Alerta Total
$talinácio sumiu? Virou um mero Instituto?
A Irrelevanta
Renasce uma esperança
Prelúdio
Posted: 28 May 2016 05:59 AM PDT
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Por onde anda Luiz Inácio Lula da Silva. O poderoso chefão do PT anda sumido demais. A impressão que dá é que o ex-Presidentro foi transformado em um mero Instituto. É a entidade que "fala" por ele. Usa um linguajar bem arrumadinho, formal, jurídico e elegantemente cínico para negar qualquer versão que macule a imagem mítica que perdeu a santidade com a Lava Jato. Tenta-se esconder o $talinácio, enquanto Lula acaba reduzido a mero sujeito oculto na História presente do Brasil.
Se Lula anda se ocultando, um "amigo" dele, de São Bernardo do Campo, resolveu tomar a sábia decisão republicana de acabar com a estranha tramitação oculta de processos no Supremo Tribunal Federal. O presidente Ricardo Lewandowski demorou, mas reconheceu que os princípios constitucionais da publicidade, do direito à informação e da transparência são mais importantes e se sobrepõem à absurda ocultação processual em um regime (que tenta ser) democrático (ao menos na formalidade).
Teria sido mais uma prova de que a Lava Jato - tão criticada por alguns advogados e políticos - tem produzido milagres institucionais? Pode até ser... A Força Tarefa do Ministério Público Federal adotou o que parecia arriscado, porém demonstrou ser um corretíssimo procedimento, ao aplicar o artigo 37 da Constituição, de forma ampla, geral e irrestrita, nos procedimentos, investigações e processos da Lava Jato. Os Procuradores agiram na melhor das boas intenções estratégicas.
Será que a mesma interpretação de "boa intenção" vale para a recente decisão de Lewandowski? Na prática, o presidente do STF acabou com o sigilo que alguns ministros tinham para tocar processos contra o crime organizado. Cabe fazer uma perguntinha idiota: será que o delator Sérgio Machado conseguiria fazer gravações com tanta gente importante se sua ação não estivesse sob a proteção sigilosa e autorizada por algum ministro do Supremo, no caso o Teori Zavaski? Sem tal proteção, com tudo aberto, será que alguém, em sã consciência e esperteza, conversaria com Machado?
A resolução de Lewandowski acabando com a ocultação de processos no STF foi assinada na última quarta-feira, dia 25, mas apenas divulgada nesta sexta-feira. A partir de agora, os processos ocultos passam a ter o mesmo tratamento da tramitação de casos sigilosos, sem prejuízo às investigações criminais. No caso de processos sob segredo de Justiça o nome dos investigados não é publicado, apenas as iniciais. Tudo conforme previsto no artigo 230-C, parágrafo 2º, do Regimento Interno do STF.
Os processos ocultos eram uma aberração constitucional. Não apareciam no sistema do Tribunal. Apenas os servidores da Secretaria Judiciária e alguns funcionários designados pelos gabinetes dos ministros podiam consultá-los. É uma tramitação fora do sistema. O cidadão sequer sabia que o inquérito ou a ação penal estavam abertos. O procedimento vinha sendo adotado em casos envolvendo a Lava-Jato. Resta aguardar se o "escancaramento" beneficia a investigação ou facilita a vida dos bandidos investigados...
Agora, uma grande expectativa é quando os processos que mexem com Lula, sem foro privilegiado, voltarão para Curitiba. Em tese, Lula terá dificuldades de se manter como "sujeito oculto" por muito tempo. A leitura das principais revistas semanais e do noticiário em geral mostram que a vida política de $talinácio está por um fio. No entanto, no Brasil da impunidade, é sempre bom aguardar, com cautela, o que pode (ou não) acontecer...
No Brasil sob "governo dos gangsters" nem sempre o que parece é de verdade...
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A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
- © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 28 de Maio de 2016.
Posted: 28 May 2016 05:54 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos Maurício Mantiqueira
Passadas duas semanas da desantificação, o ritmo dos acontecimentos se acelerou.
