Alerta Total |
- Uma Quimioterapia para o Brasil
- Quando o STF vai cuidar do Renan e do Lula?
- Precatório, Pré-sal, Preboste
- O Mal-Estar na Organização
- Projeto Eldorado
- Um Império do KGB
Uma Quimioterapia para o Brasil Posted: 23 Jun 2016 03:11 PM PDT 2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net "Estamos passando no Brasil, é preciso reconhecer, momentos de grandes dificuldades. O País está enfermo, às voltas com graves crises de natureza econômica, política e ética. Sem dúvida, é preciso que as enfermidades sejam tratadas, como estão sendo, e tenhamos coragem de ministrar os remédios amargos quando necessário". Quem fez tal avaliação pública, diante do Presidento Interino Michel Temer, foi ninguém menos que o ministro-relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. Foram testemunhas das palavras de Teori os ministros Gilmar Mendes (também do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral) e Ives Gandra Filho (Presidente do Tribunal Superior do Trabalho). Mais sintomático e simbológico foi que o comentário-recado de Teori aconteceu na cerimônia de sanção da Lei que disciplina o processo e o julgamento do chamado "Mandado de Injunção" - instrumento que cobra do Poder Público o cumprimento de direitos e liberdades constitucionais. Michel Temer não passou recibo, comentando que a lei que assinava representava um "remédio doce" - na comparação com os remédios amargos citados por Teori. Teori não pegou tão pesado como deveria ou poderia. Na verdade, o Brasil precisa passar por uma quimioterapia institucional. O País tem de ser redundado em seus fundamentos. O Estado Capimunista tupiniquim se comporta como um leviatã leviano. Tem uma fome e sede insaciáveis de explorar, roubar e punir a sociedade. Empresários são vítimas de extorsão: quem produz é punido com prejuízos e extorsões. Cidadãos recebem tratamento de escravos: têm obrigação de trabalhar para pagar mais e mais impostos, taxas, "contribuições" e multas, sem garantia de contrapartidas. O modelo leviano entra em esgotamento porque agora as pessoas comuns percebem como funciona o desgoverno do crime institucionalizado. Organizações criminosas, em associação com a máquina estatal na União, Estados e Municípios, operam em conluio com empresas privadas que cobram mais caro do poder público em obras, produtos e serviços, para que as sobras financiem campanhas eleitorais, remunerações fixas ou presentinhos de luxos para corruptos. Por tudo isso, é no mínimo de pau de Lula da Silva exigir uma reação enérgica à surpreendente prisão de um dos mais importantes ideólogos e operadores do Partido dos Trabalhadores. Paulo Bernardo é acusado pela Polícia Federal de ter recebido R$ 7 milhões em propinas com contratos de crédito consignado - empréstimos com descontos diretos no contracheques de servidores públicos. Paulo Bernardo é estratégico porque foi ministro do Planejamento de Lula, ministro das Comunicações de Dilma Rousseff e é marido da senadora Gleisi Hoffmann. Ela ficou tão chocada que nem compareceu hoje para a esfuziante atuação na defesa contra o impeachment da Presidenta afastada. A "Operação Custo Brasil", desdobramento da 18a fase da Lava Jato, pegou a petelândia de calça curta. Mas o Palhasso do Planalto comemorou que o foco da Lava Jato voltou para o PT, dando uma trégua ao PMDB e outros partidos da base... Lula ficou pt da vida. Mas segue na tensão de sempre. Sabe que nada de mais grave acontece com ele até que se defina o destino de Dilma Rousseff. Lula segue apostando na sobrevida até meados de agosto. Depois que for confirmado o afastamento definitivo de Dilma, aí sim o bicho pode pegar para ele... O único risco é que alguma "surpresa" aconteça... O mar não está para moluscos... Imagina se João Vaccari, soldado do partido, partir para uma "delação premiada"... A limpeza está apenas começando. A velocidade ainda não é a ideal. A opinião pública precisa continuar mobilizada. É preciso exigir do Congresso Nacional que acelere a tramitação das 10 medidas contra a corrupção, propostas pelo Ministério Público Federal, com o apoio de milhões de assinaturas de cidadãos-eleitores-contribuintes. O tratamento tem de ser quimioterápico. Não adianta antibiótico, porque o germe da corrupção é institucionalizado. Inevitavelmente, o Brasil terá de promover uma inédita Intervenção Cívica Constitucional. Do contrário, a nação continuará morta, lentamente, pelos germes e vermes do crime institucionalizado. Por falar nisso, você sabe que a sacanagem com o nióbio é muito maior que as falcatruas investigadas pela Lava Jato? Não sabia? Então procure se informar melhor sobre o crime de lesa-pátria com um dos mais valiosos minérios do planeta - do qual o Brasil detém 98% das reservas. Releia a primeira edição desta quinta-feira: Quando o STF vai cuidar do Renan e do Lula?Segue na fria Nestor Cerveró ganhou hoje sua tornozeleira eletrônica, depois de mais de 500 dias preso em Curitiba. A partir desta sexta, já pode cumprir pena em "prisão domiciliar", no Rio de Janeiro - que é bem mais quentinho no inverno. Em Curitiba, os cárceres da PF começam a abrir vagas para novos