor. O desemprego gerado pelas baixas expectativas e elevados encargos é apenas um dos muitos artefatos instalados nessa sala de tortura em que se transformou o Estado brasileiro. E extinguir um simples centro de custo tem sido uma encrenca dos diabos.
Vou dar um exemplo. Nem o Itamaraty escapou ao laboratório de fracassos que foi o governo da presidente Dilma. José Serra se deparou com um rombo de R$ 3,2 bilhões nas contas da nossa chancelaria. Uma vergonha. Aluguéis atrasados, contas de fornecedores vencidas, compromissos regulares referentes à participação em órgãos internacionais não pagos, e por aí vai. Mais de três bi. Solução? Fechar alguns centros de custo, certo? Serra propôs fechar cinco embaixadas na África. Legal, mas não tem jeito, ao que parece. Não dá para fechar nem Serra Leoa e Libéria.
E isso vale para tudo. No setor público todos concordam com a necessidade de reduzir despesas, contanto que os cortes ocorram noutro lugar, bem longe de onde cada um esteja atuando. Na original história de Spencer Johnson – Quem mexeu no meu queijo? – falta um terceiro ratinho que represente os que, no Brasil, passam a vida gritando "No meu queijo ninguém mexe!". Esses são os mais onerosos. A começar pelos poderes de Estado, onde o Judiciário cuida do seu lado e de qualquer um que alegue direitos sobre seu queijo federal, estadual ou municipal.
Se essa mentalidade não for superada, se a gritaria que está se formando encontrar respaldo político, se nada for feito para reduzir o custo do Brasil sobre os brasileiros, caminhamos para uma situação hobbesiana, uma guerra de todos contra todos em que todos perdem. Quem ganha o quê, quando o dinheiro acaba?
- Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+
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