Alta autoridade chama outra de mau caráter. Melhorou muito; antes fora invectivada com o epíteto de FDP.
Os da capa preta, com o ânus na mão, conversam republicanamente com os futuros usuários de suas funções. Defunções são esperadas, por causas naturais ou provocadas. São ônus do ofício, zelar pelo orifício.
No campo de batalha vence o mais forte, mais ágil e com mais sorte.
Torcemos a favor de uns e contra outros.
O que a guerra não permite é a indecisão. O destino está escrito a alguma vez nos passa uma peça.
Ney, o marechal francês, estava decidido a morrer na batalha de Waterloo. Não conseguiu. Pouco tempo depois, foi fuzilado.
Assim estamos. Ninguém mais está preocupado com a Anta.
"Cesse tudo o que a Musa antiga canta, Que outro valor mais alto se alevanta ."(Camões,"Os Lusíadas", canto primeiro, 3).
Agora assistimos a batalha final da Guerra do Fim dos Imundos. Todos contra todos.
Em breve ouviremos o grito: "Um cavalo; meu reino por um cavalo!"
O traidor mor pode enfiar o chapeuzinho de doutor, no do molusco de processos guardador.
Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador.
Posted: 28 May 2016 05:51 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Gelio Fregapani
Todos sabíamos que o governo PT não poderia continuar. Seus defeitos eram por demais evidentes e sua virtude – o se opor ao entreguismo do PSDB, já havia ruído com a homologação da Raposa-Serra do Sol e a "doação" dos bens da Petrobras à Bolívia e, finalmente revelou seu desamor ao País agora ao propagar no exterior que haveria um golpe em andamento. O único sustentáculo do corrupto governo que sai seria o receio do entreguismo militante dos demais postulantes ao governo aliado a quase idêntica corrupção.
Nenhum governo se aguenta com 90% de desaprovação. Chegou um momento em que o copo transbordou e algumas medidas do novo governo vieram trazer alguma esperança. A principal foi a resposta altiva aos intrometidos governos da Bolívia, Venezuela, Uruguai e a quem queira se meter nos nossos assuntos internos. Surpresa agradável, se lembrarmos de que o Presidente em exercício foi um dos propugnadores da UNASUL.
A equipe de Temer pretende ainda reavaliar os decretos assinados por Dilma de 2 de dezembro de 2015 até seu afastamento do cargo, a maior referente às demarcações de terras indígenas. Os processos ganharam celeridade nos últimos dias de Dilma na Presidência, visando inviabilizar a nova administração; só no dia 1º de abril foram 21 atos para desapropriar 56 mil hectares reservados à demarcação de terras indígenas. A atitude gerou desconforto não só entre os produtores rurais como também entre diversos parlamentares que procuraram o presidente interino para reclamar destas e de outras deliberações de Dilma.
Outra medida que surpreendeu agradavelmente foi o rebaixamento do Ministério da Cultura, demonstrando coragem de enfrentar uma classe acostumada a aproveitar-se do dinheiro público para benefício próprio. Considerando que empregar dinheiro em entretenimento não se justificaria enquanto houver carência para as necessidades da Educação, da Saúde e da Segurança nem tampouco se justificaria usar esses recursos para premiar correligionários, a medida agradou em cheio, mas a esperança durou pouco. O governo Temer já cedeu neste caso. Acovardou-se. Esperemos que seja só neste caso.
Como previsível estão sendo esmiuçados os podres do Governo anterior. Como também previsível eles se revelam bem maiores do que pareciam. Fica confirmado que era um mau governo que precisava ser alijado.
O novo Governo (por enquanto interino) certamente corrigirá muitos dos malfeitos do governo anterior, mas desperta dúvidas porquanto sinaliza prosseguir com o sistema de governo de coalizão, significando o "toma lá - dá cá", ainda que seja num ritmo menor.
Contudo, em seu favor reconhecemos que lhe restam poucas opções – governar com o apoio da opinião pública (o que ainda não conseguiu) ou governar pela força (o que mesmo que quisesse teria antes que convencer as Forças Armadas). Os laivos entreguistas de alguns de seus ministros dificultam ambas as opções.