hóspedes... Fora da corruptolândia O maior fundo de pensão da Noruega, o KLP Kapitalforvaltning, anunciou que a Petrobras foi excluída de todas as carteiras que administra. O fundo de pensão KLP só tinha em sua carteira R$ 14 milhões em ativos da Petrobrás (posição em 11/4/2016). A carteira do KLP é de R$ 227 bilhões (em nossa moeda, ou 553 bilhões de coroas norueguesas), portanto é três vezes maior que o Fundo de Pensão Petros, que tem ativos em torno de R$ 70 bilhões. Sintomático Comentário do Sérgio Salgado, aposentado e ex-conselheiro fiscal do Fundo Petros? "A Petros com ativos da ordem de R$ 70 bilhões, mantém engavetadas quantidades incríveis de ações sem qualquer liquidez. A grande maioria do pacote da renda variável, individualmente, é maior que o valor que a KLP tinha em Petrobrás. Essa é a diferença de uma boa gestão para a que os nossos fundos de pensão mantém. São gestores independentes que não se subordinam a decisões de governo ou de suas patrocinadoras mas se atém ao pagamento dos benefícios dos seus participantes, estes sim seus verdadeiros donos". Sérgio Salgado conclui: "É por isso que estamos engolindo um prejuízo de mais de R$ 20 bilhões, com mais de 2/3 deles em investimentos absurdos". Colabore com o Alerta Total Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente com o Alerta Total poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades. Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções: I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão. II) Depósito em Conta Poupança da Caixa Econômica Federal ou em agências lotéricas: 2995 013 00008261-7, em favor de Jorge Serrão. OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim. III) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito). IV) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior. Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai! O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Junho de 2016. |
Quando o STF vai cuidar do Renan e do Lula? Posted: 23 Jun 2016 05:05 AM PDT Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net A politicagem de Brasília amanheceu surpresa com a prisão preventiva de Paulo Bernardo - ex-ministro do Planejamento de Lula e das Comunicações de Dilma, além de importantíssimo ideólogo petista. A esposa dele, senadora Gleisi Hoffmann, ainda não entrou na mesma dança. Mas o casal teve a cobertura no nobre bairro de Água Verde, em Curitiba, vasculhada pela Polícia Federal - que também baixou na sede do PT, em São Paulo. O dia promete enormes e tristes emoções para a petelândia. A operação "Custo Brasil", desdobramento da "Pixuleco", investiga contratos de R$ 100 milhões no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão entre 2010 e 2015. Paulo e Gleisi sofrem suspeitas de que R$ 1 milhão desviado da Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado da parlamentar. O delator Antonio Carlos Pieruccini informou que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia para Ernesto Kugler, empresário considerado próximo de Gleisi. O caso corre pela 6a Vara Criminal Federal em São Paulo, e não pela vara do Sérgio Moro... A Lava Jato segue a todo vapor. Quem está pertinho de se ferrar, a qualquer momento, é outro casal: o deputado Eduardo Cunha e sua mulher Claudia Cruz. O presidente afastado da Câmara é cabra marcado para perder o mandato. Ontem, foi detonado no Supremo Tribunal Federal, que acolheu denúncias sobre as contas milionária de Cunha na Suíça. A torcida, agora, é que o STF também promova o mesmo rigor contra uma outra figura poderosíssima: Renan Calheiros, Presidente do Senado. E também contra outra com mais poder ainda: Luiz Inácio Lula da Silva e família... Está pegando muito mal aceitar, passivamente, que um processo proposto pela Procuradoria Geral da República contra o Presidente do Senado tramite a mais de 1.200 dias (mais de 3 anos e 4 meses)... Aliás, processos de menor gravidade republicana tramitam com igual ou menor celeridade na corte suprema. Vale lembrar que em 2014, foi parar no STF dois processos de furto de galinhas. Agora a gente entende porque o bate-boca entre Jair Bolsonaro e Maria do Rosário acabou supremamente criminalizado. Nas sociedades ocidentais e ditas republicanas, é tradição a existência de uma instância do poder moderador (vulgo Poder Judiciário) investido da função ou prerrogativa de supervisionar a guarda dos princípios constitucionais. É nesta instância que repousam as esperanças das sociedades ocidentais de verem preservados e aprimorados os princípios republicanos de democracia - fundamentalmente ligados à igualdade dos direitos entre todos os cidadãos. A suprema corte brasileira, o STF, encarregado da guarda dos direitos republicanos e democráticos dos cidadãos brasileiros há muito tempo abdicou destas sublimes responsabilidades. Ao permitir que tramitassem naquela instância assuntos relativamente banais, confundindo-se com outros Tribunais, oportunizou que todo e qualquer argumento processual se transformasse em debate de constitucionalidade. A Constituição, conhecida nos meios técnicos como Carta Magna, estabelece os princípios de toda Nação. Uma pátria se molda a partir de seus princípios constitucionais. A salvaguarda destes princípios, na República, é uma das mais sagradas atribuições do Poder Moderador. Como disse em entrevista coletiva o digníssimo Procurador Geral da República, Doutor Janot, pau que bate em Chico também bate em Francisco. Ao instaurar inquérito para apurar as responsabilidades penais das falas destemperadas e alopradas do deputado federal Bolsonaro, que reagiu a xingamentos do mesmo baixo nível proferidos pela Maria do Rosário, fica aberta a oportunidade deste mesmo deputado exigir, em juízo, reparações àqueles que o chamam de torturador, assassino e estuprador. Afinal, todos respondam também pelas mesmas falas destemperadas e alopradas. Enquanto isso, a sociedade brasileira continua refém de uma oligarquia, uma zelite política corrupta, cruel, inescrupulosa e sem a menor noção de princípios republicanos ou democráticos. Deste cenário os brasileiros estão cansados. Muito cansados. Por isso, o Judiciário não pode se comportar como Judasciário. A barbárie jurídica não pode alimentar a guerra entre os poderes, pois pode acelerar um processo de ruptura institucional com repercussões surpreendentes e inimagináveis. Onze a zero Abrindo a canastrinha É de casa Neologismos Pronto para cair Sonolenta defesa Festas juninas Os leitores, amigos e admiradores que quiserem colaborar financeiramente com o Alerta Total poderão fazê-lo de várias formas, com qualquer quantia, e com uma periodicidade compatível com suas possibilidades. Nos botões do lado direito deste site, temos as seguintes opções: I) Depósito em Conta Corrente no Banco do Brasil. Agência 4209-9, C/C: 9042-5, em favor de Jorge Serrão. II) Depósito em Conta Poupança da Caixa Econômica Federal ou em agências lotéricas: 2995 013 00008261-7, em favor de Jorge Serrão. OBS) Valores até R$ 9.999,00 não precisam identificar quem faz o depósito; R$ 10 mil ou mais, sim. III) Depósito no sistema PagSeguro, da UOL, utilizando-se diferentes formas (débito automático ou cartão de crédito). IV) Depósito no sistema PayPal, para doações feitas no Brasil ou no exterior. Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai! O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento. © Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Junho de 2016. |
Posted: 23 Jun 2016 04:24 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Carlos Maurício Mantiqueira Prebendas a sabendas, espero que não te ofendas, por dizer que o pagamento, fica pras calendas. Tu que desfrutas do pré-sal de frutas, por ter te associado com bons filhos das p.... É isso que dá eleger um poste; pra presidanta ou simples preboste. Tirante a pantomima que já nos desanima, esperemos o final! O empiche é macuco no embornal. Enquanto a galega ainda não for pega (pois a merda respinga) exagere na pinga pra endurecer a linga. Sentirá como é frio. Exclamará "PQP!" Agora (a viola em cacos) levar-te-ão a andar de camburão e depois, a pentear macacos. Leve bons livros: Marília de Dirceu; A história de Breno, rei dos Galos (o inventor do veneno?). Já te rogaram todas as pragas. Verás o tempo das vacas magras. A vaca reza; a vaca tosse; a vaca ri. Não adianta pensar em truque; nem de mendigo nem de duque. Não te salva nem a gente da capa preta. Seu futuro é preto escuro. Cinquenta cheiros de merda ou tons de cinza, para ti, porco ranzinza. Carlos Maurício Mantiqueira é um livre pensador. |
Posted: 23 Jun 2016 04:23 AM PDT Rubens Beyrodt Paiva (1929 — 1971) Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Milton Pires Ontem, dia 21 de junho de 2016, o Supremo Tribunal Federal (STF) inaugurou uma nova etapa na sua História. Antes apresentava-se como um grupo de juízes, quase todos indicados pelo PT, lenientes, tolerantes... coniventes com a impunidade da maior organização criminosa da história política do Brasil – o próprio partido que os colocou lá dentro; agora é abertamente um órgão de persecução, de "caça" àqueles que ousarem enfrentar o Regime Petista. Ao aceitar denúncia contra o Deputado Jair Bolsonaro, o STF provocou na mídia e na sociedade brasileira um conjunto de reações que invariavelmente contém as seguintes ideias: 1. "teoria da imparcialidade" - não gosto de Bolsonaro, mas ele precisa ser "melhor orientado" do ponto de vista de marketing para não cair neste tipo de armadilha da Maria do Rosário e da Esquerda. 2. "teoria das prioridades" - o fato do STF ter aceitado a denúncia contra Bolsonaro não é importante. O Brasil tem outras coisas muito mais graves para se preocupar. 3. "teoria do exemplo e da tolerância zero" - Há uma "cultura do estupro no Brasil" e o "caso Bolsonaro x Maria do Rosário" deve servir de exemplo. 