Enquanto os derrotados procuram sabotar o novo governo sem pensar no País só nos resta dar apoio ao Temer. Não é o novo governo que está em jogo, é o nosso Brasil. Sair às ruas para dizer "Fora Temer" é fazer gol contra, assim como deixá-lo à vontade para decidir conforme o instinto camaleônico do seu partido é arriscar a desnacionalização dos recursos naturais e das indústrias que ainda restam além de dar margem ao contra ataque do mau governo anterior, que também desnacionalizava para atenuar as pressões do capital internacional.
Ainda que persistam dúvidas no grupo nacionalista quanto ao passado entreguista de alguns ministros e quanto à lisura ética de outros, todos reconhecemos que nenhum Governo anterior tomou uma dessas medidas corajosas na política externa e nenhum outro governo civil teria coragem de tomá-la.
Considerando ainda que quanto mais divididos estivermos mais vulneráveis seremos, o melhor que temos a fazer é apoiar o atual governo apesar das restrições que ainda guardamos.
A união faz a força!
Entretanto, parece impossível apoiar ao Ministro da Defesa.
Raul Jungmann, quando chefiou o Ministério do Desenvolvimento Agrário nos dois governos de FHC propiciou o maior desenvolvimento do MST assentando cerca de 600 mil famílias, mais que o dobro do número alcançado nos trinta anos anteriores.
Quando assumiu a presidência do IBAMA prejudicou ao máximo o pioneirismo a pretexto de combater à grilagem e de preservação do meio ambiente. No INCRA transferiu para o Ministério do Meio Ambiente uma área maior que a de Portugal. Em parte dessas terras, foi criada, na Amazônia, a Reserva de Tumucumaque, a maior do mundo em floresta tropical, como queriam as ONGs internacionais.
Foi um dos maiores propositores da proibição da comercialização de armas de fogo e munição no território nacional e queria acabar com a fabricação de armas.
O que podemos esperar de num individuo assim.
Que a Providência Divina ilumine a mente de nossos homens de bem, em prol da libertação desse povo brasileiro, outrora tão pleno de amor e ideais superiores.
Gelio Fregapani é Escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
Posted: 28 May 2016 05:49 AM PDT
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Carlos I. S. Azambuja
Na Rússia, "pato", além de seu significado normal, é um termo para DESINFORMAÇÃO. "Quando os patos estão voando" significa que a imprensa está publicando DESINFORMAÇÃO.
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O texto abaixo – Prelúdio – é o capítulo inicial do livro "Desinformação", escrito por ION MIHAI PACEPA - Tenente-General, que foi chefe do serviço de espionagem do regime comunista da Romênia e que desertou para os EUA em julho de 1978, onde vive até hoje com uma nova identidade mantida em sigilo em função dos segredos de Estado revelados em seus livros -, e RONALD J. RICHLAK, advogado, jurista, professor de Direito Constitucional da Universidade de Mississipi, e consultor da delegação permanente da Santa Sé na ONU.
Era após era, aquele que sentou no trono do Kremlin – czar autocrata, líder comunista ou presidente democraticamente eleito – preocupou-se em transformar o país num monumento a si próprio e com controlar todas as expressões de religião que pudessem de algum modo ir de encontro às suas ambições políticas.
Mais ainda: os governantes russos tradicionalmente se valeram de sua polícia política como meio para realizar em segredo os seus planos imponentes. O czarismo, o comunismo e a Guerra-Fria podem ter sido engolidos pelas areias do tempo, mas o Kremlin dá continuidade a essas tradições.
Vez ou outra, a mão do Kremlin alcança também os Estados Unidos.
Em março de 1996, uma notícia impressionante sobressaltou a consciência americana. O Conselho Nacional de Igrejas (NCC, em inglês) e o Centro para Renovação Democrática (CDR, em inglês), duas organizações sigilosamente comunistas sediadas nos EUA, fizeram uma coletiva de imprensa para anunciar "um imenso crescimento"de casos de igrejas de negros incendiadas nos EUA.