4. "teoria das eleições" - o processo serve para impedir que Bolsonaro concorra à Presidência da República em 2018. Deixando de lado, pelo menos agora, cada uma destas ideias, cabe dizer o seguinte: sempre existiu e sempre vai existir dentro da propaganda política, dentro da estratégia de formação da opinião pública, algo muito semelhante àquilo que se define, em Psicanálise, como "livre associação"- processo que tenta estabelecer relações, conexões entre os fatos e lembranças que o paciente vai evocando, mencionando sem ser provocado, para que vença suas "resistências" e suas "limitações", para que identifique e supere, ajudado pelo analista, um conflito inconsciente. Se o Brasil fosse um paciente no divã e se Freud fosse petista, qual seria o "conflito" a ser abordado na terapia? O "conflito" escolhido pelo Regime Petista parte do fato da "presidenta" afastada ser mulher. O Brasil é, segundo o "Freud do B", um país inconformado com o fato de ser governado por uma mulher – sempre foi e sempre será e é neste ponto, neste verdadeiro "nervo exposto", que o Regime Petista, sabendo que uma nação não é um paciente, que o Brasil não pode deitar no divã e que não existe psicoterapia de nações, resolveu centralizar sua ação na propaganda. Primeiro contou com a ajuda da imprensa e agora, abertamente, conta com a ajuda dos juízes do STF. A ação petista, para ser eficaz, precisa de uma propaganda capaz de produzir, ela mesma, a "vontade de livre associação" por parte da sociedade e o STF fará, antes de qualquer coisa, o papel de analista que veio nos ajudar a superar nosso "conflito". Aparentemente, o "estupro coletivo" da funkeira do Rio de Janeiro que fazia fotos com fuzil de guerra não foi suficiente para que o país engolisse a mentira da "cultura do estupro". Necessário é, pois, que se reforce a propaganda e se fortaleça a livre associação abrindo processo contra um deputado da oposição sob acusação de "apologia do estupro" - aí sim, fica mais fácil levar de volta à Presidência da República a ex-terrorista, chefe de quadrilha e estelionatária afastada a despeito de todos os esforços feitos pelos juízes que ela "colocou lá" para defendê-la. Lula já disse, certa vez, que haveria uma determinada "ingratidão", uma espécie de "quebra de confiança" de Janot e daqueles que o partido "ajudou" a galgar os degraus do Poder Judiciário no Brasil. O processo contra Jair Bolsonaro vem para desmanchar este constrangimento, para reforçar que o STF é o analista capaz de nos ajudar a fazer a "livre associação" que o paciente Brasil precisa...para liquidar, enfim, com o "Mal Estar na Organização" Em 1971 o "Mal Estar" só foi resolvido com a morte de Rubens Paiva pois o STF não tinha a competência necessária para "gerenciar" a livre associação. Em 2016 a situação é diferente: o "analista" só precisa da acusação feita por uma histérica para produzir o silêncio de um Deputado Federal. para Eunice, Milton Simon Pires é Médico. |
Posted: 23 Jun 2016 04:21 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Maynard Marques de Santa Rosa 1. O contencioso amazônico A magia do ambiente amazônico é um estímulo ao sonho. O eldorado era o paraíso dos aventureiros ibéricos, que ansiavam pela cidade dourada perdida na floresta. Tornado pesadelo na vida real, o mito permaneceu como arquétipo no inconsciente coletivo, com a força latente do destino a desafiar o futuro. Em depoimento perante a CPI da FUNAI no Mato Grosso do Sul, o jornalista Lorenzo Carrasco afirmou que o território amazônico possui recursos naturais equivalentes a duas Áfricas, mas grande parte dessa riqueza jaz em áreas que o país, voluntariamente, interditou à exploração econômica. Por isso, a questão ética: É justo sacrificar a geração atual para atender a demandas externas? Revelou, também, que o Brasil é o único país latino-americano que possui reservas indígenas. Djalma Batista rotulou a Amazônia de "esfinge" tropical, devido aos enigmas ambientais da Hileia que ainda não encontraram resposta da ciência. Esse desconhecimento gera o dilema: explorar, com o risco de desequilibrar os ecossistemas, ou preservar, com risco crescente à soberania nacional? O renomado professor paraense Armando Mendes alertou que: "O maior problema político da Amazônia é o seu vazio populacional". Sem população, não existe atividade econômica, e, sem ela, não há presença do Estado. O território torna-se um imenso latifúndio improdutivo. O povoamento da Calha Sul do Amazonas ocorreu durante o ciclo da borracha, atraído pela seringueira nativa "hevea brasiliensis", uma espécie de alta produtividade. A Calha Norte, onde predomina a "hevea benthamiana", uma espécie menos produtiva, permaneceu deserta. Formou-se um grande vazio entre os estados de Roraima e Amapá, com alto potencial de risco geopolítico. É sintomático que, transcorrido um século do fim do ciclo da borracha, a Região ainda não tenha encontrado o rumo do progresso. Sua contribuição para o PIB nacional é menor do que 5%. A matriz econômica continua subdesenvolvida. A produção baseia-se no extrativismo e nos subsídios federais. A infraestrutura energética e de transporte e telecomunicações é precária. As transações internas são incipientes. Todos os estados amazônicos têm balanço fiscal deficitário, e a administração pública só sobrevive, graças às transferências obrigatórias da União. A pobreza regional vem aumentando. Segundo o IBGE, já são 42% ou 11 milhões de pobres, no universo dos 24 milhões de habitantes da Amazônia Legal. Para agravar o desequilíbrio, uma migração rural contínua esvazia o interior. Atualmente, 