No dia 8 de junho, o presidente Bill Clinton denunciou esses incêndios em um discurso de rádio e propôs uma força-tarefa federal para investigá-los. O presidente falou, emocionado, sobre as suas próprias "recordações vividas e dolorosas de igrejas de negros sendo queimadas em meu próprio Estado (Arkansas) quando eu era criança". Acusando a "hostilidade racial" de ser a força motriz por trás dos incêndios, ele se comprometeu a empregar toda força do governo federal na investigação. Em 15 de junho, o FBI e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF, em inglês) designaram 200 agentes federais para uma força-tarefa a fim de investigar os incêndios em igrejas de negros. Em julho, os incêndios praticados essas igrejas cresceram exponencialmente, tendo aparecido mais de 2.200 artigos a condenar o que o Centro para Renovação Democrática chamou "um movimento supremacista branco bem articulado".
A história se espalhou como fogo no mato, em toda parte inflamando pessoas honestas contra os supostos americanos racistas responsáveis por crimes tão terríveis. De Genebra, na Suíça, o Conselho Mundial de Igrejas (WCC, em inglês) enviou 38 pastores a Washington para dar ao governo e povo americano mais informações sobre essa tragédia racista sem precedentes.
Em 13 de julho de 1996, o presidente Clinton assinou o Ato de Prevenção de Incêndios em Igrejas, o qual tornou crime federal o ato de incendiar igrejas, Em 7 de agosto, ele também assinou um orçamento d 12 milhões de dólares para combater incêndios de congregação negra. Poucos dias depois, o Conselho Nacional de Igrejas publicou anúncios de página inteira no New York Times, no Washington Post e inúmeros outros jornais pedindo doações para o seu novo "Fundo para Igrejas Incendiadas". Em 9 de agosto, o Wall Street Journal noticiou que o Conselho levantara "quase 9 milhões de dólares", e que "as doações prosseguiam ao ritmo de quase 100 mil dólares por dia".
Até que a casa caiu! Por fim, foi revelado por um grupo privado – a Associação de Proteção Nacional Contra Incêndios – que em anos recentes houvebem menos casos de igrejas incendiadas, e funcionários de órgãos de polícia do Sul não conseguiram confirmar que sequer um deles tivesse sido por motivação racial. Nenhuma igreja foi queimada no Arkansas durante a infância de Clinton apesar se suas "recordações vividas e dolorosas" e o Conselho Nacional de Igrejas foi acusado de fabricar "uma imensa notícia falsa de incêndios de igrejas".
A pista para compreender a significância da mentira sobre incêndios a igrejas de negros está no fato documentado de que o Conselho Mundial de Igrejas, que lançou e promoveu a notícia, foi infiltrado e por fim controlado pelo Serviço de Inteligência russo desde 1961. O Arquivo Mitrokhin, uma coleção volumosa do Serviço de Inteligência estrangeiro soviético, que foi contrabandeado para fora da União Soviética em 1992, dá as identidades e os codinomes da Inteligência soviética de muitos padres ortodoxos russos despachados, ao longo dos anos, para o Conselho Mundial de Igrejas com o objetivo específico de influenciar a política e as decisões desse órgão. De fato, em 1972, a Inteligência soviética conseguiu ter o Metropolita Nikodin (agente "Adamant") eleito presidente do WCC. Um documento da KGB, de 1989, se vangloria: "Agora a agenda do WCC é também a nossa agenda". Mais recentemente, o Metropolita Kirill (agente "Mikhaylov"), que fora um representante influente no Conselho Mundial de Igrejas desde 1971 e, após 1975, um membro do Comitê Central do WCC, foi, em 2009, eleito patriarca da Igreja Ortodoxa Russa.