80% dos nativos moram nas cidades, enquanto apenas 20% povoam o imenso deserto verde. A comunidade nativa enfrenta uma contradição: depende inteiramente do tesouro federal, mas não pode dispor da própria riqueza natural para produzir. Pressões externas imperceptíveis ao grande público vêm impondo ao mapa da Hileia uma espécie de área de exclusão econômica, respaldada em legislação interna cada vez mais restritiva, que desestimula os investimentos, sufoca o agronegócio e estimula a migração rural e a consequente favelização das cidades. O cientista amazonense Samuel Benchimol, ecologista e sociólogo, registrou veemente protesto: "A poluição maior é a da miséria". (...) "Os anseios sociais da comunidade nativa não podem ser ignorados em favor de interesses exógenos". Portanto, a vida real demonstra que a carência fundamental da comunidade nativa é de progresso, isto é, de desenvolvimento econômico e social. 2. População e destino A Bacia Amazônica é um sistema fechado, com vocação endógena. A estrutura de circulação, que tem no Grande Rio a sua coluna vertebral, favorece o controle do território e a unidade política. Não foi por outra razão que o colonizador português, de notória intuição geopolítica, administrou o Grão-Pará como Estado independente do Brasil, durante 207 anos. A população formou-se em comunidades dispersas, durante o ciclo econômico das drogas do sertão, pela fusão de três raças, adquirindo caracteres psicossociais próprios. O colono português, de viés aventureiro, mesclou-se com a índia aldeada nas missões religiosas. O negro africano, distribuído em número limitado pelas companhias de comércio, deu a sua contribuição, embora menos significativa do que no resto do Brasil. A mestiçagem gerou uma sociedade altiva, guerreira e autodeterminada, que encontrou a sua catarse na Cabanagem. O contingente total, em 1830, foi estimado pelo barão de Guajará em 150 mil almas. A população remanescente diluiu-se na torrente imigratória do ciclo da borracha, estimada em 150 mil nordestinos, além do fluxo de estrangeiros judeus, sírio-libaneses e outros. No século XX, o 2º ciclo da borracha, durante a 2ª Guerra Mundial, incorporou mais 45 mil imigrantes nordestinos à população regional. Paralelamente, houve crescimento vegetativo a uma taxa superior à da média nacional. As novas gerações perderam a combatividade original e a sociedade tornou-se mais acomodada. A adesão histórica do Grão-Pará ao Brasil, em 1823, foi uma decisão voluntária e consciente, que se tornou definitiva, a despeito da polêmica que revestiu o processo de independência. Contudo, a vocação da Hileia alimenta a tendência geopolítica à autonomia, o que requer uma vigilância corretiva. A política de preservar espaços vazios cria uma vulnerabilidade desnecessária. Na contingência de uma crise global das "commodities", a abundância de água e recursos naturais no deserto verde pode fascinar novos aventureiros e atrair migrações em massa impossíveis de serem estancadas, como ocorre na China atual. Recentemente, o governo chinês deflagrou migrações internas para os desertos do Sinkiang e do Tibete, a fim de construir uma maioria populacional de etnia han e impor hegemonia sobre as minorias locais, uigures e tibetanas, invalidando suas possibilidades de autonomia. 3. Projeto Eldorado – Concepção geral A miragem do Eldorado lendário pode ser convertida em realidade do futuro, se construída pelo trabalho contínuo das gerações nativas, à luz de um projeto nacional permanente. O Projeto Eldorado deve traduzir-se em um conjunto criterioso de políticas públicas com potencial sinérgico, para deflagrar iniciativas do setor privado que lhe complementem o escopo, facultando alcançar a meta prevista. A ideia é institucionalizar um corpo de diretrizes estratégicas, com a finalidade de reverter a matriz econômica extrativista e tornar a economia regional autossuficiente. O objetivo é a formação de um grande mercado na Amazônia brasileira, capaz de induzir atração gravitacional sobre as economias circunvizinhas, a despeito das hesitações políticas dos condôminos da OTCA. A primeira premissa consiste em substituir o paradigma da "preservação ambiental" pelo da "sustentabilidade", significando a preservação do equilíbrio ecológico pelo homem, que não pode ser considerado um intruso na natureza. A segunda é a revisão do conceito de "interação indígena", introduzido na Constituinte de 1988 pelo "lobby" do CIMI, a serviço do movimento indigenista internacional. Impõe-se recuperar o preceito tradicional de "integração do índio à comunhão nacional", como previsto no Estatuto do Índio, a fim de atender ao anseio maior das comunidades indígenas: o acesso ao progresso. A existência de quase 70 % de mestiços na sociedade nativa indica o caminho natural a ser seguido e invalida as teses preservacionistas dos chamados "antropólogos da ação". A terceira é a da objetividade presumida. Devido à longa duração e aos altos investimentos, cabe prevenir possíveis desvios de rumo por influência política. O programa deve restringir-se, legalmente, à atividade produtiva e à geração de receita e rejeitar projetos que gerem despesa. O empreendimento vai transcender uma geração, e a evolução estará sujeita a variáveis que limitam a visão à sua primeira fase, em que as transferências voluntárias da União deverão priorizar a infraestrutura de transporte, energia, comércio e telecomunicações e os setores da vocação produtiva regional. As ações estratégicas serão sincronizadas, para alcançar os objetivos intermediários abaixo discriminados, por campo de atividade. a. Infraestrutura - Conectar, fisicamente, o território brasileiro a todos os países condôminos da Pan Amazônia, inclusive, nas fronteiras indígenas e de proteção ambiental. - Interligar os centros estratégicos regionais, em condições adequadas ao transporte intermodal de carga e passageiros. Especificamente, priorizar os seguintes projetos: revitalizar o transporte hidroviário; restaurar e pavimentar a rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho); pavimentar a rodovia BR-163, para interligar o Centro-Oeste (Cuiabá) e o Médio Amazonas (Santarém). - construir a ponte sobre o rio Amazonas na região de Óbidos, com estrutura adequada ao tráfego rodoferroviário e à transmissão de energia e dados, a fim de integrar a Calha Norte à região de Santarém. - completar a pavimentação e as obras de arte da rodovia transamazônica. É falso o noticiário de que essa estrada degrada o ecossistema amazônico, pois o seu traçado desenvolve-se na faixa de transição entre os ecossistemas da Hileia e do Cerrado. - regular o fluxo rodoviário regional, com a presença permanente da Polícia Rodoviária Federal em todas as rodovias federais. b. Produção - Racionalizar, cientificamente, a exploração das culturas típicas com potencial de marcado, como o açaí, o guaraná, a castanha e as frutas tropicais. - Zonear as áreas prioritárias ao manejo e produção florestal. - Vitalizar o mercado regional da pesca. - Recuperar a destinação estratégica do antigo programa POLAMAZÔNIA em bases mais objetivas e realísticas, aproveitando a vocação geoeconômica de Belém como entreposto de comércio internacional; de Manaus, como centro regional; de Vilhena e Porto Velho, como entrepostos entre a região Centro-Oeste e a Amazônia; e da região Acre/Rio Branco, como entreposto internacional entre o Brasil e o Oceano Pacífico. E desenvolver os polos estratégicos de Oriximiná, Tefé e S. Gabriel da Cachoeira, a fim de ampliar a fronteira econômica regional. Para isso, construir o complexo hidrelétrico do rio Trombetas, a fim de prover energia para o médio Amazonas, a cidade de Manaus e a industrialização do alumínio; explorar as jazidas de petróleo e shale gas da região de Urucu e os minerais estratégicos da região dos Seis Lagos, na reserva Yanomami. - estabelecer um programa agropecuário, voltado a todos os polos urbanos, visando à autossuficiência local em produtos hortifrutigranjeiros. Especificamente ao polo de Belém, completar o sistema de circulação interna da ilha de Marajó, inclusive a ligação dos rios Anajás e Afuá. c. Ciência e Tecnologia - Vitalizar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e extensão rural voltadas ao solo, à água e à flora, destinadas à racionalização da agricultura, da silvicultura, da fitoterapia e da aquicultura. Para isso, integrar e ampliar a comunidade científica dos institutos de pesquisa de Manaus e Belém (INPA, EMBRAPA, EMÍLIO GOELDI e outros) e fomentar o aproveitamento comercial da biodiversidade ambiental. - Vitalizar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e extensão rural voltadas ao solo, à água e à flora, destinadas à racionalização da agricultura, da silvicultura, da fitoterapia e da aquicultura. Para isso, integrar e ampliar a comunidade científica dos institutos de pesquisa de Manaus e Belém (INPA, EMBRAPA, EMÍLIO GOELDI e outros) e fomentar o aproveitamento comercial da biodiversidade ambiental. - Erradicar as moléstias tropicais que flagelam a população nativa. Para isso, vitalizar e integrar os centros de pesquisa científica sediados em Manaus e Belém e estender as pesquisas de campo às regiões endêmicas, visando à produção de vacinas e medicamentos de ponta. d. Integração social - Criar programas de nutrição, saúde e educação específicos para os indígenas da Faixa de Fronteira. Mediante alterações na legislação, atribuir tratamento preferencial aos índios para ingresso no serviço público dessas áreas remotas, priorizando o seu recrutamento como técnicos de saúde, vigilantes sanitários, fiscais de órgãos federais e outros serviços. Para isso, formar mão-de-obra indígena destinada à assistência social às suas próprias comunidades. e. Defesa - Aumentar a presença militar no território, consoante o planejamento das Forças Armadas, e recuperar o seu tradicional poder de polícia em toda a Amazônia Legal. f. Relações Exteriores - Vitalizar as atividades diplomáticas e de inteligência estratégica junto aos centros decisórios do movimento indigenista-ambientalista internacional, antecipando providências e neutralizando as suas campanhas midiáticas. Simultaneamente, "quebrar o braço nacional" desse mesmo movimento, por meio de um controle estrito sobre as ONGs internacionais que operam no Brasil e suas subsidiárias nacionais. Essa estratégia implica estancar as transferências de recursos públicos para as ONGs indigenistas e ambientalistas, amparadas no Termo de Parceria previsto no Art. 2º da Lei das OSCIPs (Lei 9790, de 23 de março de 1999). 