O citado ataque infamante aos EUA e às suas igrejas não tinha, de fato, nada de surpreendente. Reflete como o Kremlin tem, a longo de séculos, preferido alcançar suas políticas internas e externas por meio de logros complexos. Religião freqüentemente comparece nas operações de líderes russos, tradicionalmente cínicos, os quais têm se considerado o único Deus que a humanidade precisa.
Historicamente, a manipulação da religião realizada pelo Kremlin com vista a seus próprios objetivos políticos, data do Século XVI. Quando Ivan IV, o Terrível, coroou-se a si próprio, em 1547, como primeiro czar russo, também fez de si próprio o chefe da Igreja Ortodoxa Russa, como foi reconhecido pelo patriarca de Constantinopla em 1591. O Principado de Moscou só recentemente foi libertado pela destruição do Império Bizantino pelos turcos, e foi deste último que Ivan herdou a idéia de uma "sinfonia da Igreja e do Estado". A diferença era que, em vez de ter um Imperador e um Patriarca – como em Bizâncio – o próprio Ivan assumiu os dois títulos. Essa fusão de funções persistiu com todos Czares, até Nicolau II; com todos os líderes soviéticos, de Lenin a Boris Yeltsin; e ainda vige na Rússia atual, de Vladimir Putin.
Ivan IV também foi o primeiro líder da Rússia a estabelecer a sua própria polícia política, aOprichinina. Criada em 1654 sob a direção pessoal de Ivan, foi usada principalmente para controlar os aristocratas que ameaçavam o seu reino. Essa tradição também prosseguiu, mudando muitas vezes de nome, até à ameaçadoramente familiar KGB (Komitet Gosudarstvennoy Bezapasnost ou Serviço Federal de Segurança). A polícia política da Rússia sempre foi responsável por manter a ordem na Igreja e no Estado, de acordo com os comandos do homem sentado no trono do Kremlin.
Foi durante o período que precedeu a II Guerra Mundial que os líderes do Kremlin começaram a pensar seriamente em dominação mundial e em melhorar a organização e encargos de seu Serviço de Inteligência Estrangeiro. Em qualquer outro lugar do mundo, Serviços de Inteligência Estrangeiros estavam em primeiro lugar destinados a coletar dados para ajudar seus chefes de Estado a conduzir as relaçõ4sexrteriores. Mas na Rússia, e depois por toda a esfera de influência russa, essa atividade sempre foi mais ou menos irrelevante.
O seu real objetivo era manipular o futuro e não apenas aprender sobre o passado. Especificamente, a idéia foi a de fabricar um novo passado para alvos inimigos, de forma a alterar o modo com que o mundo o percebe. Além de mirar governantes ocidentais – em particular, hoje em dia, dos EUA -, o Kremlin veio a compreender as religiões ocidentais como ameaças perigosamente hostís.
Isso nos traz ao título deste livro – DESINFORMAÇÃO -. Desde a II Guerra Mundial, DESINFORMAÇÃO tem sido a arma mais eficiente do Kremlin em sua guerra contra o Ocidente, especialmente contra a religião ocidental. Josef Stalin inventou essa "ciência" secreta, dando-lhe seu nome à francesa e fingindo que era uma prática imoral do Ocidente. Como ficará demonstrado ao longo destas páginas, o Kremlin caluniou em segredo, e com sucesso, prelados católicos de destaque, culminando no Papa Pio XII; quase conseguiu assassinar João Paulo II; inventou a Teologia da Libertação, uma doutrina marxista que voltou muitos católicos europeus e latino-americanos contra o Vaticano e os EUA; promoveu o anti-semitismo e o terrorismo internacional; e inspirou rebeliões anti-americanas no mundo islâmico.
Apesar do desaparecimento do comunismo soviético, a desinformação e seu aparato internacional camuflado ainda seguem muito bem, obrigado. Continuam a distorcer o modo como milhões de pessoas vivem nos EUA; ainda manipulam a religião – qualquer religião – e desempenham papel importante na promoção do terrorismo internacional de hoje.
Mao-Tse Tung sentiria orgulho. Ele ficou famoso por dizer que uma mentira repetida cem vezes se tornaria uma verdade.
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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