4. Epílogo A indecisão política, agravada pelas pressões externas, tem postergado indefinidamente a solução dos problemas amazônicos. Enquanto isso, cresce a população, potencializam-se as carências e esvai-se a esperança. Em âmbito internacional, há uma estranha convergência de interesses socialistas e capitalistas sobre a Amazônia, em conspiração contra a soberania brasileira, fazendo com que grupos de aguerridos militantes de esquerda batalhem por objetivos inconfessáveis da elite capitalista global. O alerta de Euclides da Cunha, feito no auge do ciclo da borracha, permanece a ecoar, clamando pela atenção das novas gerações. Do ponto de vista geopolítico, procrastinar a questão em meio a uma ordem mundial instável pode ser temerário, por preservar estoques de minerais em extinção em um mundo carente e áreas férteis desabitadas com mananciais de água potável devoluta em meio a pressões demográficas globais. Igualmente perigoso é sufocar a liberdade de ação da comunidade nativa, com uma legislação ambiental e indígena draconiana. Essas servidões, artificiais e desnecessárias, podem despertar a consciência autonomista e o espírito guerreiro latentes no inconsciente coletivo, desde o final da Cabanagem. Como resposta singela a essas preocupações, este trabalho sintético visa a contribuir com uma agenda de propostas específicas para a conscientização patriótica e a tomada de atitude em torno de um tema nacional tão candente. Maynard Marques de Santa Rosa é General de Exército, na reserva. |
Posted: 23 Jun 2016 04:20 AM PDT Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Carlos I. S. Azambuja O general soviético Aleksandr Sakharovsky costumava observar que o "nosso gosbezopasnost" – Serviço de Segurança do Estado – mantivera a Rússia viva durante os últimos 5 séculos e que venceria a guerra "contra o nosso maior inimigo, o sionismo americano" e, por fim, faria a Rússia tornar-se líder mundial. O seu sucessor, Vladimir Kryuchov – que como diretor do KGB autorizaria o golpe de agosto de 1991 que depôs Gorbachev por pouco tempo – compartilhava claramente da mesma fé fanática nogosbezopasnost da Rússia. O sucessor de Kryuchov, Yevgeny Primakov, que fora um oficial do KGB, veio a se tornar Primeiro-Ministro russo. De maneira mais notável, Vladimir Putin foi o próprio chefe de todo o gosbezopasnost antes de ser designado (não eleito!) presidente da Rússia. No dia 11 de setembro d 2002, um grande número de oficiais do gosbezopasnost se reuniu na Lubyanka. Não foi para prestar solidariedade aos EUA no primeiro aniversário de sua tragédia nacional de vítima do terrorismo, mas sim para celebrar o 125 aniversário de Feliks Dzerzhinsky, o homem que criara a polícia política russa, uma das instituições mais anticristãs e anti-semitas da História. No ano seguinte, o slogan "Rússia para os Russos" começou a fazer estardalhaço na Rússia, e uma pesquisa de opinião nacional mostrou que 42% da população era favorável a que os judeus deveriam ser impedidos de ocupar cargos de Poder. A Guerra havia chegado ao fim, mas diferentemente de outras guerras essa não terminou com o inimigo derrotado depondo suas armas. O selvagem KGB, que no curso de sua existência massacrou pelo menos 120 milhões de pessoas em seu próprio solo e outros 70 milhões pelo mundo comunista afora, não apenas sobreviveu como também transformou a Rússia atual na primeira ditadura de um Serviço de Inteligência da História. Hoje a Rússia pertence a Putin e a seus amigos do KGB. De acordo com o respeitado jornal britânicoThe Guardian, Putin acumulou em segredo mais de US$ 40 bilhões, tornando-se o homem mais rico da Rússia – e da Europa -. Diz-se que ele detém, no mínimo, 37% das ações, avaliadas em US$ 18 bilhões, da Surguntnefregs, a terceira maior produtora de petróleo da Rússia; 4,5% das ações, avaliadas em US$ 13 bilhões daGazprom – a maior extratora de gás mineral do mundo -, e 75% das ações, avaliadas em US$ 10 bilhões, da Gunvor, uma misteriosa empresa comerciante de petróleo, sediada em Genebra. O fantoche de Putin. Dmitry Medvedev, que foi o presidente russo até Putin – que chegara ao tempo limite – recuperar o cargo em 2012, foi presidente da Gazprom, que é responsável por 93% da produção e gás natural da Rússia e controla 16% das reservas do mundo. O primeiro Vice Primeiro-Ministro de Putin, Igor Sechin, é presidente daRosneft, a maior companhia de petróleo do mundo. Petróleo e gás são responsáveis não apenas pela fortuna exorbitante de Putin, mas também por 50% do orçamento russo e por 65% de suas exportações. Quando o preço do barril de petróleo passou dos US$ 122, no dia 6 de maio de 2008, analistas apontaram para ataques a oleodutos da Nigéria e para tumultos no Iraque. A Rússia, contudo, fez uma fortuna. Outros distúrbios no abastecimento estrangeiro de óleo podem dar à Rússia – e a Putin – outras fortunas. O Kremlin de Putin parece estar bem consciente dessa possibilidade. No dia 12 de julho de 2006, militantes doHezbollah – Partido de Deus -, um grupo fundamentalista islâmico profundamente anti-semita, sediado no Líbano, mas armado pela Rússia de Putin, lançou um poderoso ataque de mísseis contra Israel. A esse ataque se seguiu uma ofensiva de Israel contra o atacante, que durou 34 dias. A maioria das caixas de armas apreendidas pelas forças israelenses durante a ofensiva, trazia a marca "Fabricante: Ministério da Defesa da Síria. Distribuidor: KBP, Tula, Rússia". Em outubro de 2010, o mesmo Hezbollah, que tem apoio russo, conduziu um exercício simulado: a tomada de Israel. O Centro de Pesquisa do Golfo que, patrocinado pela União Européia, fornece aos jornalistas uma perspectiva interna da região do Golfo Central, descobriu que as forças militares doHezbollah estavam armadas com uma grande quantidade de foguetes Katyusha-122, de fabricação russa, que carregam ogivas 33-lb. OHezbollah também tinha foguetes Fajr-5, de projeto russo e fabricação iraniana, que conseguem alcançar o porto israelense de Haifa, e foguetes Zelzal-1, de projeto russo, que conseguem alcançar Tel-Aviv. O Hezbollahtambém possui mísseis russos Scud, bem como mísseis antitanque AT-3 Sagger, AT-4 Spigot, AT-5 Spandrel, AT-13 Saxhorn-2 e AT-14 Spprigan Kornet. Com o passar do tempo, começaram a aparecer indícios de que o Kremlin de Putin estava envolvido no despertar, e depois no seqüestrar, as revoluções islâmicas de 2011. No Egito, o país islâmico mais pró-americano, manifestações anti-governo começaram em 25 de janeiro de 2011, quando as pessoas tomaram as ruas para protestar contra a pobreza, o desemprego e a corrupção do governo. Poucos dias depois, a Praça Tahrir, do Cairo, estava inundada de bandeiras verdes do Hezbollah, misturadas com cartazes vermelhos com a foice e o martelo. Alguns dos jovens lá presentes que supostamente estavam pedindo por democracia, podiam ser vistos queimando a bandeira do próprio país que simboliza a democracia para a maior parte do mundo, os EUA. De acordo com a mídia, em 30 de janeiro de 2011, uma unidade conjunta do Hezbollah com o Hamas utilizou a destruição trazida pela rebelião no Egito para sublevar a prisão de Wadi el-Natroun, no norte do Cairo, e dar fuga a 22 membros da rede terrorista do Hezbollah, chefiada por Sami Shehab, que havia sido condenado por planejar ataques terroristas no Cairo, no Canal e nas cidades do Suez e contra turistas israelenses no Sinai, em 2007/2008. O plano era libertar esses terroristas e quantos prisioneiros pertencentes à Irmandade Muçulmana fosse possível, de modo a organizar e impulsionar os protestos de rua. O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, admitiu ter mandado Sami Shehab ao Egito como líder de uma força de 22 homens encarregados de realizar ações terroristas com o propósito de desestabilizar o governo pró-americano. Em 20 de fevereiro de 2011, o Centro de Inteligência e Terrorismo de Meir Amit divulgou um relatório publicado pelo jornal egípcio Al-Masri Al-Taum, declarando que o verdadeiro nome do líder terrorista do Hezbollah, recém libertado, era Muhamman Yussuf Ahmed Mansour, que era um membro treinado da Unidade 1800 do Hezbollah – armado pela Rússia – que tinha entrado no Egito com passaporte falso, que o identificava como egípcio. A conversão secreta do integrante do Hezbollah Muhamman Mansour no egípcio Sami Shehab parece ser idêntica à criação, pelo KGB, do líder da Organização pela Libertação da Palestina, Yasser Arafat. O KGB trabalhou muito para transformar um marxista de naturalidade egípcia, Mohammed Yasser Abdel Rahman Abdel Raouf Arafat AL-Qudwa AL-Husseini, nome de guerra Abu Ammar, no Yasser Arafat, de naturalidade palestina. Passaram-se muitos anos para que o KGB conseguisse prover Arafat de uma certidão de nascimento palestina credível, e outros documentos de identidade, para lhe construir um passado e para treiná-lo na escola de treinamento de operações especiais do KGB em Balashikha, a leste de Moscou. Mas, como disse Andropov, valeu cada minuto. Em 1994, o Arafat, nascido e treinado no KGB, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Ainda assim, somente em 2002 foram registrados 13.494 incidentes de terrorismo contra israelenses cometidos pela OLP de Arafat. Mais de 600 civis israelenses perderam a vida, mortos pelos "mártires" de Arafat. ______________________________ O texto acima é o resumo de um dos capítulos do livro "Desinformação", escrito pelo Tenente-General Ion Mihai Pacepa – foi chefe do Serviço de Espionagem do regime comunista da Romênia. Desertou para os EUA em julho de 1978, onde passou a escrever seus livros, narrando importantes atividades do órgão por ele chefiado, e que influenciaram diretamente alguns momentos históricos do Século XX -, e pelo professor Ronald J. Rychlak - advogado, jurista, professor de Direito Constitucional na Universidade de Mississipi, consultor permanente da Santa Sé na ONU, e autor de diversos livros -. O livro foi editado no Brasil em novembro de 2015 pela editora CEDET |
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